MELHORES DISCOS NACIONAIS
“CAJU”
LINIKER
MELHOR DISCO NACIONAL DE 2024!!!
Porque esse é um estandarte íntimo e pessoal de uma artista que já tinha muita propriedade do que tinha a mostrar pro mundo muito antes de estar na crista da onda, e “Caju” tem uma inquietação que se forma em poesia a cada verso, cada arranjo, cada construção harmônica, cada diálogo com diversos gêneros, cada raciocínio como o que fecha o disco provocando assertiva que “seu nome não é Caju à toa!”.
“Y’Y”
AMARO FREITAS
Porque é um trabalho nas raias da perfeição, onde Amaro parece se mimetizar nas melodias que cria. Impressionante como a textura musical alcançada aqui é de uma genialidade comparada a Villa Lobos, principalmente nas composições mais experimentais como a homônima no disco e “Dança dos Martelos”. Obra-prima!
“SALVE-SE!”
BEBÉ
Porque Bebé se apropria de maneira muito particular de seu R&B num disco refinadíssimo e com pérolas como “Assome” e “Eu Quero Viver” que denotam uma maturidade e um domínio musical muito além de sua pouca idade.
“OS GAROTIN DE SÃO GONÇALO”
OS GAROTIN
Porque esse disco marca a união de três talentos com repertórios musicais próprios que juntos dão uma personalidade e propriedade nas letras e esperteza nas melodias que fazem muito sentido para o que se entende como música popular brasileira.
“BACURI”
BOOGARINS
Porque eles seguem sendo a banda de rock mais interessante do país, sobretudo com esse trabalho cerzido à atmosferas musicais, mais até do que melodias. “Bacuri”, que nomeia e abre o disco, é uma obra-prima do cancioneiro brasileiro.
“PAISAGEM”
TUYO
Porque eles entregam seu melhor disco, conseguindo aglutinar todos os pontos altos que geralmente estavam soltos nos bons álbuns anteriores, sobretudo por trazer seu R&B indie cada vez mais azeitado ao POP mainstream de muito bom gosto.
“TARA E TAL”
DUDA BEAT
Porque ela foge do lugar comum e investe num drum’n bass retrôfuturista, num momento em que ninguém no seu nicho faz isso, e ainda entrega hits sofisticados e dançantes sem que nenhum desse superlativo sacrifique o outro.
“333”
MATUÊ
Porque Matuê sai do seu próprio lugar comum e faz um disco de sonoridades experimentais oitentistas e até psicodélicas (imagine identificar Tame Impala num disco de trap?), sobretudo na potente segunda metade do disco.
“MARIA ESMERALDA”
THALIN, CRAVINHOS, VCR SLIM, PIRLO, ILOVEYOULANGELO
Porque é a grande revelação do ano, com tamanha personalidade e originalidade para entregar um estilo de rap que só eles fazem e ainda com muito a dizer.
“PORTAL”
RASHID
Porque ele fez um disco para expressar tanto sua vulnerabilidade quanto sua maturidade e isso se estende a beleza das suas melodias e o interesse em trafegar por outros subritmos.
MELHORES DISCOS INTERNACIONAIS
“ROMANCE”
FONTAINES D.C.
MELHOR DISCO INTERNACIONAL DE 2024!!!
Porque nesse (apenas) quarto disco, os irlandeses, com sua angústia e inquietação artística, nos lembram que o rock ainda está vivo e trazer o produtor James Ford agregou muito da virulência do britpop a la Blur, além de certa anarquia indie ora melódica, ora experimental, mas que arbitrariamente funciona num disco muito coeso e arrebatador.
“HIT ME HARD AND SOFT”
BILLIE EILISH
Porque impressiona a expressividade e a facilidade com que essa menina faz discos, músicas e shows bons, e aqui, cada dia mais madura e ciente da dimensão músico/emocional que alcança, entregou mais um disco redondo e potente dentro de sua delicadeza. “Chihiro” já nasceu clássica.
“COWBOY CARTER”
BEYONCÉ
Porque Beyonce chegou num estágio que ela faz o que quer no gênero que quiser. “Cowboy Carter” tem a função de ressignificar, mas ela vai lá e brinca com suas próprias provocações (funk carioca com country!) e entrega uma obra de tamanha estatuta que até peca um pouco por essa ambição, mas não perde a substancialidade musical que ela agrega em tudo o que põe a mão.
“BRAT”
CHARLI XCX
Porque não só é o disco evento do ano, como traz um pensamento muito bem estruturado em melodia, estética e lirismo, tudo num universo inspirado em clubes de música eletrônica londrinas que cria exemplares tão geniais como “Girl, so confusing featuring Lorde” e “Von dutch”. Deu tudo tão certo aqui, que merece o hype que ganhou esse ano.
“SUBMARINE”
THE MARÍAS
Porque a banda californiana chega ao paroxismo de sua identidade musical nesse trabalho sensível e de composições intensas como “Talvez eu tenha perdido minha mente e ninguém notou”. Profundo como todo o disco.
“GNX”
KENDRICK LAMAR
Porque para além de toda histeria musical que anda investindo com as tais diss, Lamar é um rapper que está sempre pronto a verter suas reflexões pessoais em bons discos. “GNX” tem urgência, mas tem também muita versatilidade na variedade com que constrói seu discurso musical, as vezes raivoso, as vezes bem humorado, mas sempre de alto nível.
“CHROMAKOPIA”
TYLER, THE CREATOR
Porque Tyler é um CRIADOR e seus discos são experimentações que se mimetizam em belas melodias pela prosperidade como ele trabalha o estranhamento, e esse disco segue essa cartilha com maestria.
“THE KING OF MISERY”
DAUDI MATSIKO
Porque Daudi faz um álbum inteiro de expurgação de sua alma sob um belíssimo verniz de violão acústico e intensa melancolia sonora.
“WILD GOLD”
NICK CAVE & THE BAD SEEDS
Porque mesmo após 5 anos sem se apresentarem como banda, voltam num disco de diálogo forte com o gospel, em músicas até muito mais etéreas que o trabalho solo de Cave, e que buscam algum tipo de redenção através da beleza de seus versos.
“MAHASHMASHANA”
FATHER JOHN MISTY
Porque mesmo sendo um disco discursivamente muito hermético, existe uma beleza na condução das músicas que diz muito sobre a trajetória dele, em mais um disco brilhante.
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