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Relembre os melhores momentos de Gene Wilder no cinema

No dia 29 de agosto de 2016, uma notícia pegou muita gente de surpresa e deixou fãs do cinema de todo o mundo bastante tristes. Morreu o ator, diretor, roteirista e pintor Gene Wilder. Ele tinha 83 anos e faleceu devido a complicações causadas pelo Mal de Alzheimer, em sua casa, ao lado dos familiares, em Stanford (EUA).

Wilder (cujo verdadeiro nome era Jerome Silberman) adotou o nome artístico inspirado no personagem Eugene Gant, de Thomas Wolfe, e no escritor Thornton Wilder. Consagrou-se com grandes papéis em comédias, especialmente em que fez parcerias com o cineasta Mel Brooks e com o comediante Richard Pryor (falecido em 2005). Mas o seu papel mais marcante é mesmo o divertido e excêntrico Willy Wonka, protagonista de “A Fantástica Fábrica de Chocolate” (1971), que encantou (e ainda encanta) toda uma geração de crianças.

Em homenagem a esse grande ator, a Revista Ambrosia resolveu fazer uma lista com os filmes mais importantes de sua carreira cinematográfica (iniciada com “Bonnie e Clyde – Uma Rajada de Balas”, em 1967, como um dos integrantes do bando comandado pelos ladrões interpretados por Warren Beatty e Faye Dunaway). Confira:

“Primavera Para Hitler” (“The Producers”, 1967)

No mesmo ano que surgiu com “Bonnie e Clyde – Uma Rajada de Balas”, Wilder iniciou sua parceria com Mel Brooks, co-estrelando essa inusitada comédia. Na trama, o azarado produtor teatral Max Bialystock (Zero Mostel) se une ao tímido contador Leo Bloom (Gene Wilder) para produzir a peça “Primavera para Hitler”, que os faria ganhar muito dinheiro, já que tudo apontava para que o espetáculo fosse um grande fracasso. Só que as coisas não saem como o esperado.

A atuação de Wilder chamou tanto a atenção que ele foi indicado ao Oscar de Melhor Ator Coadjuvante daquele ano. O filme foi transformado num grande sucesso da Broadway, anos depois, estrelado por Nathan Lane e Matthew Broderick, que também estrelaram a versão para o cinema “Os Produtores”, em 2005.

“A Fantástica Fábrica de Chocolate” (“Willy Wonka & the Chocolate Factory”, 1971)

https://www.youtube.com/watch?v=r2pt2-F2j2g

Na adaptação do clássico infantil de Roald Dahl (que também escreveu o roteiro), Wilder atinge a popularidade como Willy Wonka, um genial e recluso criador de doces que faz a alegria de pais e filhos com suas guloseimas. Um dia, ele decide fazer um concurso que permitirá a cinco pessoas conhecer a sua fábrica por dentro e ganhar um suprimento de chocolates por toda a vida, caso encontrem um dos bilhetes dourados que ele colocou aleatoriamente em seus produtos.

Um dos contemplados é o menino Charlie Bucket (Peter Ostrum), que acredita que a visita trará um pouco de alegria para ele e o avô (Jack Albertson), que o acompanha no inusitado passeio.

Clássico da “Sessão da Tarde”, “A Fantástica Fábrica de Chocolate” é uma bela e encantadora produção, com momentos divertidos (e alguns um pouco assustadores), bons personagens, como as crianças que possuem personalidades bem definidas e os Oompa-Loompas (os ajudantes de Wonka). E ainda conta com ótimos números musicais, dos quais o principal destaque é quando o protagonista canta “Pure Imagination” (Clique no vídeo acima).

A interpretação de Wilder é simplesmente incrível e responsável por manter o filme na memória afetiva de muito marmanjo pelo mundo afora. Embora o filme tenha sido refilmado por Tim Burton em 2005, com um roteiro mais fiel ao livro de Dahl, o encanto ainda permanece na versão original e Johnny Depp perde feio para Wilder em quase todos os quesitos, mesmo tendo feito um trabalho que, se não é ruim, empalidece diante do carisma do primeiro e definitivo Willy Wonka.

“Tudo o que você sempre quis saber sobre sexo (mas tinha medo de perguntar)” (“Everything You Always Wanted to Know About Sex * But Wre Afraid to Ask” 1972)

No filme dirigido por Woody Allen, Wilder estrela o episódio “O que é sodomia?”. Nele, o ator vive o Dr. Ross, que tem sua vida virada ao avesso após atender a um pastor da Armênia que se confessa apaixonado por Daisy, uma de suas ovelhas. O problema é que o médico, ao tentar ajudá-lo, acaba também se afeiçoando pelo animal. A história mostra com bom humor e ótimos diálogos (marca registrada do cineasta) a situação inusitada e brinca com as situações que envolvem “puladas de cerca”, com mais uma divertida interpretação do ator, que ajuda a tornar esse segmento um dos melhores da obra de Allen.

