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"Maze Runner: Correr ou Morrer" e a habilidade de ser frenético

Até o fim do ano vão ter estreado quatro filmes sobre o universo distópico nos cinemas. E se a menos de duas semanas já havia chegado no Brasil o irregular O Doador de Memórias, agora estreia Maze Runner – Correr ou Morrer, que segue a tendência, mas com resultado bem mais satisfatório. Também uma transposição literária, da obra de James Dashner, é uma história futurista que segue desde a primeira cena o caminho de descobertas de Thomas (Dylan O’Brien, uma grata surpresa) que acorda em uma comunidade isolada e cheia de outros jovens como ele, envoltos de um imenso labirinto habitado por criaturas selvagens. Aos poucos ele vai descobrindo que todos os que estão ali estão na mesma situação, e conta com sua notável bravura para encarar o desconhecido e sair dali.

Com um orçamento mais modesto que o normal, ainda mais nesse tipo de (já) franquia, o diretor Wes Ball apostou numa condução vertiginosa da narrativa. O filme transcorre com a energia de seu elenco: a montagem é firme nas cenas de ação convincentes. E Ball parece ter consciência que o roteiro deixa (propositalmente?) muitas pontas soltas e frágeis, e parece querer compensar com o ritmo, o que se tratando de uma estreia em longa metragem, soa bastante promissor. Até acredito que o filme foi muito mal vendido. Toda a divulgação (e até a tradução brasileira) se resumiu ao reducionismo do “corra pela vida”, e o filme (até mesmo estruturalmente) não é isso. O fato de não ter necessariamente um fim, já que terá sequencia (já aprovada pela FOX), tem efeito ambíguo: ao mesmo tempo que funciona pelo frisson da expectativa – até por desvendar parte da trama, também deixa uma leve decepção pela frouxidão do roteiro ao pretender claramente mais ser uma franquia do que fazer sentido. Mas é um dano resolvível (assim espero) no próximo filme. Até porque não dá para desmerecer que no todo, Maze Runner – Correr ou Morrer é um legítimo entretenimento tão satisfatório quanto esquecível.
nota 3

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