Depois de nos brindar com O sol da palavra (2009), a carioca Celi Luz continua a iluminar os caminhos da poesia, entregando-nos, agora, Travessia, em que reúne 83 poemas, marcados por uma lírica que sabe flagrar aspectos da realidade em torno, nos diversos lugares por onde passou: “Aonde chego quero um poema./ Os versos estão em meus passeios.”
Com grande sensibilidade e delicadeza, poder de observação e intuição, Celi Luz nos oferece diversos flashes poéticos que nos encantam e nos transportam para uma dupla viagem (“rumo ao distante, tão perto”), seja para as cidades e lugares por onde andou, seja principalmente para a região (misteriosa) do sonho e da poesia.
A obra apresentada pela editora Batel traz Celi Luz com uma delicadeza que nos conduz a caminhos poéticos encantadores. Celi Luz em Travessias traz uma sondagem de caminhos, com uma escrita simples e ao mesmo tempo tão abrangente, como diz o poeta piauiense Diego Mendes Sousa no prefácio, versos imagéticos que fazem da imagem sobrepor a linguagem.
Seus versos possuem grande sensibilidade, abordam flashes de uma viagem dupla, seja por locais que visitou, seja pelos mistérios do sonho e da poesia. São temas claros, de fácil compreensão, que trilham também o sentimento do amor.
O livro já vem referendado por nomes importantes da literatura. “Travessia” chega ao mercado já premiado pela União Brasileira de Escritores do Rio de Janeiro (UBE-RJ). A orelha é assinada pelo poeta, crítico literário e professor Adriano Espínola e o prefácio pelo já citado poeta Diego Mendes Sousa.
Em relação à sua obra, a poeta define de maneira poética:
Celi Luz escreve a sua maneira de perceber o mundo e através de seu olhar somos levados a um roteiro amadurecido. Escrita original que ambienta vozes femininas anteriores, como Cecília Meireles ou Henriqueta Lisboa, o que gera um empoderamento reflexivo e que nos faz experimentas sensações que evocam erotismo e ironia, mas sempre líricas e líquidas no trilhar doce e amargo da vida.
A disposição dos poemas lembra os clássicos, do título às palavras, numa composição a la Fernando Pessoa. A capa de Julio Lapenne é uma composição que traz o movimento dos versos da poeta. Um livro de uma lírica que sabe flagrar aspectos da realidade
Sobre a autora:
Escritora poeta, ensaísta, com graduação e pós-graduação na UFRJ. Travessia, seu 6º livro, foi premiado pelo Concurso Internacional Livro Inédito 2019 da UBE RJ. Celi é verbete no História da Literatura Brasileira da Carta de Caminha aos Contemporâneos – 2022 Carlos Nejar. É Miembro Honorífico do Club de Poetas Latinoamerica, da Argentina, do PEN Clube do Brasil, da Apperj Associação Profissional de |Poetas RJ. Participou, ainda, da Feria Del Libro, na Argentina, e da 92ª Feira do Livro de Lisboa. Entre os prêmios: Troféu Sem Fronteiras 1º Lugar Poesia, 2017; Troféu Palestrante, Ac. dos Diplomados da Academia Brasileira de Letras, 2017; Placa de Melhor Autora Apperjiana – Verso e Prosa, 2020.
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