Cinco artistas da LONA Galeria integram 1ª edição da ArtSampa

A LONA Galeria participa da primeira edição da feira ArtSampa 2022 com a mostra “Tangências”. Os cinco artistas participantes mantêm diálogos e relações com pesquisas, gerações e origens variadas que interagem entre si. 

A 1ª ArtSampa acontece de 16 a 20 de março 2022, na OCA, dentro do Parque Ibirapuera. “Tangências” reúne os artistas Gabriel Pessoto, Gabriel Torggler, Higo Joseph, Irene Guerriero e Sueli Espicalquis, com percursos diversos, mas que apresentam pontos de tangência entre seus trabalhos. Durante 2021, a LONA Galeria produziu quatro exposições em que abordou as interações entre o trabalho dos 14 artistas da galeria. Vasculhando a produção de 2021 foi detectada uma interferência prolifica entre os trabalhos.  

“Esmiuçando cadernos, ateliês e projetos de artistas, percebemos assuntos recorrentes e técnicas mistas de uma forma quase combinada. Os trabalhos observam uma frequência de produção bastante similar, um puxa o outro para uma discussão. Nossas averiguações garimparam trabalhos com indagações pertinentes aos nossos interesses em arte contemporânea”, afirmou o galerista da LONA , Duilio Ferronato.  

“Como dizer que um perpassa pelo trabalho do outro sem que isso pareça uma influência nefasta? A influência positiva pode ser percebida na forma de trabalhar: Um encarar o ofício como labuta diária e desenvolvida num ateliê”, afirmou o galerista. 

1ª ArtSampa

A primeira edição da ArtSampa, organizada pela ArtRio, será realizada na OCA, no parque Ibirapuera. A OCA fica na Avenida Pedro Álvares Cabral, s/nº, em São Paulo. 

Sobre a LONA Galeria 

A LONA Galeria iniciou sua incubação em 2016 numa sociedade entre o arquiteto Duilio Ferronato, o colecionador Sérgio Nardinelli e a Galeria Gravura Brasileira. Continuando no processo de maturação, fez-se uma parceria com as residências artísticas da FUNARTE SP e o Museu da Diversidade Sexual. Em março de 2019 foi inaugurada a LONA Galeria na Barra Funda, em São Paulo, em sociedade com o artista visual Higo Joseph. Com foco em arte contemporânea produzida por artistas em ascensão, vem organizando exposições, ocupações e residências em diversos formatos e com parcerias com instituições como SESC, Museu da Diversidade, Salão dos Artistas sem Galeria e curadores.  

Conta com dois espaços: a galeria, em um sobrado no bairro da Barra Funda, e o anexo, localizado no primeiro andar de um edifício histórico no centro de São Paulo. Tem como missão o desenvolvimento de carreira de artistas emergentes, a formação de novos colecionadores e a consequente ampliação sustentável do mercado de arte contemporânea.

Sobre os artistas

Gabriel Pessoto

Nasceu em 1993 em Jundiaí. Estudou Produção Audiovisual (PUCRS) e iniciou o curso de Artes Visuais (UFRGS). A pesquisa do artista transita por mídias diversas, das técnicas digitais aos trabalhos manuais, refletindo sobre questões como intimidade, memória, sexualidade, intersecções entre arte/artesanato e digital/analógico. 

Desde 2015, exibe trabalhos em espaços independentes, institucionais e galerias de arte como MARGS, Memorial dos Direitos Humanos do Rio Grande do Sul, Galeria Lunara, Casa da Luz, Lona Galeria e Hosek Contemporary. 

Além de expor em diferentes cidades e regiões do Brasil como São Paulo, Rio de Janeiro e Porto Alegre, já participou de coletivas internacionais em Berlim (Alemanha), Louisville (EUA), Porto e Lisboa (Portugal) e Teerã (Irã). 

Destacam-se as individuais “Ambiente Moderno”, realizada em 2021 na Fundação Ecarta, em Porto Alegre; “um pouco por dia já é muito”, realizada em 2018 na Casa da Luz, em São Paulo; e o projeto “trocando figurinhas”, desenvolvido em parceria com Nicole Kouts, premiado em 2020 pela ArtConnect Magazine. Integra os acervos públicos do MACRS, Museu da Diversidade Sexual e MARP. 

Gabriel Torggler

Nasceu em 1990, em São Paulo. Formado no curso de bacharelado em artes plásticas pela FAAP em 2012, utiliza o desenho como principal linguagem em sua produção. Participou da sua primeira coletiva em 2011, em que foi premiado na 43ª Anual de Arte Faap. 

Desde então, participou de exposições como o Festival Internacional de Arte Contemporânea Vídeo Brasil no SESC Pompéia (2012), Prêmio EDP(2013) , Museu da Diversidade Sexual, Salão de Artes Visuais Luiz Sacilotto (2020), Salão de Praia Grande (2020), entre outros. 

Apresentou no Paço das Artes o projeto “Todo fragmento parte de um todo. Todo tempo é também fragmento” na Temporada de Projetos 2020, além de integrar as exposições “Cadernos de Artista” e “Laboratório de Campanha” na LONA Galeria. Integra o acervo do Museu da Diversidade Sexual. 

Higo Joseph 

Nasceu em 1994 em São Benedito (CE). Vive e trabalha em São Paulo. É artista visual multidisciplinar formado em Artes Visuais (2020) na Faculdade Paulista de Artes. Multimídia (2014) e Comunicação Visual (2016) pela ETECSP. 

