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O legado de Rogério Duarte

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Na última quinta feira, 14 de abril, faleceu o artista plástico baiano Rogério Duarte. Seu legado é de grande valia para as artes visuais no Brasil, sobretudo por ter criado o conceito visual da tropicália e ter assinado cartazes de filmes do cinema novo.

Rogério, que também era músico, compositor, poeta, tradutor e professor, foi um epíteto da arte de vanguarda no país na década de sessenta. Amigo de Glauber Rocha, assinou pôsteres emblemáticos de seus filmes como o icônico cartaz de Deus e o Diabo na Terra do Sol.

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Considerado um dos mentores intelectuais do movimento tropicalista, Rogério não demorou a ser caçado pelo regime ditatorial militar e foi um dos primeiros a ser preso e a denunciar publicamente a tortura no regime militar. Sua prisão, juntamente com seu irmão Ronaldo Duarte, mobilizou artistas e mereceu ampla divulgação no jornal carioca Correio da Manhã, que publicou uma carta coletiva pedindo a libertação dos “Irmãos Duarte”. Duarte tinha 77 anos e sofria de um câncer ósseo e no fígado

Aqui prestaremos uma homenagem relembrando suas principais obras.

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Rogério Duarte assinou a capa do primeiro álbum de Caetano Veloso. O álbum traz faixas como “Tropicália”, “Alegria, Alegria” e “Soy Loco Por Ti América”;

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O segundo disco de Gil teve capa assinada por Rogério, fortemente influenciado pela psicodelia, contava a participação dos Mutantes em “Pega a Voga, Cabeludo”;

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Outra capa tropicalista é o disco de Jorge Mautner, de 1974;

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Já nos anos 00, assinou a capa de “Como Estão Vocês?”, dos Titãs;

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Capa do álbum “Brasil”, de João Gilberto (1981), que contava com participação de Caetano Veloso, Gilberto Gil e Maria Bethânia;

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O icônico pôster de “Deus e o Diabo na Terra do Sol”;

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Cartaz do filme “Meteorango Kid, Herói Intergaláctico” (1969), o anárquico grito contra a opressão durante os anos de chumbo dirigido por André Luiz Oliveira;

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“O Desafio” é outro filme emblemático do período do cinema novo. Dirigido por Paulo César Saraceni, critica a burguesia que apoiou o golpe militar um ano antes;

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“Cara A Cara”, de Julio Bressane, de 1968, é um dos epítetos do cinema marginal;

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Cartaz do filme “A Grande Cidade: ou As Aventuras e Desventuras de Luzia e seus 3 amigos chegados de longe” (1966), de Cacá Diegues;

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Mais um cartaz de um filme de Glauber Rocha, “Terra Em Transe”, de 1967;

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“Amor e Desamor”, de 1966, primeiro longa de Gerson Tavares;

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‘Cantar’, disco de Gal Costa, de 1974.

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