“Banzé no Oeste” (“Blazing Saddles” 1974)

“Meu nome é Jim. Mas as pessoas me chamam de… Jim!”. Foi assim que o pistoleiro implacável (que teria matado mais homens do que o diretor Cecil B. DeMille em seus épicos!) interpretado por Wilder se apresenta ao xerife Bart (Cleavon Little, falecido em 1992), que tem a difícil missão de livrar uma cidade do Velho Oeste de uma quadrilha de bandidos. Mas não será fácil porque terá que enfrentar também o preconceito dos moradores por ser negro, além da corrupção que reina na região.

Voltando a trabalhar com Mel Brooks, o ator usa seu estilo de humor para tornar Jim um dos destaques dessa comédia que manda os clichês dos filmes de faroeste, literalmente, para os ares e que ainda diverte até hoje.

“O Jovem Frankenstein” (“Young Frankenstein” 1974)

Em sua terceira parceria com Mel Brooks, Wilder escreveu (junto com o diretor) e estrelou uma das mais divertidas sátiras a filmes de terror. Filmada em preto e branco, a história mostra o Dr. Frederick Frankenstein (mas se pronuncia “Frankosteen”, segundo o próprio), que tenta esconder de todos que, na verdade, ele é neto do famoso Dr. Frankenstein. Um dia, ele é convidado a ir à Transilvânia para receber a herança de sua família. Chegando lá, ele descobre o laboratório secreto de seu avô e decide recomeçar seus experimentos. Frankenstein acaba gerando uma nova criatura (Peter Boyle), que acaba o metendo em mais confusões.

Com um humor que brinca com todos os elementos do gênero, “O Jovem Frankenstein” se tornou um dos filmes mais memoráveis de Wilder e Brooks e consagrou, não só a dupla, mas também o ator Marty Feldman (morto em 1982), que se destacou como Igor, o aloprado ajudante do cientista e Peter Boyle, como o monstro que canta, dança e se revela o terror das mulheres entre quatro paredes.

“A Dama de Vermelho” (“The Woman In Red” 1984)

O publicitário Teddy Pierce (Gene Wilder) tinha uma vida pacata ao lado da esposa Didi (Judith Ivey) e dos filhos, até o dia em que conheceu Charlotte (Kelly LeBrock), uma bela modelo que aparece totalmente vestida de vermelho no dia em que se encontram pela primeira vez. Fascinado pela moça, ele resolve armar diversos esquemas para conquistá-la, mas, completamente atrapalhado, se mete em situações totalmente constrangedoras e hilariantes.

Refilmagem do filme francês “O Doce Perfume do Adultério” (1976), “A Dama de Vermelho” foi o maior sucesso de público e crítica da carreira de Wilder como diretor, roteirista e ator. A comédia, que transformou Kelly LeBrock num símbolo sexual, além de bastante engraçada, conta também com uma ótima trilha de canções (que não inclui “Lady in Red”, de Chris De Burgh, como muita gente acha), compostas por Stevie Wonder. Vencedor do Oscar de Melhor Canção pela antológica “I just called to say I love you”.

“Cegos, Surdos e Loucos” (“See No Evil Hear No Evil” 1989)

Dave Lyons (Gene Wilder) tem problemas de surdez. Já Wally Karue (Richard Pryor) não enxerga nada. Os dois acabam testemunhando um assassinato, mas se tornam suspeitos e são presos. A dupla consegue fugir e tenta provar sua inocência, ao mesmo tempo que os responsáveis pelo crime (um Kevin Spacey bem mais jovem e a hoje sumida Jean Severance), porque Wally ouviu quem matou e Dave viu o assassino. Sem poder contar com ninguém, os dois viram a cidade de pernas para o ar com suas estripulias.

“Cegos, surdos e loucos” é a penúltima parceria entre Wilder e Pryor no cinema (que terminou com “Um sem juízo, outro sem razão”, de 1991), iniciada em 1976 com “O Expresso de Chicago” dirigido por Arthur Hiller, o mesmo que comandou essa produção.

O timing cômico dos dois ainda estava bem elevado e gera ótimas sequências, como a que Dave orienta Wally a brigar com um homem bem mais forte que ele. O filme quase não contou com a presença de Wilder por acreditar que as primeiras versões do script eram desrespeitosas para os cegos e surdos. Só quando ele pôde reescrever o roteiro é que decidiu aceitar o convite.

Gene Wilder pegou o seu cupom dourado para o céu e nos deixou com ótimas recordações cinematográficas. Gostaram da lista? Sentiu falta de algum filme? Coloque aqui embaixo nos comentários. Valeu!!!

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