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Quando a internet não é suficiente

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Um grande amigo meu já dizia: hoje em dia qualquer zé merda faz quadrinhos. O que não é nenhuma mentira. A internet possibilita e facilita que qualquer um possa produzir o que quiser. Afinal, até eu faço quadrinhos

Entre os materiais ruins e regulares, existem uma galera dos quadrinhos digitais que é muito, mas muito boa! E para eles, ter seu quadrinho nessa coisa louca chamada internet não é o suficiente. É preciso tê-la em papel! Na coluna de hoje queria listar algumas dessas obras. Vamos lá?

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Overdose Homeopática é a série de tiras de Marco Oliveira. Sendo assim, não existe uma história longa ou uma piada que precise de mais de 4 quadros para ser contada. Como a de cima pode mostrar seu humor é muito sacana, quase imaturo, mas não deixa de ser extremamente engraçado. Ainda mais com sua arte suja.

Seu livro homônimo foi lançado em 2013 com as melhores tiras do blog. Só faltou tiras inéditas para ser perfeita…

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Saindo das tiras de humor, Gus Morais tem seu Privilégios e outras histórias. Nele, é trabalhado muito ideias mais críticas e reflexivas. Seu grande foco é a sociedade atual, principalmente seu consumismo quase irracional.

Com algumas histórias inéditas, o livro publicado em 2012 também compila suas melhores páginas e tiras (readaptadas para o impresso, pois suas páginas possuem gifs). Entre suas histórias estão temas absurdos (e que geram um humor involuntário) como o garoto que nasceu com uma piroca no lugar do nariz e outras autobiográficas como a sua relação com seu pai antes de morrer, que fecha o livro. Impossível não terminar essa leitura com o coração estraçalhado.

Gus inclusive está com um projeto para um segundo livro via Catarse.

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Misturando o humor sacanagêro com críticas sociais tem Ricardo Coimbra com seu excelente blog Vida e Obra de Mim Mesmo e seu livro Vida de Plástico.

Publicado em 2014, ele reúne as melhores páginas do blog e as que foram publicadas em outras revistas. É curioso como seu humor não tem lado e nem bandeira. Todo mundo é zoado: o direita, o esquerda, o alienado, o nerd virjão e até o próprio Ricardo Coimbra. Ninguém escapa do seu humor ácido! Você ri numa página e na seguinte fica envergonhado pois se sente como o personagem zoado.

Infelizmente, também senti falta de páginas inéditas nesse material. Apesar de muito bom, o trabalho fica só um lembrete de piadas que você já tinha rido anteriormente.

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E fugindo de tudo isso, enquanto tem uns que querem migrar para outras mídias fora da internet, outros autores desejam se fixar nela. É o caso do meu bom amigo Raphael Salimena e seu Linha do Trem.

O cara que parodia todos os conceitos nacionais estava afastado do seu blog fazia tempos, mas decidiu criar um Patreon para poder voltar a produzi-lo e abrir mão de freelas chatos (palavras dele, não minhas). Apesar de critico também, Salimena consegue ter um humor muito mais leve e doce que os outros (apesar de quase sempre desenhar um piru e alguém morrendo em suas HQs).

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