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A Netflix não veio só para ficar, e sim para dominar o mundo!

Assim como o celular e a internet, é cada dia mais difícil imaginar o mundo sem Netflix. E mais, como vivemos tanto sem esse serviço que nos dá acesso a séries, filmes e documentários e faz muita gente deixar de sair de casa.

Tudo começou com um serviço de entregas de DVDs a domicílio apenas nos EUA, iniciado em 1998 por Marc Randolph e Reed Hastings, dois ex-funcionários da Pure Software. A ideia era inaugurar uma “inovadora” forma de se alugar filmes: você escolhia o título online e era entregue na sua casa pelo correio. Diz a lenda que a ideia veio quando Hasting teve que pagar 40 dólares de multa por ter atrasado bastante a devolução de “Apolo 13”, já outros dizem que é apenas uma forma encontrada por ele de contar a história do surgimento da empresa de maneira curiosa.

O conceito de assinatura mensal foi introduzido em setembro 1999 e em 2000, caiu o modelo de aluguel de um título. Desde então, a empresa construiu sua reputação sobre o modelo de negócio de taxa fixa aluguéis ilimitados, sem datas de vencimento, multas, frete, ou taxas por aluguel. O pagamento mensal dava direito a ter acesso a todo o catálogo. E quem utilizou o serviço nessa época garante que o número de títulos era muito maior do que hoje. E estamos falando da versão norte-americana, não da reduzida versão brasileira, que, por razões de direitos autorais, não pode disponibilizar todo o conteúdo da matriz. Mas a revolução ainda estava por vir.

Em 2007, a Netflix introduziu o streaming digital. A lógica era a mesma, só que, ao invés de esperar pelos seus filmes chegarem em sua casa, você poderia assisti-los em streaming automaticamente. Isso possibilitou à empresa expandir suas atividades por outros países. E a internet nunca mais foi a mesma. Se de início, o grosso do interesse no Netflix se dava pelos filmes, hoje, pode-se dizer que as séries são o maior responsável pelas assinaturas. Hoje a Netflix está disponível em mais de 190 países, presente em quase todo o mundo, com exceção da China, Crimeia, região da Ucrânia, Coréia do Norte, e Síria. Nos EUA, o serviço de entrega ainda existe, para suprir a demanda de filmes que não constam no catálogo de streaming. Mas será que existe um segredo do sucesso ou é simplesmente o poder da propaganda?

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Na verdade, a marca se especializou em entregar conteúdo popular, mas sempre zelando pela qualidade, sobretudo de suas produções. O serviço já tinha séries de TV a cabo como “Mad Men” e “Breaking Bad”, o que atraiu uma gama de assinantes, mas ganhou notoriedade quando passou a produzir suas séries originais, todas de ótima qualidade. Construíram sua excelência com “House of Cards” (foto acima) e limparam a imagem do Demolidor da Marvel com uma série que nos fez esquecer o medonho filme de 2003 estrelado por Ben Affleck. Se repararem, ele sumiu da grade de reprises na TV (quem sabe daqui a pouco não vira cult?). A Marvel foi bastante hábil de entregar seus heróis da série B para o gigante do streaming.

A Netflix não interfere na parte criativa das produções. Se o roteiro é aprovado, vão direto para a etapa de produção, eliminando o tradicional processo de desenvolvimento, em que a série tem de se adaptar ao estúdio. Apenas dá o sinal verde e plena liberdade para os criadores. Afinal de contas, pelo caráter do serviço, não se prende às amarras da TV convencional, então, o risco a ser corrido pode ser maior.

Stranger Things: a prova do poder de fogo do boca-a-boca das séries da Netflix
Stranger Things: a prova do poder de fogo do boca-a-boca das séries da Netflix

A estratégia de entregar todos os episódios de uma vez, permitindo que o espectador assista tudo em maratona também mudou de vez o jeito de se acompanhar séries, que já vinha mudando com o advento dos downloads ilegais. Isso favorece muito o boca-a-boca, que já se mostrou a principal forma de divulgação de suas séries. Um ótimo exemplo é “Stranger Things”, o recente fenômeno que surgiu de uma propaganda que pouco revelava, mais muito instigava, e no dia seguinte à estreia era trending topic nas redes sociais

A Netflix tem como política  não divulgar números, mas nem precisa. A empresa é sinônimo de streaming assim como gilete é sinônimo de lâmina de barbear. E agora, fechou um acordo de exclusividade com a Disney, que inclui no pacote a Pixar, a Lucasfilm e o Marvel Studios. Ainda não se sabe como isso se dará em outros países, como aqui, por exemplo. Mas o mais provável é que se estenda a outros mercados. Como se não bastasse, também é detentora das duas maiores franquias da cultura nerd: Star Wars e Star Trek.

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A saga de George Lucas virá com um pacote para fã nenhum colocar defeito, englobando aos seis primeiros filmes mais documentários e animações a partir de 2 de outubro. Já o combo Star Trek terá a série original, as derivadas, a série animada dos anos 70, e ainda exibirá a nova série, Star Trek: Discovery, para o resto do mundo. Nos EUA a exibição é da CBS. Ou seja, a Netflix não chegou para ficar. Veio para dominar o mundo.

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