Hoje na quarta feira a comunidade rpgística do mundo ficou agitada quando os três livros básicos de D&D, previstos para serem lançados no dia seis de junho, acabaram saindo mais cedo em um PDF que dizem ter vindo diretamente dos responsáveis pela diagramação do mesmo.
As primeiras impressões do livro não foram positivas, em diversos blogs e listas é possível encontrar até mesmo nas pessoas que estavam apoiando a quarta edição afirmações de que irão cancelar seus pedidos de compra. A reclamação é a mesma de sempre, o livro se tornou similar demais aos diversos MMORPGS por aí, mais do que o esperado.
Pelo que pude ler nas resenhas até agora feitas, o livro efetivamente transformou todas as classes como portadoras de habilidade inerentes (ou seja, colocou fim a simplicidade do fighter que conta com dezenas de poderes, e limitou os spellcaster com a inexistência de uma lista de magias), o que significa que todo mundo agora deverá averiguar o livro, ou um resumo próprio de todos os poderes de classe, pois as listas são grandes. Mas as classes sofreram um abalo pois passaram a ser categorizadas em termos de papéis em combate. Sabe aquilo que todo mundo que joga RPG online conhece? “Precisa-se de healers, ou tankers ou d.p.s.”? O jogo passa a definir todas as classes em quatro grupos: o controlador (Magos), encarregado de lidar com vários inimigos ao mesmo tempo, seja dando dano, retardando-os, enfraquecendo-os ou confundindo-os; o protetor (Guerreiros e Paladinos) que é o tanque, com uma defesa e resistência muito alta, assim como poderes ligados a fazer com que o inimigo se foque neles e não ataque os outros; o líder (Clérigos e Warlords) é o buffer típico, aquele que cura e potencializa os demais membros da equipe; e por fim o atacante (Ladino, Guardião e o Feiticeiro) que dá uma grande capacidade de dano em um alvo único. Essa divisão nunca havia aparecido nas edições anteriores e a mesma é típica de jogos como o World of Warcraft.
As habilidades de raça melhoraram como um todo, fazendo dessa escolha algo mais relevante para o jogador. Ainda sim, vale dizer que algumas delas ficaram extremamente fixadas em certo papel, pois em um jogo como D&D que não recompensa o lado mais interpretativo, muitos irão escolher a raça que melhor cabe a classe imaginada, pouco se importando com seu conteúdo. Esse pensamento é contribuído a partir de algumas dessas habilidades que simplesmente estão lá para equilibrar as raças, não tendo nenhum sentido de verdade, ou seja um que seja moldado a partir de uma história daquele povo ou característica física, alguns bônus simplesmente existem por existir.
Outra coisa que parece ter incomodado, foi o novo sistema de moralidade, onde os alinhamentos em termos de ordem foram nominalmente abandonados (ainda que estejam presentes de forma tangente nos restantes) para dar vazão a alinhamentos mais fixos, e talvez restritivos. A discussão feita sobre eles foi tão simplória, que cheguei a ler um comentário muito bom não reproduzido exatamente (pois perdi a fonte deste, mas ri bastante): “sentia vergonha de estar lendo aquilo quando passei meus olhos na sessão de alinhamentos”, entre outros bem piores e mais indignados.
Para completar a pequena resenha deste novo MMO, algo que foi notório estava na sessão de equipamentos e itens mágicos, onde as partes do corpo capazes de serem adornadas com alguma coisa receberam o nome de slot! Isso mesmo, na lista denominada head slot items (Espaço de itens para a cabeça) é onde encontramos os diversos capacetes e tiaras, e assim por diante.
Agora é esperar o livro chegar e fazer um boa resenha depois de uma partida, para entender como o jogo ficou em mesa, as vezes ele inclusive pode ter ficado mais dinâmico, mas isso só o tempo poderá mostar. Mas como disse, depois do dia de hoje, muita gente perdeu a fé no D&D, imagino se as pré-vendas do Pathfinder não irão subir…








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