Primeira produção da Paris Cultural fica em cartaz junto com outro sucesso da produtora, o musical Ney Matogrosso – Homem com H. Ambos têm texto de Emilio Boechat e Marília Toledo
Sucesso de crítica e de público, a comédia musical Silvio Santos Vem Aí!, o trabalho que marcou a estreia da Paris Cultural, ganha seis novas apresentações entre os dias 18 de setembro e 1º de outubro no Teatro OPUS Frei Caneca. Por lá, na mesma época, também estará em cartaz outro grande sucesso da produtora, o musical Ney Matogrosso – Homem com H (com apresentações nos dias 22, 23, 29 e 30/9). Os espetáculos contam com os recursos de Libras e Audiodescrição em algumas sessões* e ações de democratização de acesso à cultura. Os ingressos estão à venda em uhuu.com e na bilheteria do Teatro, a partir de R$50, podendo ser aplicada a meia entrada.
Com texto de Marília Toledo e Emílio Boechat, direção e coreografias de Fernanda Chamma e direção musical de Marco França, Silvio Santos Vem Aí! faz um recorte na vida do apresentador e empresário Senor Abravanel, vivido pelo ator Velson D’Souza. A peça resgata um período que vai da infância do homenageado, quando ele era camelô no Rio de Janeiro, até a década de 90, logo após a consolidação do SBT. Com personagens icônicos como Gugu Liberato, Hebe, Elke Maravilha, Wagner Montes, Bozo, Pedro de Lara entre outros, a peça promete agradar todas as gerações.
O elenco é formado pelos atores Bruno Boer (Bozo e Alemão), Bruno Kimura (Camelô, Anestesista, Bailarino Russo e Ministro Quandt), Daniela Cury (Hebe e Rebeca Abravanel), Enrico Verta (Velha Surda, Fiscal da Prefeitura, Almeida e Roberto Leal), Giselle Lima (Sônia Lima, Cidinha Abravanel e Gretchen), Hellen de Castro (Íris Abravanel), Ivan Parente (Pedro de Lara), Juliana Bógus (Aracy de Almeida, Colega de Trabalho e Atrasilda), Juliana Romano (Rosana, Lindalva e Dona Gina), Léo Rommano (Manoel de Nóbrega, Médico, Atrasildo e Figueiredo), Maria Clara Manesco (Perla, Boneca Bolinha de Sabão e Cantora de Rádio), Murilo Armacollo (Sílvio Santos Jovem), Paula Flaibann (Elke Maravilha e Joelma), Rafael Aragão (Alberto Abravanel, Sidney Magal e Boni), Roquildes Junior (Roque), Thiago Garça (Pablo, Bailarino Russo e Geisel), Velson de Souza (Sílvio Santos), Vinícius Loyola (Sérgio Mallandro, Gugu e Gilliard) e Yudchi (Leon Abravanel e Mário Albino).
Para Marília Toledo, fazer um musical 100% nacional é um dos principais desafios deste trabalho e também o seu maior orgulho. “Falar de uma figura tão emblemática da nossa cultura popular, usando a música como fio condutor da história, nos permite uma boa liberdade estética. Isso se dá porque conhecemos bem os personagens ligados ao Silvio Santos, além dos ritmos e canções que acompanharam a trajetória do apresentador e empresário desde sua ascensão profissional até a década de 90, que é a linha cronológica da dramaturgia, escrita por mim e pelo Emilio Boechat”, comenta Marília.
Já Emilio Boechat conta que a peça foi escrita ao longo de um ano e meio. “Investimos um bom tempo levantando uma timeline de eventos importantes na vida do Silvio. Depois jogamos esses eventos dentro da estrutura clássica de um musical. Foi quando decidimos contar a história do Sílvio por meio de um devaneio, como em ‘All That Jazz’. A partir daí, escrevemos poucas cenas juntos. Como era difícil coincidir nossas agendas de trabalho, eu escrevia algumas cenas quando podia e ela também. Pouco antes do início dos ensaios escrevemos juntos as cenas que faltavam. Mas sabíamos que com a entrada do Marco França muitas cenas com diálogos seriam transformadas em música. Era um desejo dos dois que o espetáculo fosse conduzido pelas canções”, comenta.
O ator Velson D’Souza foi o escolhido para interpretar Silvio Santos – ele trabalhou no SBT em novelas como ‘Cristal’, ‘Revelação’ e ‘Vende-se Um Véu de Noiva’, e com o próprio apresentador no Programa Sílvio Santos. Para se preparar para esse papel desafiador, ele conta que tem procurado fugir da caricatura do homenageado, que já foi imitado por tantas personalidades.
