Plataforma: PS3 e Xbox 360 |
Gênero: Luta |
Selo: Capcom |
Desenvolvedora: Capcom |
Lançamento: 15 de Fevereiro de 2010 |
Depois de muita espera por esta série e até mesmo a perda da esperança que ela retornaria um dia, a Capcom finalmente lançou um de seus mais icônicos jogos de luta: Marvel Vs. Capcom 3.
A empresa japonesa já provou em muitas ocasiões que é a melhor desenvolvedora de jogos de luta há décadas, e o revival deste gênero foi catapultado pelo lançamento de Street Figther IV em 2009, que trouxe a luz a uma série de novos títulos (inclusive um Mortal Kombat que se diz de volta as “origens”). Desde o assombroso sucesso do jogo de Ryu e companhia e o bom recebimento de Tatsunoko Vs. Capcom no Nintendo Wii todos esperavam pela seqüência do Vs. que colocava os personagens da Marvel contra alguns dos maiores heróis do games.
É impossível não compará-lo com a primeira seqüência, isto é, o segundo título da série que apresentava o maior elenco que já apareceu em um game de luta, com quase 60 personagens, comparados aos 36 deste game (38 se contarmos a edição especial/dlc). Vale lembrar, no entanto que MvC2 re-utilizava vários sprites e que na verdade tinha um número bem escasso de personagens realmente inéditos.
No caso de MvC3 todos os personagens, bem como a engine do jogo foram construídos do zero na tentativa de capturar todo aquele caos e velocidade apresentados pelas versões anteriores. E o game é muito bem sucedido nesta tarefa, trazendo toda a qualidade da série para os consoles HD da atual geração.
Jogabilidade
Os controles são estruturados de forma bem simples, com três botões de combate (separados em leve, médio e forte), um botão de especial e os shoulder buttons destinados a troca de personagens e auxílios. Todos os movimentos são responsivos e com tempo intuitivos, o que contribui ainda mais para a fluidez e a velocidade insana do jogo. Mesmo com esta simplicidade, os poderes e a diversidade de movimentos não é prejudicada, alguns personagens (como Dante) chegam a ter mais de 15 movimentos diversos apenas em variações dos três botões principais.
Os hypercombos e especiais são fáceis de serem aplicados e muito legais em seu visual, além disso, existem muitos deles e são todos bem diferentes uns dos outros, sendo três o mínimo de hypers por personagem, mais alguns conseguem dar mais do que isso. Selecionar personagens com bons hypercombos parece ser uma decisão vital na hora de montar seu grupo.
Uma coisa importante também é perceber que cada um dos membros do elenco são únicos. Não apenas de maneira visual, mas também em estilo de jogo: seja ele um personagem focado em ataques físicos ou um disparador a distância, todos apresentam uma enorme variabilidade nestes papéis.
O AI do jogo é bom, mas é possível usar alguns truques sujos e repetitivos para zerar o game na dificuldade mais alta sem se esforçar muito (quase tão fácil quanto zerar SSF IV com o Zangief somente apertando o botão de Lariat). Mesmo assim, tentar lutar normalmente contra o CPU no Very Hard exige muita habilidade e conhecimento do jogo.
O verdadeiro desafio, no entanto é o modo online, que parece ter ficado muito bem feito. Não há esperas longas, você sempre é levado a um oponente de nível similar e é tudo realizado de forma simples e intuitiva. O único real defeito é a impossibilidade de gravar ou assistir partidas, fazendo com que este modo seja inferior ao de Super Street Fighter IV.
Fora isso, temos o mission mode (os difíceis challenges), que tentam treinar o jogador na difícil tarefa de entender os diversos combos utilizados no jogo. Apesar de mais fáceis do que aqueles mostrados em SSFIV a coisa ainda é bem impossível, fazendo com que o jogador que domine as missões acabe se tornando um grande competidor no jogo.
Apresentação
As quatro aberturas distintas são muito legais (ainda que eu acredite que o vilão final poderia ter sido o Dormammu) e bem realizadas dando um clima empolgante e novo para o jogo subseqüente. Os menus de entradas e opções também são agradáveis e parecem funcionar bem, pois mesmo gostando de alterar diversas configurações jamais me encontrei perdido entre as opções.
Os gráficos do jogo são ótimos, apesar de serem um pouco mais “realistas” do que eu gostaria, prefiro a forma mais estilizada como utilizada em SSF IV. As animações dos movimentos estão bem realizadas e precisas e conseguem funcionar bem e sem lags mesmo com a alta velocidade do jogo.
Acredito mesmo que o principal problema com a arte, em minha opinião, é a falta de uma personalidade própria, um estilo, todos os personagens estão representados de forma boa, reconhecíveis, mas não apresentam um modelo particularmente único. É legal que eles sejam fiéis a suas mídias originais, mas sinto falta de um tema estético que perpasse por todo o jogo.
O som é excelente, tanto as músicas quanto os golpes e falas, ainda que eu colocaria mais variedade neles, na medida em que quase sempre ouvimos a mesma introdução até a exaustão.
Conclusão
Marvel Vs. Capcom 3 é um excelente representante de jogos de luta em duas dimensões, um dos melhores dos últimos anos, mas talvez não tão bom quanto SSF IV. Dificilmente algum outro lançamento de luta 2d neste período será melhor que do que ele (estou olhando para você Mortal Kombat).
Outra grande vantagem é que a Capcom parece prometer não deixar o jogo morrer. Já foram lançados diversos DLCs e tem muito mais a caminho. São pacotes com novos personagens (já saíram Jill Valentine e Shuma Gorah, e dizem que os próximos seriam Octopus e Frank West), novas roupas (Thor Clássico, Super Soldado, Iron Patriot, Chris Redfield com a roupa original e outros) bem como CPUs construídos em cima dos estilos de luta dos desenvolvedores do jogo (as shadow battles, todas gratuitas). Resta apenas esperar que o jogo prossiga com este excelente suporte que vem recebendo.
Apresentação: 3.5/5 |
Elenco: 4/5 |
Jogabilidade: 4.5/5 |
Fator Replay: 4/5 |
[xrr rating=4/5] |
Sinto que teremos um Super Marvel Vs Capcom 3 sendo lançado daqui a 1 ano com o dobro dos personagens.
Deixo minha critica a pouca variedade de cenarios para se jogar… apesar de serem muito bons, bens trabalhados e detalhados existem poucos cenarios se não me engano 9… oque deixa as coisas um pouco repetitivas
Até aí, isso é o mesmo número do que o SSF IV, porque na boa, botar o mesmo cenário em diferentes horários do dia não faz diferença, e particularmente os cenários deste são tão mais bem elaborados que valem o negócio…