Como comédia, “O Ataque” desce redondinho…

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Roland Emmerich é um diretor que tem fetiche pela catástrofe. 2012, O Dia Depois de Amanhã e Independence Day são exemplos suficientes (e barulhentos) dos delírios grandiloquentes de seu cinema. O Ataque não foge à regra, ainda que por aspectos pseudo-políticos. Basicamente, o diretor fez um filme sobre sua obsessão em destruir a Casa Branca. Com muita testosterona. O filme tem início com a chegada do presidente americano Sawyer (Jamie Foxx) à Casa Branca, depois de um bombástico pronunciamento na sede das Nações Unidas. Por conta desse discurso, importantes membros do governo são convocados para debater a repercussão da retirada de tropas do Oriente Médio. Entre eles o vice-presidente Hammond (Michael Murphy), e o líder do Congresso Raphaelson (Richard Jenkins), que segue para o capitólio com seu segurança, Cale (Channing Tatum, um poço de carisma). Depois de uma entrevista de emprego com Carol Finnerty (Maggie Gyllenhaal), a chefe da segurança pessoal do presidente, Cale leva a filha, Emily (Joey King), para uma visita à Casa Branca. Pouco depois da festa de despedida de Walker (James Woods), chefe do Serviço Secreto, ocorrem ataques sincronizados à Casa Branca e ao Capitólio.

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Nada faz muito sentido e a trama é tão inacreditável que o filme vira quase a melhor comédia do ano. Mas o que torna tudo divertido mesmo é a leveza com que Roland conduz seu “brinquedo”, onde o senso de humor é assumido e a caricatura reflete até o patriotismo excessivo do Cinema Americano. Captando esse, digamos, espírito da coisa, O Ataque vira aquele filme que a gente dá boas gargalhadas e não lembra nem o nome minutos depois de acabar a sessão, afinal, o Cinema (principalmente o Americano!) também é feito de passatempos para a gente fugir do trânsito na hora do rush…

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