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A Mostra Tiradentes, mais uma vez, abre alas para o Cinema Nacional

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Na última sexta feira, dia 24, começou mais uma Mostra de Cinema de Tiradentes. Sempre em fins de Janeiro ou começo de Fevereiro, o evento demarca a abertura do calendário de festivais audiovisuais.

Ao longo de uma semana, a pequena cidade mineira será sede de um dos maiores festivais de cinema do Brasil.

A programação é intensa e diversa.

Tem curta e longa, tem filme infantil, pré estréia com atores famosos, filmes obscuros de diretores pouco conhecidos, uma mostra toda dedicada a filmes que trazem inovações narrativas, estéticas e de linguagem. Tem pra todos os gostos e tudo de graça!

Mas não é só filme, minha gente.

A mostra, que está entrando em sua 28a edição (!) oferece uma série de oficinas gratuitas, debates, lançamento de livros, cortejo, teatro de rua, exposições, rodas de conversa e apresentações musicais. Pros ansiosos que sofrem de FOMO que nem eu, fica a dica: não dá pra ver tudo, aproveita o que for possível.

TEMÁTICA | QUE CINEMA É ESSE?

Tiradentes se tornou referência por programar um cinema que aposta no processo criativo, na liberdade de expressão e na imaginação de novos mundos. 

Esse ano a temática é “Que cinema é esse?”.  Esta indagação serve não apenas para provocar realizadores e fazedores de cinema a não se acomodarem, como também tentará questionar e debater sobre modos de produção, distribuição, financiamento, dentre outros.

Para Francis Vogner dos Reis, coordenador curatorial, a pergunta da temática estimula olhar uma multiplicidade de produções, muitas vezes desconhecidas ou fora do circuito tradicional. “O cinema não é ‘o’ cinema, mas ‘os’ cinemas, compostos por uma dinâmica povoada de olhares, práticas e ideias contrastantes. É necessário preservar e restaurar filmes, fazer pesquisa e crítica, programar obras e formar novos públicos. Tudo isso faz parte do ato de ‘fazer cinema’, mas é preciso também reconhecer as distinções e hierarquias dentro dessa multiplicidade”, diz ele.

Serão 140 filmes de todas as regiões do Brasil – 43 longas, 1 média e 96 curtas-metragens vindos de 21 estadosdivididos em 62 sessões que acontecem em três espaços de cinema instalados na cidade: Cine-Praça, Cine-Tenda e Cine-Teatro.

As sessões estarão distribuídas nas seguintes mostras: Olhos Livres, Aurora, Homenagem, Autorias, Temática, Vertentes, Clássicos de Tiradentes, Praça, Foco, Formação, Panorama, Jovem, Valores, CineEmbraturLab, Debate, Território Mineiro e Conexão BCM. Para ampliar a experiência, vários títulos ou conjunto de títulos contarão com debates nos Encontros com os Filmes, no Cine-Teatro, na presença de diretores, equipes de produção e convidados especiais.

“A Mostra Tiradentes transforma a cidade histórica mineira na capital do cinema brasileiro, reafirma seu papel como plataforma de lançamento do cinema brasileiro contemporâneo e ponto de encontro de cineastas, críticos, pesquisadores, profissionais do audiovisual e da cultura, acadêmicos, estudantes e espectadores. Ocupa lugar de destaque no centro da história do audiovisual e no circuito de festivais realizados no Brasil e oferece um ambiente de negócios, de gestação de parcerias profissionais, de inovação e tendências, de interação crítica no cinema. Um espaço de estímulo à novas produções e, ainda de internacionalização do cinema brasileiro”, destaca Raquel Hallak, diretora da Universo Produção e coordenadora geral da Mostra Tiradentes.

Ao longo dos próximos dias eu irei trazer pequenas resenhas, notícias e impressões do festival como a vossa fiel correspondente.

Até daqui a pouco!

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