Crítica: "No Limite do Amanhã" tem poder, mas perde seu próprio fôlego

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Mais de dez anos após uma interessante parceria com Steven Spielberg, no ótimo Minority Report, Tom Cruise anda as voltas com uma espécie de fixação sci-fi, investindo cada vez mais em filmes do gênero. Se ano passado protagonizou a alegoria estética Oblivion, agora volta ao mesmo território ficcional com “No Limite do Amanhã”, baseado no light novel All You Need Is Kill de Hiroshi Sakurazaka. Na história, Bill Cage (Cruise) é obrigado a juntar-se às Forças Armadas quando os alienígenas Mimics começaram a dizimar a população terrestre. Na linha de frente no dia do confronto final, Cage acaba condenado a voltar sempre ao dia anterior do ocorrido. Preso no tempo, ele desenvolve suas habilidades e com a ajuda de Rita Vrataski (Emily Blunt), a mais forte soldado da Unidade Americana de Defesa, ele tenta descobrir o segredo de sua viagem no tempo e como mudar o curso da batalha.

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O roteiro de Christopher McQuarrie Jez Butterworth usa a estrutura de viagem no tempo para dar uma arejada pouco convencional à trama, mas que funciona perfeitamente bem ao contexto. Tão bem que em seu ato final, quando decide sair da onda “Feitiço do Tempo” e caminhar para seu desfecho é que o filme perde muito da sua força e cai na banalidade do gênero. O que dizer da performance de Cruise? Tudo e nada. Ele está em seu território de costume e não costuma desapontar. Já Emily Blunt ainda converge sua beleza com um carisma  impressionante. Reparem na forma como ela compõe a bravura da sua personagem. “No Limite da Amanhã”  é até um grande filme de entretenimento. Somente perde o fôlego pulsante de sua pretensão.

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