Neonazismo no Brasil, um risco atual

Neonazismo no Brasil, um risco atual – Ambrosia

O livro NEONAZISMO, UM RISCO ATUAL – Por que? Onde? Como?, publicado pela Numa Editora, nasceu da importância de construir um pensamento crítico sobre a experiência histórica que estamos vivendo, no Brasil e no mundo. As organizadoras, Eliane Pszczol, socióloga, e Heliete Vaitsman, jornalista, reúnem aqui 12 entrevistas com representantes dos grupos perseguidos pelo Nazismo de ontem e de hoje. 

O lançamento será terça-feira, 24 de janeiro, às 19 horas na Livraria da Travessa de Ipanema, R. Visc. de Pirajá, 572.

O resgate do Nazismo na atualidade apresenta-se com uma face repaginada, onde racismo, nacionalismo, antissemitismo, anticomunismo e misoginia permanecem ideias intocadas. No nosso país, o crescimento dos movimentos de extrema-direita, fascistas e neonazistas, não aconteceu por acaso. Discursos de ódio e práticas violentas, até recentemente inimagináveis, atacam frontalmente o Estado democrático de Direito, e disseminam falsas informações. O que existia de forma dissimulada passou a contar com forte apoio financeiro e a ser afirmado aos gritos, sob o argumento de liberdade de expressão e por meio de intimidações que remetem aos momentos mais trágicos do século 20. 



Sinais de alerta foram acionados desde as primeiras manifestações públicas do governo de Jair Bolsonaro (2018-2022) contra os Poderes Legislativo e Judiciário. Observamos neste período sombrio um presidente elogiar qualidades de Hitler, deixar-se fotografar com um sósia do Führer, agradecer o apoio ao seu mandato em um site neonazista. Até mesmo um secretário de Cultura reproduziu, em vídeo oficial, falas e posturas copiadas de Goebbels, ministro da Propaganda da Alemanha nazista.

Essas atitudes, bem como manifestações a favor de armas e do “direito” à postura antissemita, não foram meros incidentes. Para quem se pergunta “Como o neonazismo me ameaça?”, as entrevistas do livro são, em seu conjunto, uma ótima resposta, incluindo a conceituação acadêmica. Um cigano, um homossexual, um negro, uma portadora de deficiência física, um fiel das Testemunha de Jeová, todos têm muito a dizer, primeiro sobre a exclusão e, em seguida, a morte em escala industrial na Alemanha dos anos 1930. O envio aos campos de extermínio, embora maciçamente voltado aos judeus, abrangeu todos os grupos vítimas da aversão ao Outro e do propósito de calá-los para sempre.
Os entrevistados do livro são, em ordem alfabética:ADRIANA DIAS, BENJAMIN TEITELBAUM, BERNARDO SORJ, CARLOS RODRIGO GEVEGIR PINTO, DAVID ALFREDO, LIA VAINER SCHUCMAN, LUIS EDMUNDO DE SOUZA MORAES, MARCELO VACITE, MARCIO HASSE ALBINO, MÁRCIO SCALERCIO, MARCO ANTONIO SIMÕES, MARYLINK KUPFERBERG, RENATO LEVIN BORGES.

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