2017 foi um ano particularmente bom para o universo das séries. Os canais de streaming e fechados ainda dominam no quesito qualidade e apresentam os melhores títulos. Estreias aguardadas como Twin Peaks fizeram barulho (ainda que os maneirismos de David Lynch falem mais alto que sua obra) e outras surpreenderam positivamente, como Legion, This Is Us, The Good Fight, Young Sheldon e The Good Place mantiveram a relevância na TV aberta, mesmo com a primeira perdendo o bom fôlego da primeira temporada. Mas destacamos aqui os doze maiores destaques em séries do ano:
THE HANDMAID´S TALE
A melhor e mais perturbadora série do ano. Sua atualidade impressiona (o livro de Margaret Atwood, da qual é baseada, é dos anos 1980) e ainda tem um roteiro meticulosamente pautado para um clímax que gera certo desconforto e assimilação. Tecnicamente brilhante – a fotografia é literalmente, um assombro – não faltam predicados para esse trabalho que ainda veio dar relevância ao pequeno canal de streaming Hulu.
THE CROWN (2ª temporada)
A evolução de uma bem sucedida primeira temporada, The Crown amadurece com sua protagonista em seus conflitos pessoais e institucionais. É no cruzamento desses que sua dramaturgia se enrijece. Todos os episódios são acima da média, mas o genial “Beryl“, alcança um nível de perfeição que raras vezes a TV (!) proporciona.
THE LEFTOVERS (3ª e última temporada)
BIG LITTLE LIES
FEUD: BETTE AND JOAN
THE DEUCE
CARA GENTE BRANCA
Tão importante quanto necessária, Cara Gente Branca ainda é muito boa. A série da Netflix nem tinha estreado e já havia gerado polêmica “com brancos” a acusando de racismo reverso (!). Nota-se de saída a sua contundência. Para além do viés político, a série é brilhante no exercício de propor empatia social. Tudo isso em uma consistente dramaturgia, eficiência técnica e dimensão discursiva.