Rock in Rio revela: ‘nunca foi sobre rock’ e ‘sertanejo era uma conversa antiga’

O Rock in Rio, um dos maiores festivais de música do mundo, está prestes a completar 40 anos em 2024. E para celebrar essa marca histórica, uma novidade foi anunciada: a inclusão da música sertaneja no line-up. Artistas como Chitãozinho & Xororó, Luan Santana, Ana Castela e Simone Mendes subirão juntos ao Palco Mundo no dia 21 de setembro. Esse dia, apelidado de “Dia Brasil”, será dedicado exclusivamente a artistas nacionais, homenageando diferentes estilos musicais, do samba ao funk carioca.

A notícia gerou certa repercussão negativa da turma que gostaria que o festival desse foco ao rock, mas a verdade é que o rock — como outros estilos anteriores – já foi absorvido por outros estilos musicais e hoje está presente na música de outras formas.

Há de se ressaltar também que desde sua primeira edição, em 1985, o line-up já contava com artistas como James Taylor, George Benson, Elba Ramalho, Ney Matogrosso e mais.

A filha do criador do festival, Roberta Medina, explica que o Rock in Rio surgiu logo após o fim da Ditadura Militar, quando os jovens buscavam liberdade de expressão. A ideia era unir pessoas de diferentes raças e credos através da música, e o resultado foi um sucesso, conectando milhões de pessoas.

Mais do que um festival voltado para o passado, nos últimos anos o Rock in Rio descobriu diferentes estilos musicais que conquistaram o país. Em 2019, a cantora Anitta levou o funk para o Palco Mundo, e em 2022, o pagode e o samba também marcaram presença com artistas como Ferrugem, Thiaguinho e Maria Rita.

Agora, chegou a vez do sertanejo. Roberta Medina afirma que essa inclusão é uma conversa antiga e que a própria música brasileira está se entrelaçando, mostrando que o festival é sobre todos os estilos musicais, não apenas o rock.

O evento acontecerá nos dias 13, 14, 15, 19, 20, 21 e 22 de setembro na Zona Oeste do Rio de Janeiro, recebendo 100 mil pessoas por dia.

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