Carl Palmer revive a mágica de Emerson, Lake and Palmer em show no Rio

É um imenso regozijo para um fã de rock progressivo (ou art rock, que seja) poder assistir a um dos maiores bateristas vivos em plena ação. Certamente foi isso que levou cerca de mil de pessoas ao Vivo Rio em uma noite fria pré-invernal no Rio de Janeiro em meio a uma falta de combustível que parou o país. Carl Palmer esteve entre nós trazendo a mágica de sua antiga banda, o Emerson, Lake & Palmer. Parte da mágica, alguns dirão se referindo ao desfalque dos companheiros. Mas é pertinente insistir que o que foi proporcionado ao longo de quase duas horas de apresentação foi a total essência do que foi não só o ELP, mas o gênero que elevou o rock à condição de obra de arte.
Keith Emerson e Greg Lake morreram ambos em 2016. O primeiro cometeu suicídio em março e o segundo sucumbiu a um câncer em dezembro. Coube a Palmer a tarefa de levar o legado adiante para quem nunca viu o trio ao vivo, ou viu, mas sempre quer mais. O nome da turnê não poderia ser mais sugestivo: Emerson Lake & Palmer Lives On! O projeto “Legacy” já existia, mas agora ganhou outro significado.
https://www.instagram.com/p/BjP59l7BdZ8/
As execuções de standards como ‘Tank’, ‘Knife Edge’ e ‘Trilogy’ são de arrepiar. Os músicos que acompanham conseguem satisfatoriamente reproduzir fielmente as (difíceis) notas do ELP. O guitarrista Paul Bielatowicz e o baixista Simon Fitzpatrick estão ali para mostrar serviço. E ao final da apresentação não deixaram nenhuma dúvida de que são dignos de acompanhar a lenda.
O Kig Crimson também foi lembrado. Greg Lake tocava na banda antes de se juntar a Palmer e Emerson. A faixa executada foi ’21st Century Schizoid Man’. O show foi essencialmente instrumental, mas há também os grandes clássicos que possuem vocais. Nesse momento eles contam com convidados no palco para desempenhar a função que era de Lake. Um deles, que vem a ser um dos maiores, é ‘Lucky Man’ foi recriado com a ajuda do inglês radicado no Brasil Ritchie, que fez sucesso nos anos 80 com o hit radiofônico ‘Menina Veneno’. Foi curiosa a participação de Toni Platão assumindo os vocais em ‘C’est La Vie’. Essas provavelmente foram as surpresas que o baterista anunciou no inicio da apresentação. Já ‘From the Beginning’ foi interpretada por Sérgio Vid.
https://www.instagram.com/p/BjPb4Bin2i7/
Uma épica versão de ‘Tarkus’ hipnotizou os presentes e, claro, provocou uma profusão de instrumentos aéreos. Tudo bem que bastante discretos, mas estavam ali entre as mesas da casa. ‘Fanfare for the Common Man’ foi outro ponto alto. principalmente no matador solo de bateria de Palmer com direito a truques e manobras desconcertantes. A apresentação se encerrou com um bis, a jam intitulada ‘Nutrocker’, do disco de 1971.
Palmer é uma figura simpática, conta histórias divertidas do tempo do auge do ELP e não perdeu a esportiva nem mesmo, no primeiro terço do show, teve que fazer um breve intervalo para um reparo na bateria. Segundo ele, isso só havia acontecido cinco vezes em toda a sua carreira. Com a aposentadoria de Neil Peart do Rush, todos os holofotes do prog se voltarão a Palmer como referência no instrumento. Mas nesse caso o fim das atividades vai levar um tempinho. Pelo menos foi o que deu a entender no final quando ele se despediu com um “até breve”.
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