Eve no Jikan – As primeiras impressões

Desde que assisti o trailer de Eve no Jikan (Time of Eve nos Estados Unidos) criei uma grande espectativa para série. Além da belíssima animação, a frase “Are you enjoying the time of EVE?” (Você está aproveitando o tempo da EVA?) é perfeita para todos tipos de especulação sobre os rumos da trama.

Eve no Jikan: Akiko é o nome do primeiro episódio da série. Logo de somos apresentados a uma realidade em um futuro pouco distante, onde a tecnologia evoluiu ao ponto em que se tornou comum para humanos possuírem andróides domésticos para realizar todo tipo de tarefas, enquanto robôs sofisticados cuidam do trabalho braçal nas indústrias. O animê parte do momento em que Rikuo, um garoto normal, percebe que Sammy, sua andróide, desviou de suas atividades por conta própria e decide investigar junto com um colega de sua escola.

Chegando as coordenadas indicadas no log de movimento de Sammy, Rikuo e seu colega descobrem um café onde humanos e andróides devem conviver sem discriminação, sendo impossível ainda a identificação dos andróides já que estes deixam de possuir uma auréola holográfica sobre suas cabeças. Consternados pelo fato de não conseguirem distinguir entre os andróides e humanos, acabam conhecendo uma jovem garota chamada Akiko com quem travam uma conversa sobre a relação entre os humanos e robôs. Akiko levanta a hipótese dos andróides não serem tão diferentes dos humanos, vivendo subjugados pela servidão imposta pela programação, o que deixa Ryuko ainda mais aturdido.

Ao voltar para casa, Ryuko se indaga se Sammy realmente possui uma personalidade e sentimentos… Em seguida o animê corta para o dia seguinte; Ryuko e seu amigo se encontram saindo da escola quando se deparam com Akiko – na verdade uma andróide!

A andróide Akiko

Mesmo a relação entre máquinas e homens ser um assunto amplamente discutido nos animês desde Ghost in the Shell, acredito que Eve no Jikan possa encontrar seu lugar com uma abordagem mais intimista, já que ao que parece o animê se aproveita somente do drama doméstico e das discussão das relações homem x máquina, um assunto cada dia mais atual. Inclusive, dentro do animê o autor explora um conceito batizado como dori-kei, que nada mais é do que a obsessão dos humanos por andróides, que os tratam como outras pessoas – inclusive preterindo outros humanos em alguns casos.

Como só pude assistir o primeiro episódio até então, não pretendo expor as diversas outras peculiaridades e teorias formuladas, porém em determinado momento do animê os personagens comentam que os robôs obedecem as Três Leis da Robótica, algo que pode levar ainda mais longe as discussões filosóficas.

Asimov deve estar bastante feliz…

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