Enquanto os olhos se voltam para a superprodução “Westworld”, quatro séries brasileiras estão em andamento e com boas chances de sucesso. A apresentação das produções foi durante a Rio 2C, em painel mediado por Roberto Rios, Vice Presidente da HBO Latin America. A primeira foi a minissérie O Hóspede Americano, de Bruno Barreto e Carla Afonso. A segunda foi Hard, de Daniel Rezende (Bingo: O Rei das Manhãs), em seguida Santos Dummont – Mais Leve Que O Ar e a última Pico da Neblina, que tem Fernando Meirelles à frente.
O Hóspede Americano
Dividida em quatro capítulos, é a história do encontro entre o presidente Theodore Roosevelt e Marechal Rondon em 1914 numa viagem pelo oeste do Brasil. é uma história de duas forças da natureza sendo domados pela natureza, no caso, a descida do Rio da Dúvida, que depois ganhou o nome do ex-presidente dos Estados Unidos. “Não é apenas um filme de ação, sobre selva, terá uma narrativa diferente de tudo que foi feito no gênero.”, disse Barreto. “O conflito latente dessa jornada. Rondon dizia ‘morrer se for preciso, matar jamais’. Já Roosevelt, como bom caçador, dizia ‘matar se for preciso, morrer jamais’.” contou. Também foram exibidos os story boards e artes conceituais.
Hard
Um projeto que a emissora estaria “namorando” há um bom tempo é Hard, a adaptação de uma série francesa, de uma mulher que tem que assumir a produtora pornô do marido falecido. Daí é o filme condutor para falar de feminismo, sexualidade e diversidade. A versão brasileira tem a frente nomes como Daniel Rezende e Fabiano Gullane. O roteiro está sendo adaptado para o contexto brasileiro atual, que difere um pouco da França de 12 anos atrás. Segundo ele está sendo muito divertido abordar o tema. O convite foi feito a Daniel, quando tinha acabado de realizar Bingo. Serão três temporadas filmadas simultaneamente com seis episódios cada e três diretores: Rodrigo Meirelles, Júlia Pacheco Jordão e Caroline Fioratti.
Santos Dummont – Mais Leve Que o Ar
Série sobre a figura muito conhecida, mas de uma pessoa muito desconhecida. O desafio, segundo o criador Fernando Acquarone, é recriar a trajetória, que será poliglota. São quatro idiomas falados na série: 60% francês, 30% português, 5% inglês e 5% espanhol. Foram mostrados story boards nos quais se via os caminhos de Dummont em Paris. É uma personagem muito importante e conseguiram esses parceiros . O valor de produção é muito grande (a réplica do 14 bis é exata). O foco também vai para pessoas que conviveram com o inventor, tanto no Brasil quanto na França. Também será abordada a disputa pela primazia da aviação com os americanos e também sua relação com os franceses. A promessa é trazer um Santos Dummont nunca visto. “É bem desafiante porque boa parte do texto é em francês é um personagem denso. E teve uma vida bastante sofrida”, disse o cocriador Estevão Ciavatta.
Pico da Neblina
É o mais novo dos quatro projetos. Tem Fernando Meirelles e Quico Meirelles fala sobre um rapaz da periferia, traficante de maconha que tem que lidar com a legalização da erva. O protagonista tem que optar por virar um narcotraficante ou abrir uma loja. A ideia é discutir a linha cinzenta entre a legalidade e a ilegalidade. “O que seria mais forte, um aperto de mão entre traficantes ou a linha fina de advogados construída para se proteger de seus sócios?” levantam os criadores.
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