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Sesc 24 de Maio realiza Abril Indígena com programação diversificada

No próximo mês, o Sesc São Paulo realiza o projeto Abril Indígena, com diversas atividades gratuitas, em formatos variados e em todas as Unidades do estado.

No Sesc 24 de Maio, serão realizados bate-papos, cursos, vivências, exibição de filmes e contação de histórias que buscam valorizar a cultura dos povos indígenas, além de promover o debate e a reflexão sobre seu histórico de luta e resistência. Confira a programação:

bate-papo
Jeitos de Estar Junto: Como Podemos Apoiar Efetivamente a Luta dos Povos Indígenas? – com Cristine Takuá e Pawanã Kariri Xocó
Dia 03/04. Quarta, das 19h às 21h
Livre. Grátis.

Os povos indígenas têm muito a ensinar aos não indígenas sobre como nos relacionarmos com as diferenças. Eles se chamam de parentes reconhecendo uma igualdade para além das grandes diferenças culturais que existem entre os povos. Talvez seja tempo do não indígena se entender também como “parente” e inventar uma forma mais potente de estar junto no planeta. De que forma podemos efetivamente apoiar a luta dos povos indígenas? Isso são eles quem responderão. Nesse bate-papo, o pajé e cacique Pawanã Kariri Xocó e a educadora Cristine Takuá conversarão sobre suas lutas e sobre as redes e laços que podem ser criados para apoiarmos a resistência dos povos indígenas.

Cristine Takuá é professora indígena. Formada em Filosofia pela UNESP – Marília, ministra aulas de Filosofia, Sociologia, História e Geografia na EE Indígena Txeru Ba’e Kua-I, DER Santos, pertencente à Terra Indígena Ribeirão Silveira, que se localiza na divisa dos municípios de Bertioga e São Sebastião.

Pawanã Crody Kariri Xocó é cacique do Grupo Sabuká Kariri Xocó mestre de canto e pajé. Importante liderança indígena kariri xocó já conduziu trabalhos junto ao Grupo Sabuká em ações na UNICAMP, na UNESP, na UFBA e em diversos centros culturais de São Paulo, Santa Catarina, Sergipe, Minas Gerais e Alagoas. Na aldeia, também coordena o Centro de Cultura Sabuká Kariri Xocó orientando trabalhos de busca de visão e conduzindo pajelanças. Em maio de 2019 Pawanã segue para a Itália para conduzir trabalhos junto ao Centro d’Ompio.

bate-papo
Demarcação de Terras Indígenas: O que é? – com Jerá Guarani Mbya e Geni Guarani Para Yry
Dia 10/04. Quarta, das 19h às 21h
Livre. Grátis.

Não somente espaço de moradia, as terras habitadas por povos indígenas são a permanência viva da prática de suas culturas, bem como sua subsistência por meio de atividades produtivas como o plantio e cuidados com as terras. Em São Paulo, na zona sul vive a TI Tenondé Porã, oficialmente demarcada em 2016. Já na zona norte, a TI Jaraguá segue em luta pela demarcação do território e reconhecimento de seus direitos. No bate-papo, Jerá Guarani e Geni Vidal conversam sobre o processo de demarcação de terras indígenas, o que é, como se configura e o que podemos fazer para atuarmos em conjunto.

Jerá Guarani Mbya é professora, líder do povo Guarani Mbya e agricultora de sementes tradicionais da aldeia indígena Tenondé Porã, localizada na zona sul da capital paulista. Formada em Pedagogia pela USP, desde 2012 realiza atividades dentro e fora da aldeia pelo direito legítimo da demarcação das terras indígenas.

Geni Vidal, nome em português da Guarani Para Yry, é uma das lideranças da Terra Indígena Jaraguá, especificamente da Itakupe.

bate-papo
Conhecendo as Escolas Indígenas
Dia 12/04. Sexta, das 18h às 21h
Livre. Grátis.

Três educadora/es indígenas apresentam a realidade de suas escolas, compartilhando com o público práticas pedagógicas diferenciadas, inovações postas pelo diálogo com os conhecimentos e modos tradicionais de educar e as dificuldades enfrentadas na elaboração de materiais didáticos e na efetivação do direito ao ensino intercultural e bilíngue em suas comunidades. Com Poty Poran, Sandra Benites e Catarina Delfina dos Santos. Mediação: Tatiane Klein.

