Finalização do Laboratório de Máscaras, Lazzi, Travestimentos Urbanos

Pormbemel6 dias Atrás6 Leituras

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Nos dias 13 de dezembro, sexta-feira, às 20h e no dia 14 de dezembro, sábado, às 16h, acontece Cenas da Commedia Dell´Arte e o Teatro de Dario Fo, no Teatro Commune, na rua da Consolação, que é o encerramento da Oficina Laboratório de Máscaras, Lazzi, Travestimentos Urbanos, gratuitamente, que contou com 80 horas, visando a pesquisa de máscaras de Commedia Dell´ Arte, personagens, lazzi (situações cômicas), travestimentos urbanos e a improvisação.

A Oficina é a base para da pesquisa para a montagem do espetáculo O Diabo com Tetas, de Dario Fo, que será encenado pela Companhia Commune, em 2025 e foi contemplado pelo 41ª Edição do Programa de Fomento ao Teatro para a cidade de São Paulo.

Comedia Dell´Arte Dario Fo no Teatro Commune Foto de Luciane Ortiz

O treinamento com as máscaras visa estimular a imaginação criativa do intérprete, ator ou não ator, aliando a isso, economia gestual e teatralidade. Ao esconder o rosto, a máscara revela toda a expressividade corporal. Quando veste a máscara, o intérprete pode, de fato, substituir a sua identidade pessoal por outras. Destaca-se a importância da máscara no trabalho de expressão e comunicação e na relação direta com o público.

As máscaras são um poderoso instrumento para o desenvolvimento de uma interpretação não realista, baseada na comunicação e na reflexão social, que possibilita a experimentação e a construção de personagens-tipo, de forma convencional, com o uso de figurinos estilizados, alguns dotados de características fantásticas e grotescas

Durante a oficina, os alunos passaram por um treinamento com as Máscaras da Commedia Dell´ Arte, técnicas do teatro cômico e o Teatro de Dario Fo, improvisando com as máscaras, situações cômicas e temas da peça O Diabo com Tetas.

A pesquisa abordou a relação entre as máscaras de Commedia Dell´ Arte e as máscaras urbanas e contemporâneas da cidade de São Paulo, com seus sotaques, travestimentos, em situações cômicas e de duplo sentido.

Quais são hoje as máscaras urbanas das personagens de Commedia Dell’ Arte e criadas por Dario Fo? Como se vestem ou se travestem? Como podemos recriar hoje, em São Paulo algumas dessas figuras medievais? Como seriam esses diabos, figuras tão polemicas e instigantes do ponto de vista da estética e da linguagem? Enfim, como ressignificar (e pôr em cena) as máscaras, gestualidade, posturas e figuras da Commedia Dell’ Arte no Brasil de 2025?