Beyond the Ice Palace 2 não tenta reinventar o gênero. É um metroidvania, com tudo que isso implica: mapa interconectado, habilidades desbloqueáveis, backtracking. Mas o que faz o jogo funcionar é a mão firme dos desenvolvedores. Eles sabiam exatamente o que estavam construindo — e isso fica claro em cada detalhe.
A história, por exemplo, é simples, mas tem impacto. Um rei derrotado, ressuscitado por seu povo em um ritual obscuro. Não é só um enredo qualquer: é uma escolha narrativa que dá peso à jornada. Os criadores não buscaram o épico, mas o simbólico. E acertaram.

Visualmente, o jogo é bonito. Não impressiona pela técnica, mas pela consistência. Os cenários têm personalidade, a trilha sonora acompanha sem exageros, e tudo parece bem amarrado. É o tipo de trabalho que mostra que a equipe estava alinhada — sem excessos, sem distrações.
Jogando, o que se sente é competência. A progressão é fluida, os desafios são bem distribuídos, e há uma vontade constante de seguir em frente. Mesmo com mecânicas já conhecidas, o jogo prende. E isso não acontece por acaso.
Nada aqui parece improvisado. Não há promessas vazias, nem tentativas de parecer mais do que é. Beyond the Ice Palace 2 entrega o que se propõe — e isso, hoje, já é muito.









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