D’Existir foi contemplado pelo Prêmio Funarte Circulação e Difusão da Dança de 2022, e volta aos palcos para mais uma temporada de apresentações em São Paulo (SP), de 15 a 23 de junho no Teatro Sérgio Cardoso.
O projeto nasceu do desejo de revisitar o solo de teatro-dança “Speranza! Dona Esperança”, realizado sob a direção de José Possi Neto, nos anos de 2008/2009. D’Existir é um trabalho cênico sobre o universo da morte, construído a partir da leitura de “Mal Visto Mal Dito”, de Samuel Beckett.
A bailarina e coreógrafa Mariana Muniz se deixou seduzir pela ideia da finitude como necessidade advinda da consciência de que somos natureza e mundo e pela possibilidade de traduzir sensorial, cinética e cenicamente o potencial e o medo que essa palavra produz. Ao discutir as imagens de seu corpo como representação mental em suas relações com o mundo de aprendizagens e vivências, e de que forma o tempo e a velhice forjam um corpo de experiências vivas e intensas, Muniz constrói uma dramaturgia que sustenta uma confusão voluntária entre jogo ficcional, sua memória de artista e a articulação precisa dos gestos e paragens.
Ainda que não se trate de um projeto cênico coletivo, a poética de D’Existir dá continuidade ao processo de investigação da Cia. Mariana Muniz de Dança e Teatro, que se debruça sobre os limites das conexões entre questões cênicas, coreográficas, dramatúrgicas, visuais e performáticas.
Durante o processo de criação, Clara Carvalho, atriz carioca radicada em São Paulo, que também iniciou sua carreira como bailarina no Teatro Municipal do Rio de Janeiro, atuou como “provocadora convidada”, trazendo propostas para desestabilização dos apoios corporais e cênicos.
Eduardo Tolentino de Araújo, diretor do grupo Tapa, com quem Mariana Muniz vem trabalhando ao longo de sua carreira, em montagens teatrais do grupo, responde pela supervisão geral; a assistência de direção é de Claudio Gimenez; Celso Nascimento compôs a trilha sonora original; e Fabio Namatame assina o figurino.
Sinopse
D’Existir é um trabalho cênico em dança/teatro que tem como referência poética o texto Mal Visto Mal Dito de Samuel Beckett. Mariana Muniz constrói, em “D’Existir”, uma dramaturgia que sustenta uma confusão voluntária entre jogo ficcional, sua memória de artista e a articulação precisa dos gestos e paragens. Uma viagem imaginária pelo tempo, impulsionada pelos gestos e movimentos de um corpo que se questiona e se revê em sua trajetória cênica. Pensar as artes cênicas na intersecção Dança – Teatro nos permite olhar para a potência expressiva do gesto.
Ficha Técnica
Supervisão Geral: Eduardo Tolentino de Araújo
Concepção e Intérprete: Mariana Muniz
Assistência de Direção e Fotos: Claudio Gimenez
Artista Provocadora: Clara Carvalho
Música Composta: Celso Nascimento
Iluminação e Direção de Produção: Rafael Petri
Figurinista: Fábio Namatame
Produção Geral: MoviCena Produções
Assessoria de Imprensa: Pombo Correio
Serviço
D’Existir, da Cia. Mariana Muniz de Dança e Teatro
Classificação: 14 anos
Duração: 50 minutos
São Paulo – São Paulo
De 15, 16, 21, 22 e 23 de junho, quarta, quintas e sextas às 19h
Teatro Sérgio Cardoso – Sala Paschoal Carlos Magno
Rua Rui Barbosa, 153 – Bela Vista
Ingressos: R$10 (meia-entrada) e R$20 (inteira)
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