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30 anos de “O Império Contra-Ataca”

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Isto não é uma resenha crítica. Isto é apenas um memorando de paixão.

Há muito tempo atrás, aqui mesmo na minha casa… eu me vi completamente apaixonado pela saga criada por George Lucas. Confesso que por ter familiares igualmente devotos, sou incapaz de me lembrar a primeira vez que assisti qualquer um dos filmes da trilogia clássica. Eu cresci assistindo estes vídeos, e conforme o tempo ia passando nós aqui de casa íamos comprando as fitas de vídeo cassete mais novas. Tanto cresci assistindo a saga, que passei por três gerações de fitas antes de finalmente comprar a caixa prateada com os DVDs. Quando nasci meu pai tinha as fitas em separado e um pouco desgastadas. Em 1993 (eu não tenho certeza, isso é uma estimativa) lembro de ganhar de presente junto com meu primo Rafael, a caixa com a remasterização dos filmes (não confundir com a Edição Especial), que serviu como iniciação para a geração mais nova de amigos e familiares. Em 1997, 20 anos depois da magia tomar de assalto as telas de cinema, e com onze anos de idade eu me encontrava finalmente apreciando meus filmes favoritos no cinema. Depois daí veio a caixa da Edição Especial e o início da Nova Trilogia nos cinemas (com baixos e alguns altos).

Acho que deu para entender meu ponto. Estes filmes povoaram minha infância e sempre estiveram comigo, e até hoje tento arranjar tempo para revê-los de vez em quando. Dos três filmes que compõe a “Trilogia Sagrada” dos cinemas, nada se compara ao belíssimo interlúdio que esta semana completa 30 anos: O Império Contra-Ataca. Acredito que poucas pessoas questionem a qualidade deste filme, ele é sem dúvidas uma das películas mais adoradas de todos os tempos (o único filme de cultura pop que está melhor posicionado do que ele no IMDB é Pulp Fiction).

O Império Contra-Ataca é uma lição em termos de continuação, ele dá prosseguimento a narrativa sem precisar rememorar o filme anterior, ele é muito mais denso e interessante psicologicamente, é mais bem filmado e dirigido (viva Irvin Keshner), os atores estão mais familiarizados e em harmonia com seus papéis, em suma, ele supera muito o original, coisa que o filme subseqüente, O Retorno de Jedi, nunca conseguiu fazer. Além disso, ele é montado de forma que alcançasse uma espécie de climax mítico, seguindo de forma mais perfeita a “jornada do herói” presente em todos os grandes mitos da humanidade (e não é por menos que Joseph Campbell afirmou que Lucas era seu maior discípulo, e grande responsável por trazer a nossa era a tradição do monomito).

Em uma semana onde muitos parecem tão desapontados com o final de sua série preferida (que eu particularmente fico feliz de ter ignorado) recomendo que reservem duas horas do seu tempo para assistir esse épico da fantasia espacial (não é ficção científica) que é uma garantia certa de qualidade frente a incerteza de nosso tempo.

Espero que o Império permaneça imortal em nossas memórias, e que o filme se mantenha arrebatando fãs pelas próximas gerações.

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2 Comentários

  • Faz muitos anos que não assisti aos filmes da trilogia original, por birra com o George Lucas, mas minhas memórias d'O Império Contra Ataca são realmente fantásticas. Um filme obrigatório à qualquer infância.

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