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A melancolia e a esperança das últimas sonatas de Johannes Brahms

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A Sala Cecilia Meireles, um espaço FUNARJ, apresenta na série Música de Câmara o duo formado por Horácio Schaefer, viola e Sergio Melardi, piano. No programa, a Sonata Op. 120 nº 1, em fá menor e a Sonata Op. 120 nº 2, em Mi bemol Maior de Johhanes Brahms, e completando o programa, a Sonata em Sol menor de Johann Sebastian Bach.

O pianista Sergio Melardi lembra que as sonatas de Brahms foram compostas no fim da vida do compositor, e trazem ao mesmo tempo um sentimento de melancolia, mas “também uma mensagem de luz e esperança, como se dissesse que sua vida foi linda e valeu a pena vivê-la”.  O violista Horacio Schaefer pontua que originalmente as duas sonatas foram escritas para clarinete e piano, “porém Brahms percebeu que não havia bons instrumentistas de sopro à sua época, e para aumentar sua divulgação, compôs também para violino e viola.” Quanto à Sonata de Bach, os dois são unânimes – “escritas originalmente para viola da gamba e cravo, nós adoramos esta sonata pela sua expressividade; e ela se encaixa perfeitamente com as obras de Brahms.”

Serviço

SCM – dia 14, sexta, 19h – Ingressos: 40,00

Série Música de Câmara

Horácio Schaefer, viola

Sergio Melardi, piano

PROGRAMA:

Johann Sebastian Bach           (1685 – 1750)              

Sonata em Sol menor, BWV 1029

I. Vivace

II. Adagio

III. Allegro

Johannes Brahms (1833 – 1897)                                 

Sonata Op. 120 nº 1, em fá menor

I. Allegro Appassionato

II. Andante um poco Adagio

III. Allegretto Grazioso

IV. Vivace

Intervalo

Johannes Brahms (1833 – 1897)                                 

Sonata Op. 120 nº 2, em Mi bemol Maior

I. Allegro Amabile

II.Allegro Appassionato

III. Andante com moto

Horácio Schaefer iniciou seus estudos de violino em São Paulo e após ganhar vários concursos no Brasil, aperfeiçoou-se na Alemanha com Max Rostal, onde terminou seu mestrado já como violista. Foi membro da Orquestra de Câmara Deutche Bach Solisten, spalla das violas da Orquestra Filarmônica de Essen e violista do Quarteto Ravel-Köln, tendo realizado diversas turnês e concertos pela Europa. Durante três anos, tocou na internacionalmente reconhecida Orquestra da Rádio de Frankfurt e no sexteto de cordas daquela orquestra.

Em música de câmara, recebeu orientação de renomados quartetos, como o Melos Quartet de Stuttgart e o Amadeus de Londres. Foi professor colaborador do Departamento de Música da USP e professor concursado da Escola de Belas Artes da Universidade Estadual do Paraná.

Membro fundador do Quarteto Amazonia, com o qual ganhou diversos prêmios como o Grammy Latino, APCA e Carlos Gomes. De 1995 a 1998 foi o spalla das violas da Orquestra Sinfonica do Teatro Municipal de São Paulo, a convite do Maestro Isaak Karabtschewski. Desde 1998  é o spalla das violas da Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo.

Sérgio Melardi fez seus primeiros estudos com Gilberto Tinetti e, desde jovem, desenvolveu intensa atividade artística, tendo se apresentado em diversas cidades brasileiras. Atuou tanto como recitalista, camerista e como solista das orquestras mais importantes do País.

Em 1974, ganhou o 1º Prêmio do I Concurso Nacional de Piano de Porto Alegre. Em 1977, transferiu-se para Londres, onde prosseguiu seus estudos com Maria Curcio e Noretta Conci-Leech. Em Londres, além de realizar apresentações pela Europa, principalmente na Inglaterra, na Itália e na Espanha, desenvolveu também uma intensa carreira pedagógica.

Em 1979, foi finalista do Concurso Internacional de Jaén, na Espanha e fez seu primeiro recital em Londres. Em 1981, foi selecionado para a BBC de Londres para uma série de gravações e concertos. Em 1982, realizou novas gravações para a BBC e para a RAI italiana. Ainda em 1982, foi finalista do Concurso Internacional de Piano “F. Busoni”, em Bolzano.

De volta ao Brasil, tem-se apresentado nas mais importantes salas de concertos do país como camerista e como solista de importantes orquestras brasileiras, sob regência de Giovanni Andreoli, Eleazar de Carvalho, Isaac Karabtchevsky e Diogo Pacheco, entre outros.

Convidado a participar do Festival Internacional de Nafplion na Grécia, em 1996 retornou a se apresentar nesse importante Festival em 2008. Melardi segue com sua brilhante carreira – fortemente marcada pela influência de Jacques Klein – de solista e camerista, atuando nas mais conceituadas temporadas de concertos do Brasil, tendo ao lado parceiros de música de câmara como Régis Pasquier, Michel Lethiec, Henry Schuman, Pablo de León, Cármelo de los Santos, Claudio Cruz e Horacio Schaefer, com quem tem tocado regularmente desde 2020.

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