Nos últimos 6 anos vem participando de diversas exposições, com destaque para as individuais: “Além do universo fálico” (2019) na LONA Galeria e “Linhas de cinema” (2018) no CineSesc. 

E das coletivas: Temporada de Projetos 2020 do Paço das Artes, 18ª edição do Programa Exposições 2020 do MARP, 17º Salão Ubatuba de Artes Visuais, 48º Salão de Arte Contemporânea Luiz Sacilotto, IV Bienal do Sertão (2019), II Mostra Diversa (2017) no Museu da Diversidade Sexual, Solidão (2017), no mesmo Museu, Burgos (2017) na FUNARTE- SP, Portfólio #3 (2017) na Mais Galeria de Arte, +18 na coleta (2015) no Centro Cultural Casa da Luz em São Paulo. 

Participou das residências: Galpão Funarte (2017), Estúdio Lâmina (2016) e Atelier Amarelinho da Luz (2015). Tem trabalhos nas coleções do Museu de Arte de Ribeirão Preto, Museu da Diversidade Sexual e Museu do Piauí.

Irene Guerriero 

Nasceu em 1964, no Brasil, vive e trabalha em São Paulo. Graduada em Artes Plásticas pela FAAP (1988), participou do programa de acompanhamento de projetos do Hermes Artes Visuais (2020) sob orientação de Carla Chaim e Nino Cais. Estudou Pintura, Prática e Reflexão com Paulo Pasta (2021). É representada pela LONA Galeria de Arte.

Sua poética é centrada na pesquisa de relações cromáticas e compositivas em formas orgânicas derivadas de elementos da natureza, a partir dos quais constrói paisagens imaginárias em pinturas e colagens.

Participa de exposições desde 1993, em espaços como Galeria LONA, MARP (Museu de Arte de Ribeirão Preto), Museu da Diversidade Sexual, Interações 4 para SP-Arte, Artbox Projects New York, Ch.ACO (Feira de Arte Contemporânea do Chile), Fábrica Bhering Feira Parte e Salão Nacional de Arte na Casa de Portugal, em São Paulo, entre outros.

Tem trabalhos no acervo do Museu da Diversidade Sexual em São Paulo e em coleções particulares na Alemanha, Argentina, Canadá, Croácia, El Salvador, Escócia, Estados Unidos, França, Inglaterra, Itália, México, Suíça, Taiwan e Ucrânia.  

Sueli Espicalquis 

Nasceu em 1955, em Araçatuba. Vive e trabalha em São Paulo. Bacharela em matemática e direito, iniciou os estudos em artes plásticas tardiamente, em cursos livres, como Seminários de Arte Contemporânea ministrados por Carlos Fajardo, Pintura com Paulo Whitaker, entre outros.

Principais exposições: “Cadernos de Artista”, Anexo LONA, São Paulo (2021); “Processos”, LONA Galeria, São Paulo (2020); “26”, Salão de Artes Plásticas de Praia Grande, Praia Grande (2019); Bienal das Artes, Sesc Brasília (2018); 44° Salão de Arte Contemporânea Luiz Sacilotto, Santo André (2016); “Superfícies Possíveis”, Casa da Cultura da América Latina-UnB, Brasília (individual, 2013). 

Com Prêmios no VIII Salão de Artes Plásticas de São José do Rio Preto (2013), 40º Salão de Arte Contemporânea de Piracicaba (2008).

Residência artística na Kaaysá Art Residency, Praia de Boiçucanga

Obras em acervo da Fundação Cultural da Paraíba, Galeria Archidy Picado;  Espaço Cultural TRT-15ªRegião.

Sobre o galerista

Duilio Ferronato

Nasceu em 1963 em Avaré. Aos 6 anos foi arrastado para São Paulo. Estudou no colégio dos padres Agostinianos, teve alguns problemas por lá devido ao comportamento um pouco fora do padrão, mas sobreviveu. 

Aos 19 anos foi para Londres estudar Artes Visuais, no London College, queria ser fotógrafo, mas também não foi bom aluno por lá. Só arranjou emprego de garçom e cozinheiro. Mas terminou o curso. Chegando de volta a São Paulo, enfeitou o CV e conseguiu emprego na agência DPZ, mas logo percebeu que preferia consertar luminárias do que fotografar e foi fazer design de móveis por 15 anos. Trabalhou na Tok Stok e diversas lojas pelo mundo.  Como é um estudante compulsivo, foi fazer arquitetura. Conseguiu terminar a duras penas. Fez até um mestrado inacabado. 

Passou a escrever para as revistas TPM, TRIP e GMagazine e jornal Folha de São Paulo, portal UOL, R7 e foi estudar cinema em Cuba. Escreveu roteiros e fez programas de TV. 

Teve um chilique e se inscreveu para trabalhar de cozinheiro num navio, viajou pelo mundo cozinhando. O navio afundou, Costa Concordia, mas não foi culpa dele pelo que parece. Foi estudar na Cordon Bleu, em Paris. Voltou para São Paulo e foi sócio de um restaurante. Gritou, riu, chorou e trabalhou até as pernas não aguentarem mais. Restaurante nunca mais. Vendeu. Voltou para as artes. Agora é sócio da LONA Galeria, escreve, faz curadorias, é casado com um artista, faz meditação Vipassana e tem um sítio em Juquitiba.

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