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Museu Judaico de São Paulo promove encontros sobre migração e presença judaica no Norte do País

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O Museu Judaico de São Paulo (MUJ) promove, entre os dias 24 e 27 de agosto quinta-feira a domingo, as Jornadas Judaico-Amazônicas: as migrações judaicas no Norte do Brasil. A programação integra mais uma etapa do projeto Judeus na Amazônia, iniciado pelo MUJ em 2022 e que resultará em uma grande exposição sobre o tema no primeiro semestre de 2024.

Apresentado pelo Instituto Cultural Vale com o patrocínio master do Banco Santander, o projeto, disponível no site https://amazonia.museujudaicosp.org.br/pesquisa/ apresenta ao público as conexões feitas entre a cultura judaica na região Norte do País com a diversidade brasileira, por meio da vida comunitária, práticas culturais, gastronômicas e linguísticas, relações econômicas e construção identitária.

“Esta jornada é mais uma etapa do Judeus na Amazônia, que já viajou à região Norte do Brasil para realizar uma pesquisa de campo sobre a presença judaica local em cinco cidades amazonenses. Dessa vez, o público de São Paulo vai poder ter esse contato através de experiências trazidas por convidados selecionados pelo MUJ”, conta o Diretor Executivo do Museu Judaico de São Paulo, Felipe Arruda.

Com uma programação que reúne trocas de experiências através da música, cinema, literatura e gastronomia, os quatro dias de encontros do seminário passeiam pelas histórias da imigração, debatem as conexões entre a cultura judaica e a cultura amazônica e lançam um olhar atento para as discussões em torno da Amazônia hoje. Entre os destaques dessa agenda estão: o show intimista da cantora Anne Jezini, a oficina culinária do chef Breno Lerner e as exibições de dois filmes seguido de bate-papo com os cineastas.

Ane Jezini apresentará composições autorais, canções consagradas de compositores amazonenses e histórias familiares que refletem sua vivência como a terceira geração de judeus marroquinos que migraram para a Amazônia. Na gastronomia, o cozinheiro e pesquisador Breno Lerner ensina a preparação de uma Dáfina, receita de origem marroquina servida nas casas das famílias judias da Amazônia, procurando entender as circunstâncias da criação e do consumo do saboroso prato.

O cinema estará presente com as exibições de duas produções que retratam a Amazônia, em uma ficção e um documentário de épocas distintas. Gravado em 1974 pelos diretores Jorge Bodanzky e Orlando Senna, Iracema – Uma transa amazônica faz um contraste com a propaganda oficial da ditadura militar que alardeava um país em expansão ligado à construção da rodovia Transamazônica. Eles revelam os problemas que a estrada traria para a região: desmatamento, queimadas, trabalho escravo, prostituição infantil. Já no curta de ficção Curupira e a máquina do destino, filmado no Amazonas em 2021, a diretora Janaina Wagner documenta o encontro entre a criatura curupira e o fantasma encarnado de Iracema, personagem fictícia do filme Iracema – Uma Transa Amazônica.Confira abaixo a programação completa


24/8 – Quinta-feira16h | Visita guiada: A presença judaico-amazônica no acervo do MUJ
O acervo do Museu Judaico de São Paulo conta diversas histórias das migrações judaicas ao Brasil. Nesta visita, o público poderá conhecer alguns dos itens e documentos oriundos das comunidades judaicas do Norte do País.

18h30 | Cerimônia de abertura
19h | Conferência de abertura: o judeu-caboclo
Nessa apresentação, a professora Maria Luiza Tucci Carneiro busca reconstituir o perfil das comunidades descendentes dos judeus radicados na Amazônia desde as primeiras décadas do século XIX, priorizando os marroquinos que optaram por viver em Manaus e Belém, seu cotidiano e as práticas judaicas junto às comunidades de acolhimento.
20h30 | Confraternização

25/8 – Sexta-feira
11h | Visita guiada: A presença judaico-amazônica no acervo do MUJ
15h | Mesa 1: Histórias da imigração judaica na Amazônia
Neste primeiro encontro, a historiadora Anne Benchimol e o escritor Márcio Souza percorrem diferentes perspectivas da história da imigração judaica na região amazônica e seus desdobramentos até os dias atuais. A conversa será mediada pela pesquisadora Ilana Feldman.

