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Meg Wolitzer aborda em ‘A Persuasão Feminina’ as tensões entre o feminismo

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Aclamado pela imprensa, título foi eleito o livro de 2018 do New York Times, ‘Persuasão feminina’ chega às livrarias pela Rocco, escrito pela norte-americana Meg Wolitzer. Partindo da premissa de ser admirado por quem admiramos, a escritora monta um intricado romance sobre ambição, poder, amizade e influência na chegada de uma jovem à idade adulta.

A narrativa apresenta Greer Kadetsky, uma filha de ex-hippies, brilhante, ambiciosa e extremamente tímida, é uma jovem caloura em uma não tão brilhante universidade, enquanto Cory, filho de imigrantes portugueses e seu namorado desde o ensino médio, se matricula em Yale. Durante o primeiro fim de semana na faculdade, Greer decide ir a uma festa no campus, onde sofre assédio de um aluno veterano, conhecido por sempre sair impune das diversas acusações que coleciona. Mas é também na faculdade que Greer conhece a mulher que vai mudar a sua vida.

Faith Frank, deslumbrante, elegante e persuasiva aos sessenta e três anos de idade, é um esteio do movimento feminista há décadas, uma figura inspiradora. Ao ouvir o discurso de Faith, na capela lotada do campus, Greer sente uma luz se acender em seu interior. Após a faculdade, enquanto Cory desponta no mercado financeiro internacional, Greer procura Faith, que a convida a transformar seu despertar em algo novo, oferecendo-lhe um emprego que a levará ao trabalho mais gratificante de toda a sua vida: a criação de uma fundação para capacitar e apoiar mulheres em todo o mundo.Com o tempo, Greer e Cory percebem que vão ter que pensar muito bem sobre aquilo que realmente querem. Em seus caminhos distintos, ambos precisarão enfrentar a complexidade da vida adulta, enquanto aos poucos se afastam do futuro que sempre imaginaram para si próprios.

Com humor, sensibilidade e profunda inteligência, Meg Wolitzer desvela grandes descobertas sobre poder e influência, ego e lealdade, feminilidade e ambição em uma história comovente, que escrutina os ideais românticos que não paramos de perseguir pela vida afora: ideais que se relacionam não apenas com quem queremos estar, mas com quem queremos ser.

É sobre como cada um desses personagens em particular usa o feminismo para criar significado em suas vidas, e como isso se desdobra e se desenrola ao longo dos anos.

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Por
Cadorno Teles -

Cearense de Amontada, um apaixonado pelo conhecimento, licenciado em Ciências Biológicas e em Física, Historiador de formação, idealizador da Biblioteca Canto do Piririguá. Membro do NALAP e do Conselho Editorial da Kawo Kabiyesile, mestre de RPG em vários sistemas, ler e assiste de tudo.

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