Morre Neil Peart, o lendário baterista do Rush

Foi anunciada nessa sexta-feira (10 de janeiro) a morte de Neil Peart, o baterista da banda canadense Rush, uma das principais do rock progressivo. Ele faleceu na última terça-feira (dia 7), tinha 67 anos e há três lutava, sem divulgar publicamente, contra um câncer no cérebro.

“Pedimos para que amigos, fãs e a imprensa respeitem a necessidade da família por privacidade e paz nesse momento extremamente doloroso e difícil. Aqueles que gostariam de expressar as suas condolências podem escolher um grupo de pesquisa sobre o câncer ou uma instituição de caridade para fazer uma doação em nome de Neil”, pediram o vocalista e baixista Geddy Lee e o guitarrista Alex Lifeson em nota.

Neil Peart entrou no Rush quando a banda já estava formada e com um disco lançado. Seu virtuosismo se encaixou perfeitamente na sonoridade da banda. Lee e Lifeson afirmavam que quando conheceram Peart, após a saída de John Rutsey, viam nele o vértice para o triângulo perfeito. “Era um cara tão CDF quanto nós”, brincaram em depoimento no documentário “Além do Palco Iluminado”. O baterista era considerado um dos melhores do mundo. Chamado pelos fãs de The Professor (o professor), era também o principal letrista, usando temas que giravam em torno da ficção científica e fantasia. Assim como seus colegas, ele não conjugava o trinômio sexo drogas e rock n’ roll. Era refinado, culto e poliglota – falava francês, inglês, latim e espanhol, entre outros idiomas.

No final da década de 90, Peart passou por uma verdadeira provação. Sua filha Selena, de 19 anos morreu em um acidente de carro. Um ano depois ele ainda perderia sua esposa, que desenvolveu um câncer oriundo do quadro depressivo. Ele se declarou aposentado e embarcou em uma viagem de motocicleta pela América do Norte para depois, revigorado, retomar a banda. A viagem rendeu ainda o livro “Ghost Rider: A Estrada da Cura”, lançado em 2014. Além desse, ele havia lançado outros seis livros entre 1996 e 2016.

Em 2016 o Rush anunciou que encerraria as atividades ao vivo a pedido do baterista, que estaria se queixando de dores em algumas partes do corpo e também da falta de tempo para passar com sua família. O último álbum de estúdio foi “Clockwork Angels”, de 2012. A banda veio ao Brasil duas vezes, em 2002, na turnê do álbum “Vapor Trails”, e em 2010 com a Time Machine Tour, em que tocavam apenas os clássicos.

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