Mangá InuYasha chega ao fim no Japão

Após quase 12 anos, o mangá InuYasha, de Rumiko Takahashi (Urusei Yatsura, Maison Ikkoku, Ranma 1/2), chegou ao fim hoje no Japão com a publicação do capítulo 558 no número 29 da revista Shōnen Sunday.

Foi anunciado ainda na revista semanal que os volumes encadernados (“tankōbon”) restantes serão publicados até o início de 2009. O volume 54 estará disponível em terras nipônicas em 11 de julho; o volume 55 em meados de outubro; e o volume 56 em meados de janeiro do ano que vem.

A história do mangá começa no Japão feudal, onde InuYasha, um meio-demônio (“han’yō”), rouba a Jóia das Quatro Almas de uma aldeia. Ao ser perseguido por Kikyo, a shamã da aldeia, InuYasha é atingido por uma flecha  disparada por ela e é “selado” a uma árvore sagrada, ficando impossibilitado de escapar dali. No Japão dos dias atuais, uma colegial chamada Kagome Higurashi está a caminho do colégio quando pára junto ao poço do templo xintoísta de sua família para pegar seu gato que havia ido naquela direção. Nesse momento, uma centopéia demoníaca surge do poço e puxa Kagome para dentro dele, que acaba levando a garota ao período de guerras do Japão medieval, onde eventualmente acaba por libertar InuYasha para que o meio-demônio possa enfrentar a centopéia. Após derrotar o monstro, InuYasha tenta roubar novamente a Jóia das Quatro Almas, mas é impedido por Kaede, irmã mais nova de Kikyo, que coloca um colar de contas no pescoço do meio-demônio que faz com que Kagome possa controlá-lo até certo ponto. A Jóia em si atrai diversos demônios e, em uma luta com um desses, é quebrada em vários pedaços, que se espalham por todo o Japão. A partir daí Kagome e InuYasha saem em busca dos fragmentos da Jóia para reconstrui-la, e ao longo do caminho vão fazendo aliados e inimigos diversos.

No Brasil, o mangá é publicado pela editora JBC e se encontra atualmente no número 104. Como a versão nacional é no formato meio-tankōbon, a série terminará por aqui no número 112, possivelmente em fevereiro de 2009, caso não ocorra nenhum atraso – algo um tanto improvável se considerado o ritmo de publicação da editora nos últimos tempos.

O sentimento geral da parte dos leitores é de que o mangá se arrastou muito além do que deveria (é a série mais longa criada por Takahashi até hoje), fazendo com o que a qualidade da história viesse caindo edição após edição. Dificilmente o final irá agradar a todos os fãs, mas sem dúvida haverá uma sensação de alívio por saber que seus bolsos serão poupados da encheção de lingüíça por um bom tempo – isto é, até que Takahashi requente sua já desgastada fórmula de “garoto e garota se gostam mas preferem fingir que não e passam o tempo todo brigando para disfarçar, só desistindo da idiotice no final” em outro mangá, despertando o apetite dos leitores que reclamam mas que, no fundo, querem sempre “mais do mesmo”.

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