A terceira edição da Semana Paulista de Dança está sendo realizada online, por conta das medidas de segurança impostas pela pandemia do novo coronavírus, através do canal do MASP no YouTube entre 25 e 29 de janeiro de 2021.
“A ideia é continuar aproximando a cidade da dança por meio de atrações gratuitas e, desta vez, a agenda inclui espetáculos históricos que marcaram a trajetória de cinco companhias: quatro brasileiras e uma internacional”, afirma Anselmo Zolla, curador da programação.
A programação de 2021 contará com apresentações do Balé da Cidade de São Paulo, Theater Lüneburg (Alemanha), Quasar Cia de Dança e Studio3 Cia de Dança. O Balé Folclórico da Bahia fará o encerramento – os espetáculos foram gravados antes da pandemia.
Uma novidade desta edição são os bate-papos que ocorrerão entre diretores e coordenadores artísticos e bailarinas dos grupos que irão se apresentar e o diretor de teatro José Possi Neto, referência do assunto no Brasil. Possi é encenador de espetáculos para os atores de teatro mais prestigiados do país. É ligado também ao teatro musical, com realizações bem-sucedidas nesse gênero. Eles irão conversar, ao vivo no MASP Auditório, sobre as trajetórias das companhias, sobre os espetáculos que serão apresentados e fazer conexões com as Histórias da dança no MASP, eixo temático ao qual o museu se dedicou em 2020. O público poderá interagir mandando dúvidas pelo chat do YouTube.
Participam Raymundo Costa, Olaf Schmidt, Henrique Rodovalho, William Pereira, Vavá Botelho, Erika Ishimaru, Mara Mesquita e Nildinha Fonseca.
Programação
Dia 25.1, segunda-feira, às 19h
Balé da Cidade de São Paulo
Bate-papo: com o coordenador artístico Raymundo Costa e a bailarina Erika Ishimaru
Espetáculos: Frágil e Axioma 7
Frágil é uma ode ao bailarino, sublinhando a vulnerabilidade e os medos inerentes a essa profissão. Um dueto íntimo no qual a mulher expõe a sua vulnerabilidade, e daí o seu vigor, na expectativa de convencer o homem a transpor os seus limites.
A palavra “axioma” vem do vocabulário matemático. Trata-se de um princípio evidente, não demonstrável, mas admitido por todos; é um conjunto de deduções e demonstrações. Segundo o coreógrafo e dançarino israelense criador deste espetáculo, Ohad Naharin, tem a ver com a dança pois, no trabalho coreográfico, “há uma beleza matemática na construção dos movimentos e na lógica das suas ligações”.
Dia 26.1, terça-feira, às 19h
Teatro Luneburg (Theater Lüneburg) – Alemanha
Bate-papo: com o diretor artístico Olaf Schmidt
Tradutor: Pedro Rinaldi
Espetáculo: Room
Compõem o espetáculo várias histórias de pessoas isoladas durante a pandemia. Existem encontros, mas sem toque. No entanto, mesmo com a distância, parece haver uma comunicação íntima entre os dançarinos.
Dia 27.1, quarta-feira, às 19h
Quasar Cia de Dança
Bate-papo: com o diretor artístico Henrique Rodovalho
Espetáculo: Divíduo (1998)
A solidão é o tema que serve de fio condutor para a dramaturgia. Apartamentos urbanos, de pessoas que se encerram em 4 paredes e que criam e recriam relações com imagens, objetos e sons. O espetáculo propõe um diálogo entre o que é real e o que é virtual e solicita a participação de agentes externos, como a programação de rádio, a televisão que sintoniza canais abertos e o contato telefônico com profissionais do sexo.
Dia 28.1, quinta-feira, às 19h
Studio3 Cia de Dança
Bate-papo: com o diretor cênico William Pereira e a bailarina Mara Mesquita
Espetáculo: Depois
O roteiro gira em torno de uma companhia de dança e os acontecimentos, sentimentos e sensações provocados após o final do espetáculo: o processo de individualização dos bailarinos; o corpo coletivo que se dissolve em cenas íntimas, de memórias, reflexões e confrontos. Um espetáculo metalinguístico onde a dança reflete a própria dança e seus intérpretes. A apresentação terá a participação especial da atriz e coreógrafa Marilena Ansaldi.
Dia 29.1, sexta-feira, às 19h
Balé Folclórico da Bahia
Bate-papo: com o diretor artístico Vavá Botelho e a bailarina e coreógrafa Nildinha Fonseca
Espetáculos: Bolero, 2-3-8 e Okan
Bolero
Fusão de “Bolero”, de Maurice Ravel, aos ritmos africanos que dão o tom dos movimentos da companhia. Este espetáculo foi criado, há dois anos, para celebrar os 30 anos de existência da companhia.
2-3-8
Slim Melo, ex-bailarino da companhia, propõe uma coreografia que remete à sua memória afetiva quando morador da Cidade Baixa, em Salvador. Ele deseja celebrar a vida, as cores, texturas e aromas de sua terra natal, evocando os movimentos de rua com sua espontaneidade, técnica e simplicidade.
Okan
Nildinha Fonseca, primeira bailarina do Balé Folclórico da Bahia, assina esta nova coreografia que traz elementos de matriz africana somados à feminilidade. O espetáculo engloba diversas linguagens artísticas como teatro, dança e música que juntas conduzirão o público a um passeio pelo universo feminino.
Serviço
Semana Paulista de Dança
Patrocínio: Klabin
Correalização: Studio3 e MASP Auditório
De 25 a 29 de janeiro de 2021, às 19h
Link para assistir aos bate-papos e aos espetáculos: youtube.com/maspmuseu.
GRÁTIS