Professora Sem Classe

Professora Sem Classe – Ambrosia

Cameron Diaz despontou no cinema com seus olhos azuis e seu chamativo sorriso largo em 1994 ao lado de Jim Carrey em O Máskara. O filme foi um grande sucesso no verão daquele ano e catapultou Cameron ao olimpo de Hollywood. Nos anos seguintes estrelou algumas comédias de sucesso como Quem Vai Ficar Com Mary e O Casamento do Meu Melhor Amigo e também filmes mais independentes nos quais também se destacou, como Por Uma Vida Menos Ordinária de Danny Boyle e Quero Ser John Malkovich de Spike Jonze. Seus papéis em geral eram  de mocinhas românticas de sensualidade inocente, daí Cameron resolveu diferenciar em Professora Sem Classe (Bad Teacher E.U.A/2011) que chega aos cinemas brasileiros nesta sexta.

No filme dirigido por Jake Kasdan (A Vida É Dura – A História de Dewey Cox), Cameron vive Elizabeth Halsey, uma mulher fútil, vulgar e oportunista que dá aula para ensino fundamental não por amor ao magistério, mas como um quebra-galho enquanto não laça um marido rico. Para isso não mede esforços e seu maior objetivo é colocar uma prótese de silicone para aumentar sua “competitividade” no mercado. Como a função acadêmica  está em segundo plano, Elizabeth não esconde seus péssimos modos e faz de tudo para se esquivar do que deveria ser seu principal ofício: ensinar. Mas tudo muda, em termos, quando ela se interessa por Scott DeLacorte (Justin Timberlake) novo professor do colégio, que além de boa pinta vem de uma família bem abastada.

Professora Sem Classe – Ambrosia

Trata-se de uma comédia grosseira, banal, pouco inspirada como dezenas que pululam no circuito exibidor ou vão direto para as locadoras (o que deveria ter sido o destino dessa aqui e não do ótimo Napoleon Dynamite de 2005). O roteiro é fraco, as piadas são pra lá de surradas e o único sentimento que os personagens despertam no espectador é a mais profunda raiva. Cameron Diaz está bem, usando seu talento para comédias para salvar uma personagem que tinha tudo para dar errado. O mesmo não pode ser dito do restante do elenco. Estão todos risíveis, mas infelizmente não pelas piadas e sim pelas performances canhestras, com destaque para Justin Timberlake, desde já forte candidato ao Framboesa 2012.

Fica também a sensação de que se o projeto caísse nas mãos de um John Hughes nos anos 80, de um Kevin Smith nos anos 90 ou mesmo dos irmãos Farrelly com quem Cameron já havia trabalhado, o resultado seria diferente. Mas Kasdan preferiu seguir a receita de bolo piadas chulas-trama previsível-apelação, a preguiçosa fórmula do sucesso das comédias americanas. E deu certo, pelo menos no mercado doméstico onde a película, que custou aproximadamente 20 milhões de dólares, já passou dos 100 milhões, cinco vezes seu custo, sendo assim um dos filmes mais lucrativos do ano por lá.

No boletim de final de ano, Professora Sem Classe toma bomba em todas as disciplinas que servem de pré-requisito para aprovação, no caso aqui, diversão. Nem o carisma de Cameron Diaz salva o diretor Jake Kasdan da recuperação.

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