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"Sem Escalas" prova que Liam Neeson precisa escolher melhor seus papéis

Sabe aquele filme que você pouco sabe a respeito e decide assistir por causa dos atores? Pois é exatamente o que acontece com “Sem Escalas”. Um pena que apenas bons atores não signifiquem um bom filme.

Bill Marks (Liam Neeson) é um Agente responsável por manter a segurança de todos a bordo do avião. Acontece que ele não está tão a vontade para efetuar essa nova viagem, mas a faz mesmo assim. Serão três horas de voo até Londres e tudo o que ele precisa fazer é não dormir e não beber. Mesmo sendo seu trabalho, Bill não gosta de voar e, ao decolar, se mostra nervoso e quem o conforta é a passageira ao seu lado, Jen (Julianne Moore). Os dois trocam uma rápida conversa e ela decide dormir. Passadas algumas horas, Bill começa a receber estranhas mensagens em seu telefone, que caem direto numa rede protegida e federal. O autor das mensagens provoca Bill para logo em seguida anunciar que exige 150 milhões de dólares ou a cada 20 minutos, um passageiro irá morrer. Certamente por estarem num local fechado e limitado seria fácil supor que o suspeito iria se destacar, correto? Errado. Bill enfrentará alguns obstáculos e descrença, principalmente quando a roleta girar e tudo passar a apontá-lo como o principal suspeito.

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O ator Liam Neeson já provou que é bastante versátil indo de peças de teatro, a Star Wars, filmes românticos, Schindler e mais recentemente vem galgando uma carreira bastante explosiva, emendando um filme de ação atrás do outro e mostrando que domina muito bem esse tipo de nicho. Mas, todo ápice enfrenta seu declínio e creio que Neeson está começando a se deparar com o dele. Seu papel em “Sem Escalas” é mediano. Ele ainda consegue apresentar uma boa atuação, mas se limita um pouco, o que não é de todo sua culpa. A direção de Jaume Collet-Serra e o roteiro que foi escrito por cinco pessoas (??) talvez sejam a resposta real. Com um roteiro falho e cheio de buracos, fica difícil saber exatamente onde posicionar o personagem, o que acaba transformando a trama em algo frágil e desconexo. Com isso, alguns diálogos ficam soltos no meio do filme, sem qualquer resposta ou propósito, incluindo o motivo principal que deveria conectar a história toda e é simplesmente ignorado. O filme termina e você fica sem saber qual foi a real razão da confusão ter sequer começado.

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Mesmo contando com outros nomes como Julianne Moore, Michelle Dockery, Anson Mount e até Lupita Nyong’o (que deve ter umas cinco falas ao todo), o filme foca sempre, o tempo todo, em Liam Neeson, não te dando chance para duvidar do personagem, ou mesmo de conhecer melhor os outros e entrar no ‘modo de detetive’ como deveria ser em um filme desse tipo, falhando miseravelmente. A melhor cena é a da luta no banheiro do avião entre os personagens de Neeson e Mount, que desafia qualquer lei da física.

No mais, “Sem Escalas” é um filme imperfeito e que não se mostra melhor do que outros do mesmo gênero como “Plano de Voo”, “Voo Noturno” e até mesmo “Apertem os Cintos, O Piloto Sumiu”. O que sabemos é que Liam Neeson precisa urgentemente avaliar melhor seus papéis no futuro ou então contratar um novo agente.

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