Tendo por exemplo o Rock. Jovens bandas fazem CDs, pensam em sua cara, gastam dinheiro com estúdios (e seus caras do estúdio que fizeram todos curso de pilantragem pra sempre querer mais e mais pra melhorar “o CD da bandas nova”, passando muitas vezes a perna e superfaturando o orçamento; ou mesmo demorando em algo que poderia ser feito muito mais rápido, só pra ganharem mais em horas de estúdio). Os jovens integrantes descabelam os pobres papais e mamães e vovós e vovôs pedindo dinheiro pras gravações, que, segundo eles, será a última, pois agora eles sabem do seu potencial, querem viver de Música, ou seja, acreditam no seu trabalho…
Aí vêm as apresentações, o gasto com a gasolina, o dono da casa de shows que promete dar parte da bilheteria se tiver gente suficientemente legal no dia; acaba vindo uma cervejinha, batata frita, ou mesmo uma desculpa esfarrapada qualquer… e voltem pra casa!
E eis que os jovens músicos continuam sua odisseia, cheia de obstáculos do destino. Aí falam, “bora gravar em casa mesmo”, ou “mas será que a qualidade fica boa”. Quem define QUALIDADE? Que é um formato, e por que ainda se pensa em tais formatos??
E se agravação não sair boa? E se não for comercial? E se só agradar ao público underground? E mais dinheiro? E a grana gasta com os instrumentos? Pedais? Microfones? Peles de bateria? Lanchinho? E o maço de cigarros – talvez?! E a bebida!? (sem falar nas “drogas” “lícitas ou ilícitas”, porque esse assunto é meio sinistro de falar assim. AINDA??? Posso chamar isso de censura ou cautela?) E as namoradas esperando acabar a apresentação para irem correndo abraçar seus namorados? (E vice-versa).
Sem falar das brigas entre integrantes, da discórdia, das personalidades diferentes que têm que se aturar ou aprender a coexistir harmoniosamente – pois o conjunto deve se portar como um todo.
Hiiii, os ensaios… E quando um mané esqueceu algum instrumento – como eu já vi guitarristas esquecendo guitarras!! Pára tudo, e vamos buscar o que falta!…
Um monte de trejeitos, clichês e situações que seria brabo alongar, mas que o público percebe lá no palco, o público vê, e guarda.
Alguém aí ainda quer montar uma banda???
Pensam em timbres, efeitos, riffs, jeito de cantar etc, refletem sobre estilos e abnegações, mas como não se questionam quando pouco lhes dão valor? Digo, aos músicos e músicas e suas faixas. Tanta coisa maneira a Música oferece, como não engrandecer quem tenta mais?
Mas tem gente que gosta de levar a vida reclamando. Frases desse estirpe aparecem quando as coisas dão errado (como, por exemplo, numa frustração):
“O sonho acabou, vamos todos pros escritórios”
“Dar murro em ponta de faca, é ruim heim, vou é me divertir!”
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