“Star Trek – Além da Escuridão” e o tino de J.J. Abrams na arte de criar espetáculos

J. J. Abrams é o cara. O diretor, roteirista e produtor está cada dia mais virando uma referência na habilidade em criar espetáculos em seu ofício de explorar (literalmente) os terrenos do audiovisual. Quando junto com os roteiristas, Alex Kurtzman e Roberto Orci, Abrams reinventou o conceito de Star Trek, em 2009, alterando a cronologia em consequência do encontro da então inexperiente tripulação da Enterprise com o Spock original de Leonard Nimoy, a franquia ganhou dimensão e popularidade renovadas, demarcando de vez o talento do realizador em se reposicionar na cultura Pop.
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Depois de uma abertura impressionante, nas selvas de um planeta habitado por uma civilização primitiva, é a vez do terrorista John Harrison (Benedict Cumberbatch, brilhante) entrar em ação para desestabilizar a Frota Estelar. O vilão ataca pontos estratégicos e foge para o planeta dos Klingons, império militarista que hostiliza a Federação dos Planetas Unidos há algum tempo. Com o perigo de iniciar uma guerra, a tripulação da Enterprise é enviada para caçá-lo. O capitão Kirk (Chris Pine) está em crise com a Frota Estelar após violar regras para salvar o amigo Spock (Zachary Quinto). Porém, ele retoma o comando da nave Enterprise para combater esse mal maior.

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Abrams sedimenta sua (re)visão da saga com ainda mais solidez. “Além da Escuridão” é até mais longo do que precisava, mas o diretor é tão sedutor nas amarras de sua dramaturgia que a gente facilmente se pega envolvido na humanidade das relações cada vez mais azeitadas (e bem defendidas) entre Spock e Kirk. Na metáfora geopolítica de sua histeria (alegorizada num discurso bélico, vale dizer) e num estranho “retorno ao” encantamento com o mundo intergalático. Pois é, J.J. Abrams consegue tornar tudo entusiasmante. Até signos mofados da cultura pop de ontem.

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