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“Medianeras” se impõe como um dos filmes mais interessantes de 2011

O cinema argentino é do tipo que dispensa apresentações, sendo talvez o cinema mais vigoroso da América Latina. Ainda que resvale no viciado tema do conflito sociopolítico que tanto assombrou a nação, a sétima arte portenha dificilmente erra em seu diálogo com a universalidade do cinema. Até quando se traveste de um gênero tão carente de renovação como a comédia romântica, o faz com a dignidade que vem lhe trazendo fama internacional.

Medianeras faz parte dessa comprovação máxima. A história é simples: dois jovens solitários, que moram tão próximos, mas não se conhecem, são retratados de formas paralelas em seus vieses satélites de um encontro (quase) anunciado. Martin (Javier Drolas) e Mariana (Pilar López de Ayala, de Lope) são dois desses jovens que se esbarram nas ruas e que poderiam juntar suas solidões, se tivessem uma oportunidade de botar em prática suas (fracas) conexões. É a velha história de solidões que se encontram, mas o diferencial aqui são os paralelos que isso gera com as características arquitetônicas (!!!) de uma grande cidade como Buenos Aires.

A abordagem inteligente e sacana desse contexto (tanto pelo roteiro quanto pela inspirada direção) encharcam a filme de estilo, com referências sendo jogadas a favor da história, seja pelo uso de grafismos, seja pela “homenagem” simpática aos similares do gênero norte-americano. Ok, lembra sim 500 Dias Com Ela, porém, mais como similar criativo e busca por alternativas ao gênero, do que como variação de um mesmo estilo.

Mais uma vez, a Argentina não só mostra como saber fazer cinema, como se impõe pela habilidade de apontar caminhos próprios para segmentados bem desgastados. Candidato a clássico…

[xrr rating=4.5/5]
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