Os candidatos ao prêmio Taisho possuem uma característica em comum, possuem 8 volumes ou menos publicados no Japão deixando claro que só entra na disputa publicações recentes que não estão no mercado a muito tempo. Segundo o ANN a seleção é feita por funcionários de livrarias especializadas no Japão e dos 13 títulos apenas 3 serão anunciados vencedores (primeiro, segundo e terceiro lugar) em um evento que acontecerá em março desse ano. Para aqueles que realmente apreciam a leitura de quadrinhos indiferente de gostarem preferencialmente de mangá acho que fica uma dica de uma lista interessante de se acompanhar, essa é a quarta edição (muito bem vinda) desse prêmio. Vamos aos nomes:
- I Am a Hero de Kengo Hanazawa
- The Bride’s Stories de Kaoru Mori
- Omo ni Naitemasu de Akiko Higashimura
- Kokkoku de Seita Horio
- Sayonara mo Iwazu ni de Kentaro Ueno
- Saru de Daisuke Igarashi
- March Comes in Like a Lion de Chika Umino
- Shitsuren Shokoratie de Setona Mizushiro
- Shingeki no Kyojin de Hajime Isayama
- Drifters de Kouta Hirano
- Don’t Cry Girl de Tomoko Yamashita
- Hana no Zubora-Meshi de Masayuki Kusumi and Etsuko Mizusawa
- Mashiro no Oto de Marimo Ragawa
Para que não lembra de Kouta Hirano e seu novo mangá Drifters, ele é o criador do mangá Hellsing, a animação desse mangá é bem popular por nossas terras tupiniquins e em Drifters observamos uma clara evolução nos desenhos do autor que já era perceptível no final de Hellsing. Em Drifters grandes personagens históricos do nosso mundo são transportados para um mundo de fantasia com elfos, anões e outras criaturas fantásticas clássicas. Esse improvável time de figuras históricas é dividido em dois grupos que lutam pelo domínio desse mundo. Temos muita ação e cenas um tanto quanto diferentes como um piloto japonês da segunda guerra mundial com seu avião confrontando dragões e soldados negros com suas montarias aladas.
Dois candidatos ao prêmio já concorreram em anos anteriores. I Am a Hero de Kengo Hanazawa concorreu ao prêmio também no ano passado e ficou em quarto lugar. O autor tem um bom currículo, teve até um de seus mangas anteriores, Boys on the Run, tranformado em um filme no Japão. I Am a Hero é um mangá um tanto quanto singular, o personagem principal viveria uma vida pacata e comum se não fosse atormentado provavelmente por um doença mental e é exatamente sobre a ótica desse louco que a história se desenrola. Os quadros são feitos de forma muito inteligente e é surpreendente perceber que apartir de um momento na história aparentemente uma espécie de invasão zumbi acontece. Loucura? Só conferindo o trabalho do autor.
O outro mangá que já concorreu ao prêmio foi March Comes in Like a Lion de Chika Umino, concorreu na segunda edição e agora está de volta. O mangá mostra a vida de um jogador de xadrez japonês de 17 anos sem família e pouquíssimos amigos e pessoas próximas. Claro que o foco aqui não é exatamente o jogo de xadrez e sim a vida do indivíduo que se chama Kiriyama Rei e suas pouquíssimas amizades, nesse caso uma familia composta por uma mulher e duas crianças. A Mangaka da publicação é conhecida aqui pelos brasileiros por seu Josei (Manga adulto para mulheres) Honey & Clover que está sendo publicado pela editora Panini.
Vale a pena conferir um a um os 13 títulos, apesar de alguns serem bem mais difíceis de achar que outros, até março vale a pena dar uma olhada. Das 13 publicações, 8 são Seinen, 2 são Josei, 2 Shounens e 1 Shoujo. Por serem menos de 8 volumes, não ha um material extenso demais para se ler. Não é como alguém que conhece hoje Naruto e resolve ler todo o mangá. Com certeza é bem mais fácil.
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