Acredito que Shadowrun tenha sido até hoje o mais bem sucedido RPG futurista. O livro é um marco na breve história do RPG por ter iniciado junto com Ars Mágica o tom, o clima e a dinâmica de muitos dos principais RPGs dos anos noventa (White Wolf e seus d10s, assim como diversos indies). Para mim, duas grandes provas de sua popularidade são o RPG para o Super Nintendo (que devo dizer, me parecia impossível de zerar na época) e o fato dele ter até mesmo ganho uma versão brasileira, junto com seu rival Cyberpunk 2020.
Para comemorar os 20 anos de Shadowrun, a Catalyst, atual editora do mesmo, pretende lançar um novo livro básico, que parece funcionar como uma versão 4.5 do último lançado (que era a quarta edição). As novidades ficam por conta de algumas interessantes adições:
- Graficamente, o livro não apenas terá novas figuras e design, como será inteiramente colorido.
- Ainda que compatível com todos os livros da quarta edição, muita informação será re-apresentada visando uma maior “usabilidade”.
- Para transformar este livro no melhor básico de todas as edições será incluso um índice de vinte duas páginas que cobre não apenas o conteúdo do mesmo como também de todos os suplementos importantes da quarta edição.
Continuando as comemorações, dentro de poucos meses será lançada uma caixa denominada “Runner’s Toolkit” com várias adições interessantes para o narrador. O Kit virá com uma bela screen em capa dura mostrando uma foto panorâmica da Seattle futurista, um livreto de trinta e duas páginas com idéias para contatos e histórias, uma aventura completa (On the Run), um conto de ficção que narra como as regras se aplicam ao mundo de Shadowrun, um grande livro com todas as tabelas contidas no básico mais suplementos, um sistema de fichas que ajudam o narrador a montar personagens e kits, e por fim, seis cartões que servem como referência para as principais tarefas e testes do sistema. A caixa deve trazer à pele dos oldschoolers um grande saudosismo deste tempo mágico dos RPGs, onde diversos produtos eram produzidos com dezenas de extras para enriquecer a experiência em mesa.
Claro que as comemorações dos 20 anos de Shadowrun não irão parar por aí e muito mais deverá ser produzido para a linha ainda este ano. O Ambrosia gostaria de deixar marcado um grande parabéns para a Catalyst, e seu trabalho excelente com este que é um RPG venerável.
Vou reservar o meu!
Essa nova edição da Catalist tá muito melhor que as anteriores. Tenho que tirar o chapéu para eles.
SHADOWRUN é um clássico! Quero a 4ª edição até hoje, hehehe
Concordo , Fê. Ótima noticia.
HUmmm eu ia até comentar sobre esse livro. A catalyst está me impressionando. Alias eles estão preprando um cenário novo chamado Eclipse Phase, mas dessa vez nada cyberpunk. Vai ser nu futuro, mas a proposta é ser bem realista na adaptação. Vamos ver.
Completando o que o Phil disse: a Catalyst detém os direitos sobre o Cthulhutech, um ótimo RPG do qual me orgulho de ter. Quem tiver acesso a um cartão internacional deveria adicioná-lo à sua coleção. Garanto que não vai se arrepender.
É bom mesmo Guilherme? Se não estou enganado é após a experiencia com o sistema usado em CthulhuTech é que resolveram usar um sistema similar em Eclipse Phase.
Responda a duvida que o nume levantou certa vez em um post exatamente sobre o CthulhuTech aqui no ambrosia. Lá eles explicam se é possível matar cthulhu com um ou dois misseis nucleares? 😀
Hehehe… Não me lembro de ter lido nada disso não… Mas, sinceramente, não acho que seria possível.
Os antigos sempre são, foram e serão!
Em relação ao sistema: a jogada de dados é meio parecida com um jogo de poker (tanto é que o Vade Mecum apresenta regras para jogar com cartas).
O Cthulhutech não é um jogo para todos os gostos. O medo do desconhecido foi substituído pelo medo do extermínio perante ameaças superiores. Muitos puristas torceram o nariz. Mesmo assim, o cenário é envolvente e bem explicado. Eu recomendo!
Eu torço o nariz.. rs
Acho muito anti climático misturar robôs gigantes com lovecraft…..