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MITA Festival – The Kooks faz show competente nas graças da plateia indie

A banda inglesa The Kooks surgiu na época em que houve um verdadeiro levante inglês em reação ao rock americano garageiro que tomou as paradas do mundo inteiro de assalto no comecinho dos anos 2000 com o estouro dos Strokes. Não só os nova-iorquinos e outros conterrâneos conquistaram o mundo, como influenciaram surgimento de similares em outras partes do mundo, como o The Hives na Suécia e o The Vines na Austrália.

Mas eis que em meados dessa primeira década do século XXI veio o contra-ataque inglês. Após três décadas seguidas como os donos da bola do rock, não poderiam deixar a primazia mudar de mãos assim de mão beijada. Daí vieram, entre outros nomes, o Artic Monkeys, o Art brut, o Kaiser Chiefs e o The Kooks, mostrando que a terra da rainha ainda estava bem viva no que diz respeito ao rock.

Foto: Alexandre Woloch

No MITA Festival coube aos rapazes de Brighton fazerem o encerramento do Palco Deezer (o palco B do evento), sendo a atração anterior ao Gorillaz no Palco Corcovado (o palco principal). Justamente pelo fato de tocarem no palco oposto do headliner do dia, contaram com um público um relativamente reduzido, já que muitos ficaram guardando lugar em frente o palco principal à espera de Damon Albarn e Cia.

Mas a base de fãs de Luke Pritchard (vocal, guitarra rítmica, guitarra acústica), Hugh Harris (guitarra solo, guitarra rítmica, guitarra acústica, vocal de apoio), Peter Denton (baixo, vocal de apoio), Alexis Nunez (bateria, percussão) se mostrou numerosa e marcou presença, recebendo a banda calorosamente. O show se iniciou com Pritchard adentrando o palco só com voz e violão executando a música ‘Seaside’, cantada a plenos pulmões pelos fãs na plateia indie. Enquanto isso, os outros integrantes iam entrando um a um.

O som do Kooks é animado, para cima e ensolarado. Em plena sintonia com a terra onde a banda nasceu, que é uma cidade à beira-mar localizada no sul da Inglaterra. Passados 16 anos do lançamento da estreia dos rapazes, o ótimo “Inside In/Inside Out”, os hits parecem estar com poder de fogo intacto, conquistando uma segunda geração de fãs. Tanto que 13 das 20 músicas do setlist foram desse álbum, enquanto o mais recente, “Let’s Go Sunshine”, teve apenas uma. A banda também apresentou a nova ‘Connection’, do EP “Echo In The Dark Pt. I”, lançado esse ano.

O show da banda foi um pouco prejudicado na primeira metade com baixo volume do som. Os fãs gritavam “aumenta o som”, mas levou um bom tempo para que o P.A. fosse devidamente equalizado.

Apesar de possuir bastante material produzido ao longo desses 16 anos, os dois primeiros álbuns ficaram em foco no setlist. Daí, desfilaram hits como ‘See The World’, ‘Eddie’s Gun’, ‘Ooh La’, ‘She Moves In Her Own Way’, ‘Shine On’, ‘Always Where I Need to Be’, ‘Naïve’,  todas cantadas com entusiasmo pelo público.

Quatro anos após a última visita ao Rio, em um show solo, o The Kooks voltou mais uma vez fazendo uma apresentação competente, com um show robusto de repertório, apesar de se tratar de um festival, em que a banda não era a atração principal. Os fãs cariocas, tanto os que nunca viram quanto os que passaram por esse hiato desde a vinda passada, saíram recompensados e já ansiosos pelo próximo.

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