Poty Poran Turiba Carlos é educadora indígena do povo Guarani Mbya e mãe de três crianças. Foi professora e gestora nas três escolas indígenas da capital paulista. Vive na Terra Indígena Tenondé Porã, onde leciona para o 2° ano do Ensino Fundamental da EEI Krukutu. Tornou-se professora antes de fazer dois cursos superiores: Pedagogia na PUC-SP e Magistério Superior Indígena na USP.

Sandra Benites é pesquisadora e educadora do povo Guarani Nhandeva, nasceu em Mato Grosso do Sul. Cursou Licenciatura Intercultural Indígena na UFSC, é doutoranda em Antropologia Social pelo Museu Nacional/UFRJ e trabalha desde 2004 com as escolas guarani, tendo sido Coordenadora Pedagógica de Educação Indígena em Maricá (RJ) e pesquisadora do Observatório da Educação Escolar Indígena.

Catarina Delfina dos Santos é educadora indígena e liderança do povo Tupi-Guarani, residindo na Terra Indígena Piaçaguera, em Peruíbe (SP), onde também atuou como professora. Cursou o Magistério Superior Indígena na USP.

Tatiane Klein é pesquisadora e doutoranda em Antropologia Social pela USP, com atuação junto aos Guarani Kaiowá e Ñandeva (MS) e na formação de educadores do povo Guarani Mbya (SP).

curso
Histórias, Culturas e Territoriedades Indígenas na Cidade de São Paulo – Com o professor Casé Angatu Xukuru Tupinambá
Dia 27/04. Sábado, das 10h às 18h
Local: Sala 1 Oficinas – 6° Andar.
Livre. Grátis. Inscrições antecipadas na Central de Atendimento.

O objetivo do curso é estudar, conhecer e refletir acerca de dimensões das histórias, culturas e territoriedades indígenas na formação da cidade de São Paulo. A ideia é considerar memórias, identidades, saberes e protagonismos dos Povos Originários que constituíram e constituem a Paulicéia, que também é chamada de Piratininga (Peixe Seco).

Casé Angatu Xukuru Tupinambá é indígena e morador no Território Tupinambá em Olivença (Ilhéus/Bahia) na Aldeia Gwarini Taba Atã. É professor doutor pela Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo (FAU/USP) e mestre pela Pontificia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP). Atualmente, atua como docente do Programa de Pós-Graduação em Ensino e Relações Étnico-Raciais da Universidade Federal do Sul da Bahia – Campus Jorge Amado em Itabuna (PPGER-UFSB-JA) e docente da Universidade Estadual de Santa Cruz – UESC (Ilhéus/Bahia). Além disso, é autor dos livros “Nem Tudo Era Italiano – São Paulo e Pobreza na Virada do Século XIX-XX” (São Paulo: Annablume, 2018 – 4ª. Edição) e “Identidades Urbanas e Globalização: constituição dos territórios em Guarulhos/SP” (São Paulo: Annablume).

vivência
PRODUÇÃO DE LOUÇA EM BARRO KARIRI XOCÓ
Dia 23/03. Sábado, das 10h às 12h
Local: Térreo.
Livre. Grátis. Retirada de senhas com 30 minutos de antecedência.

As louceiras são artesãs da aldeia Kariri Xocó que se utilizam do barro do Rio São Francisco para a confecção de potes de barro e outras peças artesanais. Nessa intervenção, técnicas e instrumentos utilizados para confecção de potes de barro e outras peças artesanais serão apresentados, podendo o público participar dessa construção artesanal. Conduzida por Valdete da Silva Gonçalves e Maria de Lourdes Silva, artesãs Kariri Xocó, povo que vive na beira do Rio São Francisco na Terra Indígena Kariri Xocó, localizada na cidade de Porto Real do Colégio, Alagoas.

vivência
GRUPO SABUKÁ KARIRI XOCÓ
Dia 23 a 24/03. Sábado e domingo, das 12h às 14h
Local: Praça – Térreo.
Livre. Grátis.