17h | Oficina de culinária: sabores do Marrocos na Amazônia

Com o chef Breno Lerner
19h | Mesa 2: os judeus da Ilha do Marajó


20h30 | Sessão de autógrafos com os autores do livro Os judeus da Ilha do Marajó.

Com a mediação da curadora Mariana Lozenzi, os autores do livro Os judeus da Ilha do Marajó, Iria Chocron, Karine Sarraf e Sergio Simon revisitam a história dos marroquinos que chegaram à região e sua importância na preservação da cultura e das tradições judaicas no Norte do País.

26/8 – Sábado11h | Mesa 4: Movimentos culturais e políticos
Com as participações do antropólogo Arieh Wagner, da artista visual Ericky Nakanome e do escritor Elias Salgado, a mesa discute a influência judaica em manifestações políticas e culturais da região amazônica. Da festa do boi no Festival de Parintins aos abridores de letras das embarcações típicas do Pará, os convidados refletem sobre a amálgama cultural complexa e particular desses territórios. A mediação também é feita pela Mariana Lozenzi.

15h | Mesa 3: o ciclo da borracha, as violências e o lugar do aviamento

Com a participação do antropólogo Renato Athias e da professora e pesquisadora Márcia Mura, a mesa lança um olhar crítico sobre o papel dos imigrantes no ciclo da borracha, procurando pensar a perpetuação de violências contra populações indígenas e mais vulneráveis da região. A mediação é do jornalista e antropólogo Fábio Zuker.

17h | Projeção dos filmes:
Curupira e a máquina do destino (2021) De Janaína Wagner
Duração: 25 minutos
Iracema – Uma transa amazônica (1974)De Jorge Bodanzky e Orlando Senna
Duração: 90 min

Após as exibições dos filmes, haverá uma conversa com a presença de Janaína Wagner e Jorge Bodanzky. A mediação é de Ilana Feldman.27/8 – Domingo
11h | Música: cantos litúrgicos judaico-marroquinos com Isaac Dahan
O último dia das Jornadas Judaicos-Amazônicas começa com um momento de meditação com a apresentação de cantos litúrgicos judaico-marroquinos pelo chazan Isaac Dahan.
14h | Mesa 5: expressões literáriasDois especialistas em literatura, Alessandra Conde e Moacir Amâncio lançam um olhar sobre a produção ficcional produzida na região amazônica, com ênfase na presença e influência judaica desses escritos. A mediação é de Gabriela Longman.


16h | Mesa 6: Judaísmo na Amazônia Hoje

Com a mediação da Diretora de Comunicação do MUJ, Marília Neustein, o fotógrafo Felipe Goifman e os líderes religiosos Isaac Dahan e Rabino Moisés Elmescany procuram pensar como o judaísmo é praticado e percebido na Amazônia hoje, refletindo sobre a construção de uma identidade judaico-amazônica e seu lugar dentro de um entendimento global do judaísmo.


18h30 | Show: herança e identidade com Anne Jezini      

Sobre o Museu Judaico de São Paulo (MuJ) O Museu Judaico de São Paulo é fruto de uma mobilização da sociedade civil. Além de quatro andares expositivos, os visitantes também têm acesso a uma biblioteca com mais de mil livros para consulta e a um café que serve comidas judaicas. Para os projetos de 2023, o MUJ conta com o Banco Alfa e Itaú como patrocinadores e a CSN, Leal Equipamentos de Proteção, Banco Daycoval, Porto Seguro, Deutsche Bank, Cescon Barrieu, Drogasil, BMA Advogados, Credit Suisse e Verde Asset Management como apoiadores.

Serviço:
Judeus na Amazônia – Jornadas Judaico-Amazônicas: as migrações judaicas no Norte do Brasil
De 24 a 27 de agosto (quinta-feira a domingo)
Local: Museu Judaico de São Paulo
Endereço: Rua Martinho Prado, 128 – São Paulo, SP
Funcionamento: Terça a domingo, das 10 horas às 19 horas (última entrada às 18h30), exceto de quinta-feira, que abre ao meio-dia e fecha às 21h
Ingresso: R$ 20 inteira; R$10 meia. Sábados Gratuitos
Classificação indicativa: Livre
Acesso para pessoas com mobilidade reduzida

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mvdiasmagalhaes -

Jornalista de cultura, repórter de música e assessor de imprensa do Museu de Arte Moderna de São Paulo, Museu Judaico de São Paulo, SP Arte e Associação Quatro Cinco Um.

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