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Rock In Rio: Weezer enfim estreia em terras cariocas com show de hits e covers

Uma das bandas mais esperadas da noite de ontem (sábado, 28 de setembro) no Rock In Rio 2019 era o Weezer, que assim como a antecessora no Palco Mundo, Tenacious D, nunca havia aportado por aqui. Na verdade a banda já viera ao Brasil em 2004, mas na ocasião era headliner do Curitiba Pop Festival, extinto evento que trazia grandes nomes da cena indie internacional exclusivamente à capital paranaense. E ainda assim, são quinze anos, tempo suficiente para também despertar saudade em quem esteve naquele show.

Com 25 anos de carreira, o Weezer vive um momento interessante. Nesse ano lançou dois álbuns com intervalo de dois meses entre um e outro. O primeiro, intitulado “Teal Album”, traz apenas covers, enquanto o segundo é o “Black Album”, de material inédito, seguindo a tradição dos rapazes em lançarem trabalhos com uma cor predominante na capa (o primeiro foi o “Blue”, depois teve o “Green”, “Red”, “White”).

O setlist abriu com o seu grande sucesso do disco de estreia, ‘Buddy Holy’, que alçou a banda ao estrelato. O Weezer fez parte de uma leva de conjuntos dos anos 90 que faziam um power pop com temática nerd. Outros nomes como o Nada Surf e o Nerf Herder não tiveram o mesmo sucesso. O que não falta à banda são hits para preencher um repertório, por isso não houve problema em usar um cavalo de batalha como boi de piranha. Em seguida vieram singles de álbuns seguintes, ‘Beverly Hills’ e ‘Porks and Beans’. No entanto, por mais que tenha fãs ardorosos, o conjunto californiano não é tão conhecido fora do eixo indie, o que fez com que o show levasse um tempo para empolgar o público que aguardava o Foo Fighters.

O vocalista e guitarrista Rivers Cuomo até se esforçou e arranhou um português decente. “E aí, cariocas”, “valeu”, “vocês são foda” “amamos vocês” (antes de ‘Island in the Sun’) foram frases ditas com desenvoltura de quem se preocupou em treinar. Os covers do disco lançado em janeiro serviram para animar os não iniciados. ‘Africa’ de Toto, que fez o Weezer voltar às paradas, animou a plateia, mas ‘Take on Me’ do A-Ha teve mais êxito. A versão de ‘Happy Together’ dos Turtles com trecho de ‘Longview’ do Green Day também merece destaque, assim como a de ‘Paranoid’ do Black Sabbath e ‘Lithium’ do Nirvana, outra que botou o Parque Oímpico para pular. Cuomo disse que gostaria de fazer um cover do Foo Fighters, mas seria estranho tocar uma música da banda que se apresentaria logo a seguir. Daí escolheu uma da ex-banda de Dave Grohl.

‘Hash Pipe’, ‘Undone’, ‘Surf Wax America’ e ‘My Name is Jonas’ foram outros clássicos que fizeram a felicidade dos fãs que aguardaram esse esperado encontro com a banda. O encerramento com ‘Say it Ain’t So’ deixou fãs antigos e recém-convertidos ansiando pelo próximo. Foi uma apresentação contida se comparada à de São Paulo na quinta-feira, onde eram a principal atração, em um lugar bem menor. Mais por ser a atração de abertura do que pelo gigantismo do palco e plateia, o Weezer optou por um caminho mais comportado. Ainda assim, prevaleceu o poder de fogo das canções e a simpatia de Cuomo, além da eficiência de Patrick Wilson (bateria), Brian Bell (guitarra e teclado) e Scott Shriner (baixo). Foi um saldo mais que positivo.

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