“Gêmeas – Mórbida Semelhança”, ou “Dead Ringers” no original, é uma reimaginação sangrenta do filme ainda mais sangrento de David Cronenberg de 1988. Transformado em uma série pela Prime Video da Amazon, “Gêmeas – Mórbida Semelhança” seria interessante só pelo fato de Rachel Weisz desempenhar um papel duplo como gêmeas.
Weisz interpreta Elliot e Beverly Mantle, uma dupla de ginecologistas na vanguarda da pesquisa de melhores práticas para a saúde reprodutiva como parte de uma cruzada compartilhada para “mudar a maneira que as mulheres dão à luz.”
Embora idênticas – e as técnicas de câmera para deixar Weisz retratar ambos exibem um nível de suavidade de última geração – suas personalidades diferem muito. Essa atitude transborda do trabalho e da vontade de explorar práticas questionáveis de ética médica – e pessoais.
Adaptado pela escritora/dramaturga Alice Birch, e contando com Weisz entre seus produtores executivos, “Gêmeas – Mórbida Semelhança” permite que Weisz crave os dentes no tipo de papel vistoso que historicamente chama atenção dos atores. No entanto, transformar em estender a ideia do filme ao longo de seis episódios, por muitas vezes parece buscar demasiado impacto.
Em sua essência, “Gêmeas – Mórbida Semelhança” lida com questões de identidade através do prisma da natureza simbiótica do relacionamento Elliot-Beverly. A destreza da performance de Weisz e de outros atores da série é um diferencial, mas fica uma impressão que poderiam ter sido mais audaciosos no desenvolvimento da série.