As cores sempre foram parte essencial da experiência nos videogames. Elas não apenas definem o estilo visual de um título, mas também ajudam a contar sua história, transmitir emoções e guiar o jogador por mundos imaginários. Da doçura vibrante de Sweet Bonanza à penumbra melancólica de Dark Souls, a psicologia das cores se consolida como uma das ferramentas mais sutis e eficazes no design de jogos.
O impacto visual que molda a primeira impressão
Pesquisas sobre percepção mostram que a cor é responsável por cerca de 85% da primeira impressão visual que o jogador tem ao entrar em contato com um jogo. Em títulos como Overwatch e Fortnite, por exemplo, a abundância de tons vivos e contrastantes cria um ambiente dinâmico, que estimula o olhar e reforça o ritmo acelerado das partidas. Já em The Legend of Zelda: Breath of the Wild, o uso de verdes suaves e azuis translúcidos constrói uma sensação de liberdade e harmonia, em contraste com as paletas sombrias e densas de jogos como Dark Souls ou Bloodborne, que exploram a opressão e o medo.
A escolha cromática, portanto, vai muito além da estética. Ela define a relação emocional entre o jogador e o universo do jogo, indicando o que deve ser sentido — e não apenas visto.
Sweet Bonanza e o poder das cores vibrantes
Lançado pela Pragmatic Play, Sweet Bonanza é um dos slots mais populares do país e ocupou o oitavo lugar entre os jogos mais acessados em um dos maiores cassinos online do Brasil em 2024. O título utiliza uma grade 6×5 repleta de frutas e doces coloridos, onde combinações de oito ou mais símbolos iguais geram prêmios instantâneos.
Com visual inspirado em um mundo açucarado, o jogo aposta em uma paleta de cores intensas — rosas, lilases, amarelos e azuis — que reforçam a sensação de diversão e recompensa. A chamada “Mecânica de Cascata”, que substitui símbolos vencedores por novos, cria uma experiência visual contínua, mantendo o olhar preso à tela.
Nesse contexto, o uso das cores não é apenas decorativo: ele guia o ritmo do jogo, aumenta a expectativa e reforça o ciclo de estímulo e resposta do jogador.
Cores que contam histórias

Em jogos de ação, aventura ou fantasia, as cores desempenham um papel narrativo claro. Em Naraka: Bladepoint, o contraste entre laranja e azul destaca os trajes dos personagens e indica status ou poder dentro do jogo. Em Horizon Forbidden West, os tons metálicos e alaranjados refletem a fusão entre natureza e tecnologia. Já em Final Fantasy, especialmente no VII remake, o azul esverdeado do “makô” traduz a energia vital do mundo — um elemento que se torna visualmente simbólico ao longo da trama.
Essas escolhas não são aleatórias: designers de arte utilizam variações de matiz, saturação e luminosidade para comunicar intenções. Um leve ajuste na cor pode transformar um cenário acolhedor em algo ameaçador. Essa manipulação emocional é o que torna a experiência visual tão determinante quanto a trilha sonora.
A escuridão em Dark Souls
No extremo oposto da paleta, Dark Souls usa tons frios, baixa saturação e iluminação limitada para reforçar o peso de sua narrativa. Cada ambiente é projetado para gerar desconforto e introspecção. A ausência de cores vivas não é uma limitação — é um recurso. Ela intensifica o sentimento de solidão e esforço, transformando cada avanço do jogador em uma conquista quase física.
Títulos como Inside, Resident Evil 1 e Limbo seguem o mesmo princípio, explorando o contraste entre luz e sombra para criar tensão e mistério. Já The Last of Us Part II alterna entre tons acinzentados e verdes desbotados, espelhando o conflito interno de suas personagens.
A cor, nesse caso, não apenas decora o cenário — ela fala. Ela é parte da narrativa.Da leveza cromática de Sweet Bonanza à opacidade de Dark Souls, o uso da cor nos jogos é uma linguagem que ultrapassa fronteiras culturais e de gênero. Cada matriz foi pensada para provocar uma reação específica — alegria, medo, curiosidade ou até cansaço.









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