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C6 Fest – rock toma conta a última noite do festival com Black Country, New Road e The War On Drugs

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Se a primeira data do C6 Fest no Rio de Janeiro foi dedicada ao eletrônico e a segunda ao jazz e à soul music, o indie rock tomou conta do Vivo Rio na última noite. O festival foi encerrado com os shows dos paulistas do Terno Rei, os americanos do Black Country, New Road e os americanos do The War On Drugs.

Após a apresentação dos paulistas do Terno Rei, que apresentaram um set resumido dos seus álbuns com um set conciso, com canções de seus álbuns “Violeta” e “Gêmeos”, foi a vez do BCNR subir ao palco do Vivo Rio, e já chamou atenção pela versatilidade. Não só no estilo, que mescla jazz, rock e folk, mas também nos papéis dos integrantes dessa banda londrina. Todos tocam mais de um instrumento e assumem o vocal principal em algum momento. Isso se deu a partir da saída do primeiro vocalista, Isaac Wood. Eles estrearam em 2021 com seu álbum indicado ao Mercury Prize, “For the First Time”, e logo no ano seguinte, em 2022, lançaram “Ants from Up There”.

Formada por Tyler Hyde (voz, baixo e violão) Lewis Evans (saxofone e flauta), May Kershaw (teclado, sanfona e voz), Charlie Wayne (bateria e banjo), Luke Mark (guitarra) e Georgia Ellery (violino, bandolim e voz).

O repertório se baseou no último lançamento da banda, “Live at Bush Hall”, o primeiro depois da partida de Isaac. Logo na primeira música, ‘Up Song’ prenderam a atenção até mesmo dos que não os conheciam e estavam esperando pelos headliners da noite. Na segunda música ‘The Boy’, em que a letra é dividida em “capítulos”, quem assume os vocais é a tecladista May Kershaw, que remete imediatamente a Björk. Já ‘Across the Pond Friend ‘, a vez do saxofonista Lewis Evans tomar a dianteira como vocalista, faz acenos a Joy Division e ao pós-punk.

É compreensível que se compare o Black Country, New Road ao Arcade Fire. Apesar de terem uma gama ampla de influências, de fato os garotos mergulharam na discografia da banda canadense durante a pandemia. Não só o fato de serem uma banda numerosa e usarem instrumentos diversos, mas a alternância de atmosfera entre uma música e outra, e até mesmo dentro da mesma canção, é uma característica que eles herdaram dos mestres. De faixas mais contemplativas às mais pujantes, como ‘Turbine/Pigs’ e ‘Dancers’ que encerraram o show, o BCNR mostrou talento, versatilidade e pode não tardar para que se tornem referência no mainstream.

The War On Drugs faz show grandioso para uma plateia reduzida

A estreia do The War On Drugs no Brasil se deu na etapa carioca da C6 Fest, depois de anos de tentativas frustradas de trazer a banda ao Brasil. E a espera foi compensada com um show de rock vibrante e grandioso, de uma banda também numerosa como a que acabara de se apresentar.

Indo de Bob Dylan e Bruce Springsteen a Sonic Youth, com elementos de Dire Straits e Tom Petty, os americanos da Filadélfia começaram a tocar juntos em 2005 (diz-se que a ideia surgiu em uma festa com muita bebedeira) e essa turnê divulga seu quinto lançamento, “I Don’t Live Here Anymore”, de 2021. O show se iniciou com a faixa ‘Nothing To Find’, rock contagiante do penúltimo disco, “A Deeper Understanding”, de 2017. O vocalista e guitarrista Adam Granduciel agradeceu a recepção calorosa da plateia reduzida (o dia mais vazio do festival), porém empolgada. “Que bom estar aqui depois de todos esses anos de espera”, disse ele.

A segunda música, ‘Old Skin’, veio do último álbum, assim como a terceira, ‘Pain’. A seguinte, ‘An Ocean Between The Waves’, a primeira da noite tirada do ótimo “Lost In The Dream”, de 2014, recebida com bastante entusiasmo pelos presentes. Na sequência, duas faixas do novo disco: o hard rock ‘I Don’t Wanna Wait’ e a oitentista ‘Victim’. As composições desse álbum rendem muito bem ao vivo, mas o público estava ávido pelas músicas do lançamento de 2014 como ‘Red Eyes’, ‘Eyes to the Wind’, e, claro, a aclamada ‘Under the Pressure’.

No bis, ‘Come to the City’, ‘Think of a Place’ e ‘Burning’ encerraram as duas hora de show (o mais longo do festival) vigoroso, sem o menor constrangimento de se valer da fórmula tradicional do rock ao vivo que parece não ter prazo de validade. E sem dúvidas Granduciel, David Hartley (baixo), Robbie Bennett (teclados), Charlie Hall (bateria), Jon Natchez (saxofone e teclados), Anthony LaMarca (guitarra) e Eliza Hardy Jones (teclado e violão). recompensaram com grande performance a longa espera. Agora é aguardar pelo próximo, afinal, o vocalista garantiu: “Será o primeiro de muitos”.

Imagens: Filmart Media Content

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