“Estou tentando partir da desconstrução. Minha abordagem é olhar as situações da vida dele com o máximo de verdade, da maneira mais próxima de mim, do que eu vivi e me colocar no lugar dele. Acho que a convivência com ele ajudou bastante, sobretudo para perceber que ele é daquela forma que conhecemos mesmo quando não está em cena. E trazer um pouco da voz do Silvio, sobretudo do timbre. Não para ficar aquela coisa carregada, mas para termos uma pequena diferenciação de quando é o showman e quando está conversando com outras pessoas fora de cena, como, por exemplo, com Manoel da Nóbrega. O grande lance é não ficar aquela caricatura do Silvio Santos que todo mundo faz. E isso também funciona para o gestual. Tem a questão da mão, que é muito presente, toda aquela postura altiva e elegante do Silvio. Eu acho que temos que entender isso e atravessar. Quando ele era jovem, provavelmente não era igual ao que é hoje. Mas temos que fazer algo que lembre como ele é hoje”, revela o ator.
Antes do início do espetáculo, haverá um pré-show com diversas atrações do programa Silvio Santos ao longo de décadas no ar, como a “Porta da Esperança”, o “Foguete do sim ou não” e o “Roletrando”, além de um bar com comidas típicas do Domingo no Parque, como salgados, pipoca, refrigerante e algodão doce, entre outros.
É justamente a novidade e o ineditismo que pautam a direção de Fernanda Chamma. “O processo criativo do musical do Silvio está sendo bem bacana. Fechamos um elenco expressivo do teatro musical, então, estou trabalhando com uma liberdade de criação dos personagens de uma maneira bem inusitada e atemporal. Eu não quero rótulos – mesmo que estejamos trabalhando com personalidades bem conhecidas, acho que tudo o que não é previsível será bem aceito. E acho que estamos fazendo um espetáculo com muito ritmo, diversão e um formato diferente. Sempre quero ser diferente e não parar de criar nunca, pois é uma forma de respeito ao público e ao teatro musical. E o Silvio Santos é isto: uma persona única, jamais existiu e nem existirá outra similar. Acho que tem que ter esse ineditismo, humor, alegria e um estilo SBT de se fazer”, explica a diretora.
A trilha sonora é composta por músicas que marcaram a trajetória de Silvio Santos até a década de 1990 e animaram os programas de auditório. “Fazer esse projeto é inevitavelmente olhar para o passado e revisitar minha infância, na qual esse universo não só do programa, mas das músicas – sobretudo da década de 1980 – esteve tão presente. A minha função primeira é ser fiel aos arranjos originais, tentando mudar minimamente, colocando um pouco da minha personalidade, mas sem ferir a identidade dessas canções que estão nesse imaginário e que fizeram parte dessa época. E a outra parte compor canções novas que tenham a ver com a necessidade da dramaturgia. Dentro desse repertório popular que estava presente nas vinhetas do programa do Silvio tem um pouco do jingle publicitário. Para reforçar esse caráter, resolvi trabalhar com o Fernando Suassuna, um grande músico e amigo de infância. Ele escreveu as letras e eu compus todas as canções originais. Acho que todos estão bem felizes com o resultado”, acrescenta o diretor musical Marco França.
Sinopse
A comédia musical Silvio Santos Vem Aí!, escrita por Marília Toledo e Emílio Boechat e dirigida por Fernanda Chamma e Marilia Toledo, faz um recorte na vida do apresentador e empresário Senor Abravanel de sua infância, quando era camelô no Rio de Janeiro, até a década de 90, logo após a consolidação do SBT. Com personagens icônicos como Gugu Liberato, Hebe, Elke Maravilha, Wagner Montes, Bozo, Pedro de Lara entre outros, e músicas que marcaram essas décadas e animaram os programas de auditório, o espetáculo promete agradar todas as gerações.
Serviço
Silvio Santos Vem Aí!
Ministério da Cultura e Petrobras Premmia apresentam: “Silvio Santos Vem aí”
Data: 18/9 às 17h (sessão Paris) e às 21h
24/09 às 11h e às 16h
1º/10: às 11h e às 16h
Sessão acessível em Libras e Audiodescrição: 24 de setembro, 16h
Local: Teatro Opus Frei Caneca
Classificação: Livre. Menores de 16 anos, somente poderão entrar acompanhados dos pais ou responsáveis. Crianças até 24 meses de idade que ficarem no colo dos pais, não pagam
Lei Federal de Incentivo à Cultura
Patrocínio: EMS
Planejamento cultural: Opus Entretenimento
Realização: Ruthers Promoção de Eventos Culturais, Ministério da Cultura, Governo Federal, Brasil – União e Reconstrução
Teatro Opus Frei Caneca
600 lugares, incluindo 4 poltronas adaptadas para obesos e mais 6 lugares reservados para cadeirantes.
Endereço: Rua Frei Caneca, 569, Consolação
Setores e preços:
Plateia Baixa: R$ 180
Plateia: R$ 120
Plateia Alta: R$50
Vendas online pela Plataforma Sympla.
Classificação indicativa: 16 anos
CANAIS DE VENDAS OFICIAIS
Internet (com taxa de serviço): https://uhuu.com/evento/sp/sao-paulo/homem-com-h-11781
Bilheteria do teatro: (sem taxa de serviço)
Atendimento Presencial: terça-feira a domingo das 12h às 15h e das 16h às 19h e segunda-feira bilheteria fechada
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