Sons que se alinham ou se desalinham, mas que em conjunto formam encantos, a poesia é colocada como uma escrita em versos, que nasce pela força e toma forma pelo estado da alma de quem escreve. Entretanto, há na poesia um convite que difere do estilo rítmico e verbal usual. Uma maneira em que as imagens se comungam no terreno invisível e fecundo da linguagem, e que trazem a semente para um olhar pueril.
Alice Monteiro traz em seu “Meu Gato que não Tenho”, um poema sobre a figura de um gato, personagem notório de diversos outros livros e inspiração de tantos outros poetas. e que trabalha essa maneira poética de contar uma história. Aqui, dos versos do poema encontrado no livro de poesia Ultramar e outros mares, (Ibis Libris, 2018), a autora concilia as ilustrações vívidas de Felipe Trigueiro para apresentar um personagem que criará vozes e um vínculo afetivo após a leitura.
Em páginas multicoloridas os versos vão ganhando espaço para o gato que deveria está ali ou seria que já estava, brincando com as palavras e com as frases, num exercício excelente para alfabetização. O simpático gato vai se apresentando pelas páginas, ganhando nome e gostos em um texto que possui uma musicalidade, e com as ilustrações lindas tornam a leitura intuitiva. O pouco texto é bem claro e todas as frases tem a mesma estrutura. Um trabalho que ensina a ler brincando com versos.
Um livro indicado para crianças de 2 a 6 anos e para aquela criança que carregamos em nós! Em formato quadrado, com 25×25 cm, papel e impressão de primeira, pela Bis Biliibis Balabás, selo infantil da Ibis Libris.
Agradecemos o exemplar enviado pela assessoria de imprensa e com muita alegria compartilhamos que o Meu Gato que não Tenho está trilhando o sertão do Ceará no Canto do Piririguá, projeto que leva livros pelos rincões mais afastados do município de Amontada.
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