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“Albert Nobbs” serve ao extremo talento de Glenn Close. E só.

É impressionante como um prêmio de (questionável) prestígio como o Oscar nunca tenha premiado uma atriz do calibre de Glenn Close, mesmo ela tendo tido performances arrebatadoras como em Ligações Perigosas e Atração Fatal.

Dessa vez, com seu novo filme, o projeto pessoal Albert Nobbs, em que produziu, escreveu e protagonizou, Glenn chegou perto da façanha, não fossem as atuações irreparáveis de Meryl Streep e Viola Davis em A Dama de Ferro e Histórias Cruzadas, respctivamente.

Inspirado no conto The Singular Life of Albert Nobbs, de George Moore, com roteiro da própria com John Banville, o longa conta a história de uma mulher irlandesa que se vê obrigada a viver disfarçada de homem, em pleno século XIX. Muito discreto, Albert Nobbs é um exemplar e comedido garçon de um hotel de luxo em Dublin. Tanta discrição faz com que tenha não tenha amigos próximos, o que mantém seu segredo sexual muito bem guardado. É quando começa a confundir a farsa e a realidade, com seus planos futuros e uma complexa paixão por uma funcionária do hotel, que as coisas começam a complicar de vez.

Gleen não só tem uma atuação brilhante, como surpreende na contenção de seus conhecidos instintos cênicos (afinal, quem tem a honra de acompanhá-la na ótima série Damages, sabe bem do que estou falando), e diria que carrega o filme nas costas, dada a humanidade que imprime em seu olhar, numa notável composição de personagem.

Dirigido pelo colombiano Rodrigo Garcia, Albert Nobbs porém é emperrado numa busca por um verniz europeu, o que conferiu ao filme uma lentidão banal e certas “forçações” dramáticas no história (como o forçado encontro de Nobbs com outra mulher travestida). Ainda que conte com bons coadjuvantes, como a também indicada ao Oscar, Janet McTeer, Albert Nobbs acaba por ser mais um exemplo de filme que existe para um ator ou atriz brilhar, sem nenhuma vida própria para além disso.

[xrr rating=2/5]
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