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“A democratização do acesso à arte é essencial para o fomento de tudo o que é novo”, conta a atriz Bell Talarico

Atriz do filme “A casa modelo” fala sobre sua carreira e ressalta a importância de ampliar a capilaridade artística nacional

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"Respeitamos muito aqueles que vieram antes de nós, mas também desejamos deixar fortemente a nossa marca, contribuir do nosso modo, e deixar nossa história viva e pulsante para aqueles que ainda virão."
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A atriz Bell Talarico, que integra o elenco do filme “A Casa Modelo”, resultado da parceria entre Velupta Produções e Templo Enkoji, compartilha em uma entrevista exclusiva como a arte tem moldado sua vida desde a infância, além de refletir sobre sua jornada artística e a experiência de viver uma das três complexas mulheres dessa história.

1 – Como foi seu primeiro contato com a arte?

É difícil lembrar, visto que eu já nasci de uma mãe que sonhava em ser artista e cresci com uma irmã que sonhava em ser dançarina das bandas de axé dos anos 90! Nunca tivemos artistas na família, tenho a honra de falar que sou a primeira, mas em casa sempre fomos muito incentivadas pela minha mãe a aprender um novo instrumento ou a dançar, cantar e interpretar… Hoje eu não tenho mais minha mãe, mas sei que ela me acompanha a fazer arte de lá do céu! Porém, meu primeiro contato fora de casa foi nas peças de teatro das escolas, em que eu sempre era a árvore ou a pedra. Sim, eu fui essa criança! Depois, comecei a me aprimorar nos cursos gratuitos das cidades vizinhas e cursos livres em São Paulo, até a minha formação.

2 – Fale um pouco sobre sua personagem Vitória no filme “A casa modelo”.

Além de apaixonada por uvas, Vitória é inteligente e manipuladora rs! Mas eu acredito que o plano dela é muito maior do que se vê. Tenho medo de contar muita coisa e acabar dando spoiler, mas não tenho dúvidas de que a Vitória é a representação de um lado que todos temos dentro de si. Ela é fogo, atemporal, aquele doce azedo, que você não sabe dizer se gosta ou não, mas não para de consumir! Ela te prende e te instiga. Não vejo a hora do mundo a conhecer!

3 – Na sua opinião, qual a importância de democratizar o acesso à arte?

A democratização do acesso à arte é fundamental e necessária para o fomento de tudo o que é novo. A arte ainda segue nichada e inacessível. É de fundamental importância que venham não somente os artistas mais novos, mas também ideias distintas, a fim de que a gente, cada vez mais, rompa os padrões e pense fora da caixinha que estamos acostumados a ter acesso. Nossa geração vem com uma linguagem e um estudo completo. Respeitamos muito aqueles que vieram antes de nós, mas também desejamos deixar fortemente a nossa marca, contribuir do nosso modo, e deixar nossa história viva e pulsante para aqueles que ainda virão (e eu espero que sejam muitos!).

O filme “A casa modelo” estreia ainda neste semestre.

4 – Além do cinema, quais outras expressões artísticas você pratica?

Teatro, dança (diversas vertentes dela), dublagem e arrisco cantar de vez em quando!

5 – Quais são as suas influências na arte?

Desculpe o clichê, mas não teria como responder outra pessoa, Fernanda Montenegro é e sempre será a minha maior inspiração na arte e na vida! Mas também estou frequentemente influenciada pela atuação e carreia da atriz Emma Stone, me identifico muito com a linguagem que ela costuma trazer, seria a minha segunda colocação!

O filme “A casa modelo”, escrito e dirigido por Anderson Cosme e Bruna Ribeiro, estreia ainda neste semestre e conta a história de três vidas distintas que se colidem em uma noite sombria de almas desoladas.

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