A franquia Como Treinar seu Dragão é uma bela metáfora sobre a amizades e as questões sobre tudo o que cerca esse sentimento. Em um tom de despedida ao encerrar esse ciclo da amizade entre um Viking (Soluço) e um dragão (Banguela) que muda toda a sociedade no quais ambos foram criados – em que os amigos precisam dar um espaço um para o outro quando o amor entra na vida desses personagens.
Nessa nova história, a dupla precisa liderar os Vikings de Berk para uma nova localização, devido ao ataque de um caçador de dragões, procurando um novo lar que seria o lendário refúgio dos dragões. Ao mesmo tempo, Banguela terá que lidar com seus sentimentos ao encontrar uma fêmea da sua espécie e como isso afetará a relação entre eles. Com tudo isso acontecendo, a liderança dos dois também é posta à prova por todos.
O ótimo trabalho que os animadores a Dreamworks realizam está fantástico como sempre, com belas cenas, principalmente nas movimentações dos dragões e nas cenas de luta. A produção do filme está maravilhosa, assim como foi em toda a franquia, que não deixa a qualidade nem do texto e nem da parte gráfica caírem de qualidade, isso que ocorre em algumas continuações do próprio estúdio, como nos últimos filmes de Shrek, que tiveram esse tipo de problema.
Por dentro das camadas de diversão e aventura do filme, o grande segredo de ‘Como Treinar seu Dragão’ está nas relações entre os personagens, principalmente com o Soluço mesmo, que sai do primeiro filme o filho do Rei que era visto como alguém que não pertencia a sua sociedade, no qual estava inserido, para se tornar aquele que leva a sociedade a um novo modo de pensar. Ainda assim é um personagem extremamente inseguro e humano, que só consegue realizar seus objetivos a partir da força da amizade, entre seus pares e seu dragão de estimação.
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