O Grupo Sabuká, formado por indígenas do povo Kariri-Xocó, de Alagoas, propõe uma intervenção em que partilham diversos elementos da cultura Kariri-Xocó, numa lógica de troca de saberes entre culturas. O público poderá conhecer alguns cantos e danças deste povo, além de participar de um bate-papo com os integrantes do grupo. Após a conversa, serão expostos diversos objetos de artesanato confeccionados por pessoas da comunidade Kariri-Xocó que poderão ser adquiridos.

vivência
Caminhada Memórias dos Povos Originários na Piratininga Pauliceia – Com o professor Casé Angatu Xukuru Tupinambá
Dia 28/04. Domingo, das 13h às 16h30
Livre. Grátis. Entrega de senhas no local com 30 minutos de antecedência.

O professor Casé Angatu Xukuru Tupinambá conduzirá uma caminhada pelo centro de São Paulo em territórios que são vestígios da presença indígena na cidade. Saindo do Sesc 24 de Maio, passaremos pela Praça da Sé, Liberdade e encerraremos no bairro do Bixiga. Havendo possibilidade, o passeio adentrará ao Museu Anchieta, no Pateo do Colégio. Nesse caso, o custo com o ingresso de acesso ao Museu é de responsabilidade do(a) próprio(a) participante da atividade e possui os seguintes valores: R$ 8 inteira; R$ 4 para estudantes e professores e R$ 2 reais para aposentados(as) ou maiores de 60 anos. Recomendamos que os(as) participantes levem garrafas de água e o uso de roupas e sapatos confortáveis. Além disso, orientamos que menores de 18 anos realizem a caminhada acompanhados de adultos responsáveis.

Casé Angatu Xukuru Tupinambá é indígena e morador no Território Tupinambá em Olivença (Ilhéus/Bahia) na Aldeia Gwarini Taba Atã. É professor doutor pela Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo (FAU/USP) e mestre pela Pontificia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP). Atualmente, atua como docente do Programa de Pós-Graduação em Ensino e Relações Étnico-Raciais da Universidade Federal do Sul da Bahia – Campus Jorge Amado em Itabuna (PPGER-UFSB-JA) e docente da Universidade Estadual de Santa Cruz – UESC (Ilhéus/Bahia). Além disso, é autor dos livros “Nem Tudo Era Italiano – São Paulo e Pobreza na Virada do Século XIX-XX” (São Paulo: Annablume, 2018 – 4ª. Edição) e “Identidades Urbanas e Globalização: constituição dos territórios em Guarulhos/SP” (São Paulo: Annablume).

CINE DIREITOS HUMANOS
Exibição de filmes seguida de bate-papo com temáticas pertinentes às áreas e pautas dos Direitos Humanos.

exibição
As Hiper Mulheres (Itão Kuegü) – Dir. Carlos Fausto, Leonardo Sette, Takumã Kuikuro, Brasil, 2012, 80 min.
Dia 27/03. Quarta, das 18h30 às 21h
Local: Varanda da Convivência – 3º andar.
Não recomendado para menores de 10.
Grátis.

Temendo a morte da esposa idosa, um velho pede que seu sobrinho realize o Jamurikumalu, o maior ritual feminino do Alto Xingu (MT), para que ela possa cantar uma última vez. As mulheres do grupo começam os ensaios enquanto a única cantora que de fato sabe todas as músicas se encontra gravemente doente. Sessão seguida de bate-papo.

exibição
A nação que não esperou por Deus – Dir. Lucia Murat, Rodrigo Hinrichsen, Brasil, 2015, 89 min.
Dia 24/04. Quarta, das 18h30 às 21h
Local: Varanda da Convivência – 3º andar.
Livre. Grátis.

O documentário gira em torno do povo indígena Kadiwéu que vive no Mato Grosso do Sul. A diretora visitou a comunidade primeiramente em 1999 para gravar outro filme e agora em 2013/2014. Nesses quase 15 anos, a luz elétrica, a televisão e as igrejas evangélicas chegaram ao local, além da luta de terra dos Kadiwéu contra os pecuaristas. A intenção é analisar os diferentes caminhos desse povo perante os acontecimentos. Sessão seguida de bate-papo.

Circo

intervenção
Ritual Parrir e Parresistir – com povos Krahô e Kariri Xocó
Dia 05/04. Sexta, das 19h às 21h
Livre. Grátis.

Pela primeira vez indígenas Krahô, indígenas Kariri Xocó e palhaça(os) estarão juntos em uma apresentação-ritual com cantos, danças, brincadeiras e trapalhadas que vão convocar a energia do riso e da luta para seguirmos fortes e alegres apoiando e defendendo os direitos dos povos originários.

