A segunda edição do “Mãos Empoderadas”, concebido pela produtora Estima Cultural, promove uma programação gratuita com espetáculos de artes cênicas. As apresentações acontecem no CEU Campo Limpo, nos dias 26 e 27 de abril, e na Casa de Cultura do Campo Limpo, nos dias 5, 11 e 26 de maio.
Durante os meses de abril e junho, o projeto reúne uma série de oficinas e atividades voltadas para 60 artesãs residentes na zona sul de São Paulo com a missão de fomentar a criatividade e empoderar por meio da capacitação de produção artesanal e geração de renda desperta a sororidade entre mulheres.
A programação de artes cênicas aberta ao público reúne seis espetáculos. “Escolhas”, do Grupo Bordallo Cultural, é apresentado no CEU Campo Limpo, no dia 26 de abril, às 19h. Em cena, a Palhaça Juliana Bordallo explora o riso para refletir sobre questões como abuso, controle, desigualdade, machismo e historicidade enfrentadas por mulheres.
Já “Estupendo Circo di SóLadies”, do Circo di SóLadies, é atração do dia 27 de abril, às 11h, também no CEU Campo Limpo. Na trama, após muito tempo trabalhando em diversos teatros e circos, cansadas dos mandos e desmandos dos patrões, três palhaças decidem criar seu próprio circo e rodar pelo mundo.
O mesmo grupo também apresenta “Choque-Rosa ou Com que Armas Lutamos?” no dia 27 de abril, às 16h, no CEU Campo Limpo. A criação do espetáculo partiu da pesquisa do grupo sobre a história de mulheres brasileiras e o impacto de seus feitos na sociedade, lidando com a violência gerada pelo machismo. O grupo trata desses temas complexos com complexos com muita delicadeza, riso e poesia.
Outra atração é “Cícera”, do grupo Contadores de Mentira, que acontece na Casa de Cultura do Campo Limpo, no dia 5 de maio, às 19h. O trabalho traz para o centro uma mulher nordestina afro-indígena que sai de sua terra em busca de oportunidades e melhores condições de vida. Cícera é a união de muitas mulheres, mais velhas e mais novas, que ainda sofrem com a invisibilização de seus problemas e de suas existências.
E em “Terra Cora”, do Grupo Terra Cora, as personagens Malu e Magali revivem histórias da poetisa goiana Cora Coralina (1889-1985). Em um tempo qualquer e em qualquer lugar, Pé de Meia e Lencinho estão arrumando a casa e, enquanto colocam as coisas no lugar, lembram fatos da história de Aninha, a menina feia da ponte da Lapa. A peça é encenada no dia 11 de maio, às 19h, na Casa de Cultura do Campo Limpo.
Para encerrar a programação com chave de ouro, Tecendo Histórias, da Cia 4 Ventos, é encenado na Casa de Cultura do Campo Limpo, no dia 26 de maio, às 15h. O espetáculo apresenta o universo encantado da mitologia e dos contos africanos com base na literatura infanto-juvenil. As narrativas teatralizadas tecem mágicas, histórias repletas de cantigas, danças, poesias e animais fantásticos.
Confira abaixo a programação dos espetáculos:
CEU Campo Limpo
Endereço: Avenida Carlos Lacerda, 678, Vila Pirajussara
26/4, às 19h – “Escolhas” do Grupo Bordallo Cultural
27/4, às 11h – “Estupendo Circo” do Circo di SóLadies | Nem SóLadies
27/4, às 16h – “Choque-Rosa ou com que armas lutamos?” do Circo di SóLadies | Nem SóLadies
Casa de Cultura do Campo Limpo
Endereço: Rua Aroldo de Azevedo, 100 – Jardim Bom Refugio
5/5, às 19h – “Cícera” do grupo Contadores de Mentira
11/5 às 19h – “Terra Cora” do grupo Terra Cora.
26/5 às 15h – “Tecendo Histórias” da Cia. 4 Ventos.
Confira abaixo as sinopses dos espetáculos
“Escolhas”, do Grupo Bordallo Cultural
A obra usa o riso para refletir sobre questões como abuso, controle, desigualdade, machismo e historicidade enfrentadas por mulheres e, assim, o espetáculo tem o objetivo de construir novas possibilidades de relações interpessoais. A peça tem criação baseada na pesquisa da palhaça Juliana Bordallo sobre dramaturgia feminista e comicidade feminina.
Por meio do riso, o projeto de montagem do espetáculo ‘Escolhas’, busca refletir a respeito das relações de abuso, controle, escolhas, desigualdade, machismo e historicidade sofridas por essas mulheres, no intuito de desenvolver novas possibilidades de relações interpessoais.
Manter o equilíbrio, a sanidade mental, a criatividade, autoestima e não esquecer do autocuidado são imposições que levam Flóris às crises existenciais e de ansiedade. Entre essas inquietações e provocações nada filosóficas, Flóris guiará a plateia aos delírios do riso.
Classificação: 12 anos
Duração: 60 minutos
Ficha Técnica
Criação e atuação: Palhaça Juliana Bordallo
Direção: Naomi Silman
Estupendo Circo Di Só Ladies, do Circo Di SóLadies
Após muito tempo trabalhando em diversos teatros e circos, cansadas dos mandos e desmandos dos patrões, três palhaças decidem criar seu próprio circo e rodar pelo mundo. A adaptação de cenas clássicas do circo tradicional, música, poesia e interação com a plateia compõem as apresentações de Estupendo Circo di SóLadies, levando o universo feminino em sua trajetória cômica, para crianças, jovens e adultos.
