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FAMBRAS levará inventores muçulmanos e o gibi “Khalil” para a Bienal do Livro de São Paulo

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A Federação das Associações Muçulmanas do Brasil – FAMBRAS é presença confirmada na 26ª edição da Bienal Internacional do Livro de São Paulo, evento que acontecerá na capital paulista entre os 2 e 10 de julho, no Expo Center Norte. Em seu estande, haverá dois grandes destaques que prometem agradar pessoas de todas idades. Uma delas é a exposição das grandes invenções criadas por muçulmanos que beneficiam a humanidade até os dias de hoje. E a outra é o gibi “Khalil”, que já está em sua oitava edição e foi criado especialmente pensando nas crianças e pré-adolescentes.

Sobre os inventores muçulmanos, fala o vice-presidente da Federação, Ali Hussein El Zoghbi. “São grandes mulheres e homens que contribuíram com ciências como a Astronomia, Aviação, Engenharia, Medicina, Navegação, Filosofia, Arquitetura e Matemática, entre outras”, diz. “Será possível, por exemplo, conhecer Mariam Al-Ljliya, uma das mais importantes mulheres do Islam e do mundo árabe. Ela criou o astrolábio, equipamento amplamente utilizado na navegação e na astronomia que serviu de base para o GPS que hoje tanto nos auxilia”.

Zoghbi cita também outro destaque, Ibn Firnas. No século IX, ele foi o primeiro homem a tentar voar – criou um planador que imitava as asas dos pássaros. “A partir de seus estudos, foi criado, adiante, o avião, um meio de transporte indispensável para a humanidade”.

Khalil 

A FAMBRAS também levará à Bienal o gibi “Khalil”, primeira HQ brasileira que fala sobre o Islam e que já está na oitava edição. Khalil é um pré-adolescente brasileiro e muçulmano. Vive muitas aventuras com sua turma e, sempre que tem oportunidade, fala sobre sua religião.

A cada edição, o gibi aborda um tema atual que requer reflexão de toda a sociedade. Já falou sobre intolerância religiosa, a importância da solidariedade, o impacto do lixo urbano, a acessibilidade e o desperdício de alimentos. “O conteúdo de altíssima relevância promove importantes discussões nos ambientes familiar e escolar. Também nos ajuda a combater estereótipos, preconceito e desinformação sobre a religião islâmica e os muçulmanos junto a crianças e pré-adolescentes”, completa Zoghbi.

Além da conhecer os inventores muçulmanos e o gibi Khalil, os visitantes poderão elucidar suas dúvidas sobre o Islam e levar para casa materiais informativos. “É uma oportunidade para mostrar o que nossa religião prega, como a paz e a caridade”, completa o vice-presidente. “Por meio da informação, nossa intenção é desmistificar a religião islâmica e combater preconceitos e estereótipos. Eventos como a Bienal colaboram bastante com essa nossa missão”.

Conheça alguns dos inventores muçulmanos que serão destaque na Bienal

IBN Firnas

Foi o homem responsável pelo primeiro voo controlado da humanidade, no século IX, muito antes de Santos Dumont e dos irmãos Wright, num protótipo muito semelhante a uma asa-delta. Hoje, o aeroporto de Bagdá e uma ponte em Córdoba são nomeados em sua homenagem, pois foi considerado o primeiro homem a voar.

IBN Al-Haytham (965 d.C)

Esse iraquiano escreveu um livro de Óptica e se aventurou pelos campos da Astronomia, Matemática e Filosofia Religiosa. Foi o primeiro a utilizar a câmara escura, conceito que, além de ajudar no desenvolvimento da fotografia, refutava teorias de outros grandes pensadores, como Euclides e Ptolomeu, de que a luz era produzida dentro do olho humano e não refletida pelos objetos.

IBN Sina ou Avicena (980 d.C)

Grande cientista, Ibn Sina (ou Avicena) tem, dentre suas obras, “O Cânone da Medicin” e “O Livro da Cura”. No século X, aventurou-se também pelos campos da Filosofia, Astronomia, Alquimia, Geografia, Psicologia, Teologia Islâmica, Lógica, Matemática, Física e até da poesia! Além disso, também identificou e descobriu o tratamento para doenças como a meningite. Foi autoridade máxima em assuntos médicos na Europa durante quase seis séculos e, por isso, era chamado de “Príncipe dos Médicos”. Alguns aparelhos cirúrgicos comuns, como sondas, tesouras, pinças e bisturis, foram criados por outro médico muçulmano importantíssimo, Al-Zaharawi, e Ibn Sina os aperfeiçoou para os tornar próximos ao que são utilizados hoje.

Mariam Al-Ljliya

Uma das mais importantes mulheres do Islam e do mundo árabe, essa cientista, matemática e astrônoma síria criou o astrolábio, equipamento amplamente utilizado na navegação e na astronomia para medir a altura dos astros acima do horizonte, a altura de uma torre ou a profundidade de um poço, além de especificar o tempo do crepúsculo ou nascer e pôr do sol. O astrolábio construiu as bases para a descoberta do GPS. Ele desenvolveu as ciências espaciais e, assim, permitiu que o homem chegasse à lua. O pai de Mariam, Kushiar Al Astrulabi, também foi um renomado astrônomo.

Zheng He (1371 d.C)

Esse muçulmano chinês é um dos maiores responsáveis por levar o Islam pelo país. Foi um importante almirante que comandou a marinha chinesa durante a dinastia Ming, no século XV, e desbravou os sete mares antes mesmo de Colombo. Não é atribuída a ele uma invenção específica, mas, diversas proezas na história da navegação, além da propagação ativa da religião e da construção de vilarejos muçulmanos e mesquitas.

Serviço:

FAMBRAS na 26ª Bienal Internacional do Livro de São Paulo
Data: de 2 a 10 de julho
Horário: de segunda à sexta-feira, das 9h às 22h (entrada no evento até as 21h); sábados e domingos, das 10h às 22h (dias 2, 3 e 9 entrada no evento até as 21h e no dia 10 até as 19h).
Local: Expo Center Norte
Localização do estande da FAMBRAS: C-32 (Pavilhão Branco)

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2 Comentários

  • Sim, na idade média alguns muçulmanos desenvolveram muitas pesquisas científicas interessantes, copiando principalmente velhos textos persas, gregos e índios. A gente esquece que os gregos já tinham calculado o diámetro da terra com muita precisão faz 2.200 anos, e os persas fabricaram na mesma época um relógio astronômico. Os índios criaram o sistema decimal com o zero dois séculos antes do nascimento do Maomé.
    O que não falam é que o império otomano proibiu a imprenta e o mundo científico islâmico práticamente parou de se desenvolver por volta do século XIV.

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