Literatura

contação de histórias
CONTANDO HISTÓRIAS INDÍGENAS – COM DANIEL MUNDURUKU, CRISTINO WAPICHANA, AURITHA TABAJARA E RONI WASIRY
De 06 a 27/04. Sábados, das 15h às 16h
Local: Sala de leitura infantil
Duração: 60 min.
Livre. Grátis. Sem retirada de ingressos.

A educação tradicional dos povos indígenas acontece por meio de narrativas de histórias passadas de geração a geração. Através deste método, os adultos vão introduzindo as crianças no universo do conhecimento tradicional, criando o sentido de pertencimento ao mundo o que se traduz numa responsabilidade coletiva. Ao narrar essas histórias, o sartistas contribuem para modificar uma visão estereotipada sobre seus povos e, ao mesmo tempo, valorizam a mais antiga fórmula de ensino e aprendizagem que existe e que passa pela oralidade. Ainda, pretendem mostrar alguns valores que ainda regem a vida indígena, como o respeito aos mais velhos e o pertencimento ao meio ambiente. Repertório de histórias sobre a cultura dos povos indígenas:

As serpentes que roubaram a noite (Daniel Munduruku). A história conta como os Munduruku resgataram a noite que havia sido roubada pelo terrível cobra grande, um ser das trevas que a havia sequestrado para conseguir uma forma de se defender dos humanos. Ela conta como as serpentes trocaram a noite pelo veneno que até hoje possuem.

Como surgiram os cães (Daniel Munduruku). Os cães domésticos não são originários do Brasil. Foram trazidos nas caravelas pelos europeus. No entanto, a população Munduruku se afeiçoou tanto ao animal que criou uma história para torná-los parte do seu povo. É uma história de encantamento e determinação, cuja lição é o respeito e a tolerância pelo diferente. Daniel Munduruku/PA. Escritor e contador de histórias. Recebeu vários prêmios literários no Brasil e no Exterior. Ganhador do Prêmio Jabuti em 2017.

Sapatos trocados (Cristino Wapichana). O povo Wapichana conta que antigamente o tatu não tinha grandes garras, mas andava com sapatos mágicos que lhe foram presenteados pelo Grande Criador. Um dia, o compadre Jabuti promoveu uma festança para todos os seres da floresta e, nessa ocasião, houve uma grande confusão em que os sapatos mágicos foram parar nos pés de outro ser. O que será que aconteceu? A história, cheia de mistério e suspense, traz uma lição importante de humildade e solidariedade. Cristino Wapichana/RO. Escritor, músico e contador de histórias. Tem livros traduzidos em vários países. Ganhador do Prêmio Jabuti em 2017.

O caso da cobra que foi pega pelos pés (Roni Wasiry). Já imaginou o que aconteceria no caso de uma história mal contada? É exatamente disso que trata a história que será narrada neste encontro. Tudo será confuso, mas com um final muito surpreendente porque ensina sobre a verdade, a justiça e a honestidade. Roni Wasiry/AM. Escritor de diversos livros para crianças, professor, arte-educador e contador de histórias.

A pedra sagrada encanta (Auritha Tabajara). Essa história aconteceu no nordeste brasileiro, num tempo muito antigo, e até hoje se acredita verdade. Ela traz um enredo recheado de suspense porque lida com seres mágicos que deixam suas marcas pelas pedras da região do Ceará. É uma história de pertencimento, de crença e de amor. Auritha Tabajara/CE. Escritora-cordelista e contadora de histórias.

PONTOS…LINHAS…CÍRCULOS
O projeto pretende trabalhar a identidade, a relação com o outro e o pertencimento considerando cada fase do desenvolvimento infantil.

para crianças
Céu do Brasil – Com Educadores do Espaço de Brincar
Uma linha é a união de dois pontos, uma constelação é a união de várias estrelas. Vamos convidar o público a conhecer as constelações indígenas brasileiras além de criar nossas próprias constelações com as crianças e adultos frequentadores do Espaço.
Dia 17/04. Quarta, das 15h às 16h30
Dia 26/04. Sexta, das 15h às 16h30
Livre. Grátis.

Serviço

SESC 24 DE MAIO
Rua 24 de Maio, 109, Centro, São Paulo
Fone: (11) 3350-6300

Horário de funcionamento da unidade
Terça a sábado, das 9h às 21h.
Domingos e feriados, das 9h às 18h.

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