Feito por mulheres – palhaças, atrizes, musicistas, pesquisadoras e realizadoras – para todos os públicos, o grupo é um circo em que as artistas desenvolvem o repertório através do improviso e do jogo cênico com elementos fundamentais para a conexão e interação com o público, a conquista do estado da graça, do riso e da reflexão sobre o papel da mulher na sociedade.
Ficha Técnica
Palhaça Greice – Kelly Lima
Palhaça Augustina – Tatá Oliveira
Palhaça Úrsula – Veronica Mello
Composição de paródias e músicas autorais: Lilyan Teles
Classificação: livre
Duração: 50 min
Choque-Rosa ou Com que Armas Lutamos?, do Circo di SóLadies
A criação do espetáculo partiu da pesquisa do grupo sobre a história de mulheres brasileiras e o impacto de seus feitos na sociedade, lidando com a violência gerada pelo machismo.
“Elas, as que vieram antes, guiaram nossas escolhas e guiarão as palhaças em suas descobertas” – explicam as mulheres palhaças integrantes do grupo.
Com uma equipe formada apenas por mulheres, CHOQUE-ROSA utiliza camadas simbólicas e surpreende o público por tratar de temas que geralmente são considerados complexos com muita delicadeza e poesia. Através do riso, inspira reflexões importantes sobre a potência da mulher, dialogando e envolvendo o público de todas as idades, divertindo crianças, jovens e adultos.
Classificação: Livre
Duração: 50 min
Ficha Técnica
Direção: Luciana Viacava
Assistente de Direção e Técnica de Som: Lays Somogyi
Elenco: Kelly Lima, Vitória Maia, Theo Oliveira e Verônica Mello. Stand in: Loi Lima. Dramaturgista: Maria Fernanda de Barros Batalha
Co-Autoria de Dramaturgia: Lui Castanho
Composição de Trilha Sonora: Dani Nega
Provocadora Corporal: Sheila Areas
Preparadora Vocal: Naruna Costa
Cenógrafa: Mariana Chiarello
Assessoria de imprensa: Luciana Gandelini
Cenotécnicas: Thays do Valle e Lua Nucci
Figurinista: Nagila Sanches
Cícera, do grupo Contadores de Mentiras
“Cícera” é uma obra que traz para o centro uma mulher nordestina afro- indígena, que sai de sua terra em busca de oportunidades e melhores condições de vida. Cícera é a união de muitas mulheres, mais velhas e mais novas, que ainda sofrem com a invisibilização de seus problemas e de suas existências. É uma obra que evoca a ancestralidade da atriz que personifica a sua própria mãe de nome homônimo, fato só revelado ao final do espetáculo.
Atravessado pela Cultura Popular brasileira, o trabalho se apoia nas tradições populares de Alagoas do “Guerreiro” e dos “Cantos de Trabalho”, tradições que aos poucos se tornam mais distantes do nosso presente
A obra propõe um olhar sobre o analfabetismo, a exploração, a fome, o desemprego, e a desigualdade. Realidade de boa parte das mulheres e homens que migram do nordeste do país para as grandes capitais do Sudeste. Cícera apresenta uma mulher nordestina crítica ao seu tempo, que sabe de suas lutas, e que não se resigna com retrocessos.
Na mala a alagoana Cícera traz um punhado de farinha, quatro filhas e o sonho de uma vida melhor. Em São Paulo encontra dureza, concreto, fome e saudade. “Cícera” é a história de uma mulher, mas é o retrato da vida de centenas de mulheres retirantes que deixam suas raízes na busca de igualdade social.
Ficha Técnica
Atuação, Criação e Dramaturgia: Daniele Santana
Direção: Cleiton Pereira
Classificação: 12 anos
Duração: 70 min
Terra Cora, do Grupo Terra Cora
“Terra Cora” compõe o Projeto Ligações Femininas, na intenção de resgatar os pequenos detalhes que permeiam o dia a dia da luta das mulheres. Para tanto, Malu e Magali revivem histórias da poetisa goiana Cora Coralina (1889-1985).
Em um tempo qualquer, em qualquer lugar, Pé de Meia e Lencinho estão arrumando a casa e, enquanto colocam as coisas no lugar, lembram fatos da história de Aninha, a menina feia da ponte da Lapa. Remexendo e nomeando essas memórias, acabam por desvelar Cora Coralina, uma mulher potente, à frente do seu tempo, que viveu, lutou e amou, sem perder a poesia. O texto é de Ronaldo Ventura. E a montagem conta com músicas de Maria Luísa Gouvea e operação de som de Yasmin Saloti.
Ficha Técnica:
Atrizes: Malú Saloti e Magali Costa
Direção de Evas Carretero
Classificação: 12 anos
Duração: 60 minutos
Tecendo Histórias, da Cia 4 Ventos
A Cia apresenta o universo encantado da mitologia e dos contos africanos com base na literatura infanto-juvenil. As narrativas teatralizadas tecem mágicas, histórias repletas de cantigas, danças, poesias e animais fantásticos.
Ficha Técnica:
Direção: Giselda Perê
Dramaturgia: Luana Gonçalves
Cenário: Cia Quatro Ventos
Figurino: Débora Marçal
Operador de Som: Lay Evelyn
Produção Executiva: Cláudio Pavão
Elenco: Emily Meirelles, Jéssica Oliveira, Lua Porto, Luana Gonçalves
Classificação: 12 anos
Duração: 50 min
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