Eis que a minha paciência atingiu o ponto de ebulição. Sim, aquele momento em que a tolerância se esvai como água fervente, e eu não consigo mais conter a minha indignação. Permitam-me desabafar sobre um assunto que me aflige: jogos de mecânica batida.
Ora, senhoras e senhores, onde está a lucidez quando alguém decide lançar um jogo que mais parece um eco do passado? Um déjà vu digital, uma repetição monótona de fórmulas já desgastadas. E o pior de tudo: ainda cobram por isso! É como se alguém oferecesse um prato requentado e esperasse que pagássemos como se fosse um banquete gourmet.
Permitam-me pintar o cenário dessa jogatina insossa. Imagine-se diante de 30 níveis repetitivos, como um rato em um labirinto sem saída. A missão? Levar um felino até o seu modesto arranhador. Sim, você leu corretamente. Não estamos falando de uma epopeia heroica, nem de uma busca pelo Santo Graal. É apenas um gato e seu arranhador.
Os blocos demarcados, esses fiéis companheiros, são o nosso campo de batalha. Precisamos movê-los, empurrá-los, como se fossem peças de um quebra-cabeça desinteressante. Às vezes, um pulo aqui, outro ali, para abrir caminho. Lembra daquele antigo jogo do Windows, o tal “Block Algo”? Pois é, estamos na mesma vibe. A diferença é que, naquela época, éramos jovens e ingênuos. Hoje, somos apenas jogadores cansados.
Não me entendam mal. Não é uma revolta ardente, mas sim um suspiro resignado. Se dependesse de mim, não recomendaria esse jogo nem ao meu pior inimigo. Talvez, apenas talvez, ele sirva para crianças em desenvolvimento, que ainda não conhecem a vastidão de opções disponíveis nas lojas virtuais. Mas, mesmo assim, há alternativas muito melhores pelo mesmo preço. Eshops, ouçam bem esse nome, pois é lá que encontraremos verdadeiras pérolas.
Portanto, caros amigos, que a indústria dos jogos reflita sobre suas escolhas. Que os desenvolvedores se inspirem em novas mecânicas, em narrativas cativantes, em desafios que nos façam perder o fôlego. E que, acima de tudo, não nos sirvam mais do mesmo. Afinal, a paciência tem limites, e o meu já foi ultrapassado por um gato e seu arranhador.